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Briga familiar
Grand Tour e Scénic, ambas da Renault, disputam clientes que querem espaço
FABIANO SEVERO
DA REPORTAGEM LOCAL
Pequena ou grande, quase toda família tem entes preferidos
e rejeitados. Na Renault, a filha
mais nova, a Mégane Grand
Tour, é a "queridinha do papai",
causando ciúmes à Scénic. Mas
outras marcas, como Volkswagen e Fiat, têm carros com propostas semelhantes numa mesma faixa de preço.
A Scénic já tem um desenho
mais moderno na Europa -não
há previsão de que mude por
aqui. A sobrevida veio em 2006,
na forma de estribo lateral e
quebra-mato. É como se a mãe
dissesse para a filha que ela não
será bela como a européia e terá
de se contentar com floreios.
Com a Grand Tour acontece
o contrário. Todos os mimos
são seus -ela será alavanca de
venda para o Mégane sedã, que
sai menos do que o esperado.
Desempenho
Na pista de teste, é possível
notar como a Scénic e a Grand
Tour têm comportamentos diferentes. Apesar de usarem o
mesmo motor 1.6 16V (110 cv
com gasolina e 115 cv com álcool), a caçula da família leva,
em média, cinco décimos de segundo a mais para chegar a 100
km/h, partindo da imobilidade.
Além disso, a posição de
guiar da Grand Tour é uma das
melhores entre os carros nacionais. Por outro lado, muitos
motoristas reclamam do volante "deitado" demais e das regulagens limitadas da Scénic.
A minivan tem a vantagem de
oferecer bancos traseiros rebatíveis e removíveis, enquanto a
Grand Tour se vale de 110 l a
mais no porta-malas -são 520 l
contra 410 l da Scénic.
Para incitar ainda mais a discórdia em família, Scénic
Sportway e Grand Tour, ambas
com motor 1.6 16V Hi-Flex,
têm preços próximos. A perua
sai da fábrica por R$ 63.490,
R$ 1.000 a mais que a minivan.
Se a Renault não reagir, vender mais de 326 Scénic, como
foi em janeiro, será difícil. Líder, a Citroën emplacou, no
mesmo período, 780 Picasso.
A Chevrolet Zafira vendeu 466
unidades, 13 a mais do que a Toyota Fielder, principal concorrente da Grand Tour.
Os carros foram cedidos para teste pela Renault
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