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Chance de veículo "sumir" é maior na zona leste de SP
Desmanches e falta de policiais causam efeito que eleva preço do seguro
DA REDAÇÃO
A cada hora, dez carros são
roubados ou furtados na cidade
de São Paulo. Mas, para os que
ficam estacionados ou circulam
na zona leste, o risco é maior.
Dados das seguradoras revelam que a proporção de motoristas que ficam a pé chega a ser
50% maior nas regiões mais
violentas em comparação com
as mais calmas.
A presença de muitos desmanches na zona leste é apontada como catalisadora para
tantos crimes. "O ladrão é preguiçoso por natureza, então vai
atuar em locais mais próximos", diz Pedro Calil, gerente
de sinistro da SulAmérica.
Ainda que a zona sul abrigue
bairros violentos -e distantes-, como Capão Redondo, na
leste há mistura maior entre ricos e pobres. "As condições de
financiamento são boas, então
é possível ver um [Fiat] Stilo financiado em 60 meses em Sapopemba", observa Marcelo
Sebastião, gerente de seguro de
automóveis da Porto Seguro.
Ele lembra também que a
distribuição de delegacias e a
presença de policiais não são
uniformes na capital.
Isso reflete no preço do seguro do carro. Um perfil médio
(homem casado de 40 anos) pagaria R$ 1.336,29 para proteger
um Chevrolet Celta caso morasse em Santana (zona norte).
O prêmio iria para R$ 1.418,78
se fosse em Sapopemba.
No meio de tudo isso, o centro figura como uma das regiões mais tranqüilas da cidade.
"Ele ficou esquecido. Além disso, o roubo exige uma fuga, e o
centro está sempre congestionado", analisa Claudio Afif Domingos, vice-presidente da Indiana Seguros.
A Secretaria da Segurança
Pública não tem dados por região.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
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