São Paulo, domingo, 27 de junho de 2010

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No Brasil, Fiesta e Polo miram nichos distintos

Ford prioriza versão sedã, que chega antes e mais barata; VW não ousa tanto

Segundo as revendas, novo Fiesta Sedan chega em agosto, e o hatch, só após o Salão de São Paulo, em outubro

Carlos Pedrosa/Folhapress
Fiesta hatch tem lanterna e linha de cintura elevadas, como se estivesse pronto para acelerar

DO ENVIADO ESPECIAL A BERLIM
DO ENVIADO ESPECIAL A CASCAIS

Enquanto na Europa os hatches Fiesta e Polo são concorrentes diretos, por aqui, seus destinos devem ser bem diferentes.
A Volkswagen e a Ford dão sinais de que apostarão mais nas versões sedãs de seus compactos "premium".
A escolha faz sentido. Primeiro porque o consumidor brasileiro gosta (e compra) a carroceria de três volumes.
Depois, porque os carros custarão mais de R$ 50 mil, o que transforma o porta-malas em uma prerrogativa.
No México e nos EUA, onde o novo Fiesta já é comercializado, a Ford posicionou o sedã abaixo do hatch.
As rodas de aro 15, por exemplo, são cobertas por calotas. O toca-CDs e os vidros elétricos são opcionais no sedã, que ainda ganhou três filetes cromados horizontais na grade para ficar com cara de mini-Fusion.
Já o controle de estabilidade vem de série, assim como o freio ABS e os airbags de cortina e de joelhos. São diferenciais de segurança relevantes que o Honda City 1.5 (R$ 58.690) nacional, por exemplo, não oferece.
Ele é o líder do segmento no Brasil. Emplaca, em média, 3.000 unidades por mês.
Segundo concessionários, o Fiesta Sedan chegará em agosto, e o hatch, em outubro, no Salão de São Paulo.
Terá um apelo esportivo e mais equipamentos -o motor 1.6 Sigma "flex", feito em Taubaté (SP) e exportado para o México, equipará ambos.
A versão 1.0 está descartada -continuará no Fiesta antigo, que se manterá em produção em Camaçari (BA) como opção mais acessível.

POLO
Já na Volkswagen, os planos são outros. A marca vai manter o preço do Polo hatch abaixo do da versão sedã, e simplificará o acabamento em relação ao europeu.
Durante o Salão de Frankfurt de 2009, Martin Winterkorn, presidente da Volkswagen, disse que o padrão do Polo brasileiro -esperado para 2011- será igual ao de outros países emergentes, como Índia e Rússia.
E foi lá que a marca apresentou, no início deste mês, a terceira geração do Polo com porta-malas saliente.
Maior e mais encorpado que o seu antecessor, o VW mantém o estilo sóbrio e pouco inovador -as lanternas traseiras são quadradas, mas têm iluminação interna em forma de bumerangue.
Aqui, o Polo Sedan terá outra missão: substituir o Bora, enquanto não reforça a ofensiva da VW com o NCC (sigla de projeto do futuro Jetta mexicano, que também chega ao Brasil no ano que vem).
Mesmo assim, exigirá um esforço adicional do Polo, principalmente quanto ao refinamento interno e à oferta de acessórios, o que deve puxar o seu preço para cima.
A atual geração do Polo Sedan, equipada com motor 2.0 (120 cv), parte de R$ 57,5 mil no Brasil. O novo será mais caro.
(FABIANO SEVERO e FELIPE NÓBREGA)


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