|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Após 32 anos, pedágio para motos retorna a SP
Aumento nos gastos com socorro mecânico e médico é a justificativa
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O governo do Estado de São
Paulo, há 32 anos, baixou um
decreto permitindo que as motos trafegassem sem pagar pedágio pelas rodovias estaduais.
Esse decreto, porém, foi revogado em 2008 e, desde o mês
passado, as concessionárias recém-nomeadas começaram a
cobrar dos motociclistas um
pedágio de R$ 0,75 a R$ 4,30.
Elas argumentam que, com o
aumento nas vendas de motos,
cresceram também gastos com
socorros médico e mecânico.
Só nas rodovias Castello
Branco e Raposo Tavares, a
ViaOeste diz que gastou R$ 15,7
milhões com motos em 2007.
Esse valor era subsidiado por
automóveis e caminhões. A
concessionária Rota das Bandeiras, que assumiu a rodovia
D. Pedro I em abril, admite que
"veículos acabam pagando a
parte referente a das motos".
Ou seja, ao cobrar de motos, a
tarifa para carros deveria ser
reduzida. Mas só a Ecopistas,
que desde junho controla o eixo
Ayrton Senna-Carvalho Pinto,
diminuiu essa taxa.
Motos pequenas
As outras concessionárias
mantiveram a tarifa dos automóveis inalterada.
A Rota das Bandeiras anunciou que não irá reduzir o valor
dos carros em setembro, quando começará a cobrar de motos.
As rodovias Dutra e Régis
Bittencourt também passaram
a cobrar de motos e não reduziram a tarifa de carros. Marcelo
Rezk, gerente da Nova Dutra,
nega que os carros estivessem
pagando pelas motos. "Não cobrávamos antes porque o volume de motos era pequeno."
A Ecovias, do sistema Anchieta-Imigrantes, diz que o
seu contrato não permite a cobrança, mas a empresa está
preocupada com os "acidentes
de motos pequenas, sem perfil
para trafegar em rodovias de alta velocidade".
(RICARDO RIBEIRO)
Texto Anterior: Motociclista paga R$ 40 e burla vistoria Próximo Texto: Peças & acessórios: Capacete usado tem cem vezes mais bactérias que novo Índice
|