São Paulo, domingo, 28 de janeiro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Chance de veículo "sumir" é maior na zona leste de SP

Desmanches e falta de policiais causam efeito que eleva preço do seguro

DA REDAÇÃO

A cada hora, dez carros são roubados ou furtados na cidade de São Paulo. Mas, para os que ficam estacionados ou circulam na zona leste, o risco é maior.
Dados das seguradoras revelam que a proporção de motoristas que ficam a pé chega a ser 50% maior nas regiões mais violentas em comparação com as mais calmas.
A presença de muitos desmanches na zona leste é apontada como catalisadora para tantos crimes. "O ladrão é preguiçoso por natureza, então vai atuar em locais mais próximos", diz Pedro Calil, gerente de sinistro da SulAmérica.
Ainda que a zona sul abrigue bairros violentos -e distantes-, como Capão Redondo, na leste há mistura maior entre ricos e pobres. "As condições de financiamento são boas, então é possível ver um [Fiat] Stilo financiado em 60 meses em Sapopemba", observa Marcelo Sebastião, gerente de seguro de automóveis da Porto Seguro.
Ele lembra também que a distribuição de delegacias e a presença de policiais não são uniformes na capital.
Isso reflete no preço do seguro do carro. Um perfil médio (homem casado de 40 anos) pagaria R$ 1.336,29 para proteger um Chevrolet Celta caso morasse em Santana (zona norte). O prêmio iria para R$ 1.418,78 se fosse em Sapopemba.
No meio de tudo isso, o centro figura como uma das regiões mais tranqüilas da cidade. "Ele ficou esquecido. Além disso, o roubo exige uma fuga, e o centro está sempre congestionado", analisa Claudio Afif Domingos, vice-presidente da Indiana Seguros.
A Secretaria da Segurança Pública não tem dados por região. (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)


Texto Anterior: Cartas
Próximo Texto: Peças & acessórios: Vidro recuperado livra de multa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.