São Paulo, domingo, 26 de julho de 2009

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Em 7 anos, programa reduz 85% de emissões de CO2 de moto nova

Cetesb, que homologa os veículos, só terá o laboratório para motos em 2011

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Desde janeiro está em vigor a fase três do Promot (Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares). Os níveis de emissões de poluentes atingiram o mesmo patamar dos carros -as motos chegaram a poluir seis vezes mais que os automóveis.
Segundo a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), as motos fabricadas na fase três emitem 85% menos CO2 (gás carbônico), na comparação com as motos produzidas até 2002, quando não existiam limites. Na emissão de hidrocarbonetos, a redução foi de 75%.
"Os principais fabricantes já se adaptaram, com a adoção da injeção eletrônica ou de catalisadores mais eficientes", afirma Homero Carvalho, gerente de fiscalização da Cetesb.
Carvalho confirmou que há motos reprovadas na homologação por emitirem mais poluentes do que o permitido, mas não divulgou quais são os modelos. "Se for reprovada, a montadora não recebe a autorização do Ibama [Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis] para produzir ou importar o modelo", explica.
A Cetesb, porém, ainda não tem um laboratório específico para motos e seus ensaios de emissões de poluentes. Eles são feitos nos laboratórios da Honda, da Yamaha ou da Dafra, todos em Manaus, ou na própria sede da montadora que pretende importar para cá.
Segundo a Cetesb, o laboratório só ficará pronto em 2011.
Os parâmetros da nova fase também atendem às normas europeias (Euro 4), o que facilita a exportação de motos brasileiras. Mas, nem bem começou, o Promot 3 já foi ajustado.

Crise
Em janeiro, o Ibama prorrogou por três meses (até março) a venda de motos que atendiam apenas à fase dois do Promot, encerrada em dezembro.
"Devido à crise, as montadoras tinham algum estoque fora dos padrões", afirma Moacyr Alberto Paes, diretor-executivo da Abraciclo.
Para Paes, não houve prejuízo ao programa. "Cada empresa recebeu uma autorização individual e apresentou uma descrição do estoque e dos conjuntos de componentes."
Apenas a comercialização foi liberada. Desde janeiro, a fabricação ou a importação estão condicionadas ao Promot 3.
Segundo Paes, não há como burlar a fiscalização. "As montadoras precisam enviar relatórios mensais com as especificações do modelo e o número do chassi de cada motocicleta produzida", explica. (RR)


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