São Paulo, domingo, 26 de julho de 2009

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A Índia não viveria sequer um dia sem os riquixás

DO ENVIADO ESPECIAL A MUMBAI (ÍNDIA)

Sabe aquele formigueiro de gente na rua 25 de Março às vésperas do Natal? Imagine o congestionamento se todos ali resolvessem atravessar a via em algum veículo motorizado. Agora, para piorar a situação, coloque umas vacas pastando no asfalto.
Pois é, bem-vindo à populosa Mumbai, a São Paulo indiana -só que sem metrô e com um terço do território.
"Are baba"! Não é à toa que um micro-ônibus leva três horas e meia para cruzar a cidade. Podia levar mais tempo, caso os carros não rodassem com os retrovisores externos recolhidos -é para se espremer e multiplicar o número de faixas (imaginárias).
Não sobra espaço nem para os corredores de motos. Só para as buzinadas.
Nesse caos infernal, os riquixás (cruzamentos de carro com uma moto) parecem ser o meio de transporte ideal para os indianos.
No centro de Mumbai, eles são maioria e servem como opção econômica aos táxis -velhos Ambassador, uma espécie de rascunho de Simca Chambord. Os riquixás, porém, foram desenvolvidos para carregar apenas duas pessoas no banco traseiro.
Só não avisaram isso a seus motoristas, que carregam até cinco pessoas sem pestanejar. Em eventos, por exemplo, fazem-nos de lotação.
É possível também ver os franzinos triciclos fazendo frete, enquanto o estrado de uma cama obriga um condutor a deslocar parte do corpo para fora do veículo. Mas, caso cruze com um deles todo decorado, pode apostar: é um riquixá-limusine a caminho de um casamento.
(FELIPE NÓBREGA)


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