|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
peças & acessórios
Fratura agora é infração grave; serviço de recuperação custa R$ 70 e é coberto por seguro
Vidro recuperado livra de multa
ROSANGELA DE MOURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Considerado item de segurança, o pára-brisa passa a se
submeter a regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de
Trânsito. O órgão também permite que ele seja recuperado, livrando o motorista de uma
multa grave (veja ao lado).
Georgios Fotopoulos, da Mecânica de Vidros, ensina uma
tática para o motorista descobrir se a rachadura pode ser arrumada. "Ele deve se sentar e
colocar, na vertical, uma folha
A4 na sua frente. Também é
possível observar a área que a
palheta percorre. Se estiver
nesse espaço, o conserto não
será possível."
Dados levantados pela fabricante de vidros Saint-Gobain
Sekurit revelam que um em cada dez carros que circulam no
país -ou seja, mais de 2 milhões- pode ser multado por
estar com o pára-brisa trincado
ou com defeito que comprometa a visibilidade do condutor.
Renato Hotzheim, diretor-geral da empresa, lembra que
determinadas trincas, além de
desviar a atenção do motorista,
chegam a afetar a resistência do
componente. Ele explica que o
pára-brisa é formado por duas
camadas de vidro separadas
por uma película central -se
afetada, impede a recuperação.
Hotzheim alerta que o vidro
também interfere na eficiência
do airbag. Numa batida, o passageiro pode ser arremessado
para fora do carro se o pára-brisa não estiver bem fixado.
"A resolução proporciona
um padrão para avaliação dos
defeitos e estabelece limites
entre o permitido e o que torna
o pára-brisa inseguro."
É preciso procurar uma oficina especializada para saber se a
peça pode ser recuperada. O
serviço em uma fratura localizada custa, em média, R$ 70, e o
serviço é feito em 30 minutos.
Rapidez
Fotopoulos estima que 75%
das batidas de pedras no pára-brisa possam ser recuperadas,
mas nem sempre o proprietário
do veículo procura uma oficina
em tempo hábil.
"A vibração do carro provocada pela passagem em lombadas e ruas com paralelepípedos,
por exemplo, causa torção na
carroceria e contribui para a
expansão da trinca", comenta.
"Um caminhão na minha
frente soltou uma pedra, que
atingiu o pára-brisa do meu
[Chevrolet] Corsa Sedan. A
trinca de dez centímetros logo
passou para 30 centímetros",
conta o taxista Geraldo Basílio
da Costa, 67.
O tamanho não permitiu a
troca. Substituir o pára-brisa
sairia por R$ 230, mas, como
Costa possui seguro, pagou
apenas R$ 95 pela franquia.
O advogado Antônio Carlos
Delben, 44, foi vítima de uma
pedra que voou em seu Chevrolet Omega. "Não sabia se teria
de trocar ou poderia recuperar
a peça. O diagnóstico apontou
que o reparo era possível."
Além de continuar com o vidro original de fábrica, ele acredita ter economizado aproximadamente R$ 3.000 por se
tratar de uma peça importada.
Para o conserto, as oficinas
especializadas usam uma máquina que cria vácuo para retirar o ar "preso" na área afetada.
Depois, é injetada uma resina
fotopolimerizável, que preenche todo o interior da trinca e
cria uma solda. Por último,
uma massa permite nivelar o
ponto de impacto com o restante do pára-brisa.
Fotopoulos diz que o reparo
não é aceito quando a fratura
está contaminada -por terra,
umidade ou óleo. A visão nunca
volta a ser perfeita no ponto danificado, mas chega a 95% da
original. Deve-se solicitar por
escrito a garantia do serviço.
ONDE ENCONTRAR
Carglass - 0/xx/11/2126-0101
Mecânica de Vidros - 0/xx/11/
3872-4771
Texto Anterior: Chance de veículo "sumir" é maior na zona leste de SP Próximo Texto: Resolução 216 Índice
|