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No frio de 14°C de Campos do Jordão, Honda Mix sofre para pegar e pede gasolina
DO ENVIADO ESPECIAL A
CAMPOS DO JORDÃO (SP)
Os termômetros marcavam 14C em Campos do
Jordão (SP). Enquanto os turistas curtiam a serra da
Mantiqueira, a Honda CG
150 Mix "pedia" gasolina.
A primeira moto flexível
do mundo estava com 100%
de álcool e sofreu para pegar.
Na primeira tentativa, ligou,
mas logo apagou. Bastou
apertar o botão de partida
novamente para o motor
funcionar, mas, ao engatar a
primeira marcha, a moto
"morreu" mais uma vez.
Na terceira tentativa, foi
preciso insistir na partida
para a Mix pegar. Arrancando, o motor mostrou um funcionamento irregular. Em
seguida, o módulo da injeção
eletrônica corrigiu o problema, e a CG Mix rodou normalmente só com álcool.
"É como o carro "flex': no
frio, você deve colocar gasolina no tanquinho. Na Mix,
você põe 20% de gasolina no
tanque mesmo", compara
Alfredo Guedes, engenheiro
da Honda.
Por isso o nome Mix, de
mistura. Seguindo a recomendação -3 litros de gasolina no tanque de 16 litros-,
a moto ligou sem problemas.
"Um sistema de partida a
frio iria onerar muito. Na
maior parte do país, as pessoas nem sabem o que são
15C", opina Guedes.
A Mix (R$ 6.340) custa R$
300 a mais que a CG a gasolina. Em junho, pela primeira
vez, foram vendidos mais
modelos Mix (12.317 motos)
do que a gasolina (11.573).
Em março, a Honda planejava fabricar 50% de modelo
"flex". Mudou de ideia. "Hoje, 65% das CG produzidas
são Mix", calcula Guedes.
Segundo ele, o sistema pode equipar outras motos
maiores, como a CB 300R
abaixo.
(ARTHUR CALDEIRA)
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