|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O texto abaixo contém um Erramos, clique aqui para conferir a correção na versão eletrônica da Folha de S.Paulo.
Em 7 anos, programa reduz 85% de emissões de CO2 de moto nova
Cetesb, que homologa os veículos, só terá o laboratório para motos em 2011
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Desde janeiro está em vigor a
fase três do Promot (Programa
de Controle da Poluição do Ar
por Motociclos e Veículos Similares). Os níveis de emissões
de poluentes atingiram o mesmo patamar dos carros -as
motos chegaram a poluir seis
vezes mais que os automóveis.
Segundo a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), as motos fabricadas na fase três emitem
85% menos CO2 (gás carbônico), na comparação com as motos produzidas até 2002, quando não existiam limites. Na
emissão de hidrocarbonetos, a
redução foi de 75%.
"Os principais fabricantes já
se adaptaram, com a adoção da
injeção eletrônica ou de catalisadores mais eficientes", afirma Homero Carvalho, gerente
de fiscalização da Cetesb.
Carvalho confirmou que há
motos reprovadas na homologação por emitirem mais poluentes do que o permitido,
mas não divulgou quais são os
modelos. "Se for reprovada, a
montadora não recebe a autorização do Ibama [Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis] para produzir ou importar o modelo", explica.
A Cetesb, porém, ainda não
tem um laboratório específico
para motos e seus ensaios de
emissões de poluentes. Eles
são feitos nos laboratórios da
Honda, da Yamaha ou da Dafra, todos em Manaus, ou na
própria sede da montadora que
pretende importar para cá.
Segundo a Cetesb, o laboratório só ficará pronto em 2011.
Os parâmetros da nova fase
também atendem às normas
europeias (Euro 4), o que facilita a exportação de motos brasileiras. Mas, nem bem começou,
o Promot 3 já foi ajustado.
Crise
Em janeiro, o Ibama prorrogou por três meses (até março)
a venda de motos que atendiam
apenas à fase dois do Promot,
encerrada em dezembro.
"Devido à crise, as montadoras tinham algum estoque fora
dos padrões", afirma Moacyr
Alberto Paes, diretor-executivo
da Abraciclo.
Para Paes, não houve prejuízo ao programa. "Cada empresa
recebeu uma autorização individual e apresentou uma descrição do estoque e dos conjuntos de componentes."
Apenas a comercialização foi
liberada. Desde janeiro, a fabricação ou a importação estão
condicionadas ao Promot 3.
Segundo Paes, não há como
burlar a fiscalização. "As montadoras precisam enviar relatórios mensais com as especificações do modelo e o número do
chassi de cada motocicleta produzida", explica.
(RR)
Texto Anterior: Vendas de motos caem até 19% em 2009 Próximo Texto: Lei que proíbe trafegar entre carros está "presa" na Câmara Índice
|