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Com airbag, nota em teste triplica
Em análise de colisão, carros com item ganharam três estrelas; sem a bolsa, só uma estrela
Apenas 30% dos carros vendidos no Brasil vêm com o equipamento, que passa a ser obrigatório no país a partir de 2014
RICARDO RIBEIRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O airbag melhorou bastante a nota dos carros que foram avaliados para o ranking
de testes de colisão do primeiro Latin NCAP (Programa
de Avaliação de Carros Novos na América Latina).
No teste, cada veículo foi
submetido a uma colisão
frontal a 64 km/h contra um
obstáculo. De acordo com as
reações medidas nos bonecos a bordo do veículo, que
representam pessoas, atribuiu-se uma nota que varia
de zero (menos seguro) a cinco estrelas (mais seguro).
Todos os modelos sem airbag receberam uma estrela.
Em dois deles -Gol Trend 1.6
e o Fiat Palio ELX 1.4-, a versão equipada com esse item
de segurança recebeu três
estrelas (veja quadro).
O Toyota Corolla recebeu a
maior nota: quatro estrelas,
na avaliação para ocupantes
adultos. O chinês Geely CK 1,
que ainda não é vendido no
Brasil, tirou zero.
"O peito do ocupante pode
tocar o volante ou o painel. O
airbag minimiza riscos de lesão", diz José Antonio Oka,
supervisor de Pesquisa do
Cesvi (Centro de Experimentação e Segurança Viária).
Ele alerta que o airbag não
dispensa o uso do cinto de segurança. "A eficiência do airbag está diretamente relacionada ao uso correto do cinto.
Além de segurar o corpo dos
ocupantes para dar tempo
para a bolsa do airbag inflar
totalmente, ele garante a trajetória correta em direção à
bolsa", completa Oka.
O airbag equipa apenas
30% dos carros vendidos no
Brasil, segundo fabricantes.
Em 2014, airbag e freios ABS
serão obrigatórios, por resolução do Contran (Conselho
Nacional de Trânsito).
Para Fabrício Biondo, gerente de marketing da Volkswagen, o consumidor brasileiro ainda não está habituado a gastar com segurança.
"Muitos clientes preferem
colocar um toca-CD a pagar
mais R$ 2.000 pelo airbag ou
pelos freios ABS", explica.
EUROPEU É MELHOR
Os carros avaliados pelo
Latin NCAP tiveram pontuação inferior à de suas versões
no Euro NCAP (programa europeu). "A avaliação foi melhor porque os europeus têm
mais itens de segurança",
afirma Jean-Marie Mortier,
coordenador do Latin NCAP.
Para Mortier, o objetivo é
informar o consumidor, "que
poderá escolher um carro seguro e pressionar os fabricantes a melhorá-lo".
Em nota, a Anfavea (associação dos fabricantes) informou que as montadoras
cumprem os requisitos legais
na fabricação dos veículos.
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