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No Brasil, Fiesta e Polo miram nichos distintos
Ford prioriza versão sedã, que chega antes e mais barata; VW não ousa tanto
Segundo as revendas, novo Fiesta Sedan chega em agosto, e o hatch, só após o Salão de São Paulo, em outubro
Carlos Pedrosa/Folhapress
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Fiesta hatch tem lanterna e linha de cintura elevadas, como se estivesse pronto para acelerar
DO ENVIADO ESPECIAL A BERLIM
DO ENVIADO ESPECIAL A CASCAIS
Enquanto na Europa os
hatches Fiesta e Polo são
concorrentes diretos, por
aqui, seus destinos devem
ser bem diferentes.
A Volkswagen e a Ford dão
sinais de que apostarão mais
nas versões sedãs de seus
compactos "premium".
A escolha faz sentido. Primeiro porque o consumidor
brasileiro gosta (e compra) a
carroceria de três volumes.
Depois, porque os carros
custarão mais de R$ 50 mil, o
que transforma o porta-malas em uma prerrogativa.
No México e nos EUA, onde o novo Fiesta já é comercializado, a Ford posicionou
o sedã abaixo do hatch.
As rodas de aro 15, por
exemplo, são cobertas por
calotas. O toca-CDs e os vidros elétricos são opcionais
no sedã, que ainda ganhou
três filetes cromados horizontais na grade para ficar
com cara de mini-Fusion.
Já o controle de estabilidade vem de série, assim como
o freio ABS e os airbags de
cortina e de joelhos. São diferenciais de segurança relevantes que o Honda City 1.5
(R$ 58.690) nacional, por
exemplo, não oferece.
Ele é o líder do segmento
no Brasil. Emplaca, em média, 3.000 unidades por mês.
Segundo concessionários,
o Fiesta Sedan chegará em
agosto, e o hatch, em outubro, no Salão de São Paulo.
Terá um apelo esportivo e
mais equipamentos -o motor 1.6 Sigma "flex", feito em
Taubaté (SP) e exportado para o México, equipará ambos.
A versão 1.0 está descartada -continuará no Fiesta antigo, que se manterá em produção em Camaçari (BA) como opção mais acessível.
POLO
Já na Volkswagen, os planos são outros. A marca vai
manter o preço do Polo hatch
abaixo do da versão sedã, e
simplificará o acabamento
em relação ao europeu.
Durante o Salão de Frankfurt de 2009, Martin Winterkorn, presidente da Volkswagen, disse que o padrão do
Polo brasileiro -esperado
para 2011- será igual ao de
outros países emergentes,
como Índia e Rússia.
E foi lá que a marca apresentou, no início deste mês, a
terceira geração do Polo com
porta-malas saliente.
Maior e mais encorpado
que o seu antecessor, o VW
mantém o estilo sóbrio e pouco inovador -as lanternas
traseiras são quadradas, mas
têm iluminação interna em
forma de bumerangue.
Aqui, o Polo Sedan terá outra missão: substituir o Bora,
enquanto não reforça a ofensiva da VW com o NCC (sigla
de projeto do futuro Jetta mexicano, que também chega
ao Brasil no ano que vem).
Mesmo assim, exigirá um
esforço adicional do Polo,
principalmente quanto ao refinamento interno e à oferta
de acessórios, o que deve puxar o seu preço para cima.
A atual geração do Polo Sedan, equipada com motor 2.0
(120 cv), parte de R$ 57,5 mil
no Brasil. O novo será mais
caro.
(FABIANO SEVERO e FELIPE NÓBREGA)
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