COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Pesquisas da Honda apontam que o design era o principal argumento de compra (60%) da aposentada CBX 250 Twister. Obrigada a modernizar seu motor neste ano para atender às normas da terceira fase do Promot, a Honda aumentou a capacidade do motor monocilíndrico para 291 cm3 e adotou a injeção eletrônica na nova CB 300 R. Não era sem tempo.
Para repetir o sucesso da Twister, a Honda apostou no visual da CB 600 F Hornet.
"Foi para atender quem vê na Hornet um modelo de aspiração", explica José Luiz Terwak, gerente de novos produtos.
A inspiração já aparece no farol triangular com uma pequena carenagem, que traz o completo painel -agora digital e analógico- embutido. Para conferir um porte de moto maior, os engenheiros aumentaram a forma e a capacidade do tanque para 18 litros.
Na traseira, traçaram linhas minimalistas e reduziram o tamanho da ponteira do escapamento na lateral da moto. Resultado: o design deu ares de "quando crescer, quero ser uma Hornet" à nova CB 300 R.
Mesmo com a instalação de um catalisador, o novo motor tem mais potência: 26,5 cv (cavalos) contra 24 cv da Twister.
No teste Folha-Mauá, a CB atingiu a velocidade de 143 km/h, superior à da Twister. A injeção eletrônica melhorou a resposta do motor em baixos giros. Ficou mais linear, e permitiu arrancar de 0 a 100 km/h em 8,6s -1s melhor que a Ninja 250R .
De 80 a 120 km/h, bastou 8,54s, graças ao novo câmbio de seis marchas, e não de cinco.
Os freios continuam os mesmos: a disco na dianteira e a tambor na traseira. Além de menos eficaz, o tambor não combina com o novo design.
A Honda pede R$ 11.490 pela CB. Não é cara para o segmento, ainda mais para quem quer a fama de pequena Hornet, que custa o triplo. (ARTHUR CALDEIRA)