|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sem "matar" Classe A, B mostra ser uma minivan esportiva
No Brasil, 2º menor modelo da Mercedes vende mais do que o mais compacto; B 200 Turbo tem 193 cavalos
DA REDAÇÃO
Uma das grandes atrações do
Salão de Genebra de 2005 foi o
Mercedes-Benz Classe B.
Maior que o Classe A, mas parecido com ele em vários aspectos, levantava uma questão:
não protagonizariam Caim e
Abel no mundo veicular?
Oferecido no Brasil desde
março de 2006, o Classe B já teve comercializadas 216 unidades -184 da versão aspirada e
32 da turbinada, testada pela
Folha em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia. Foram emplacados 73 Classe A
desde janeiro de 2006 até hoje.
A fábrica se dá por contente
com os resultados mundiais do
seu segundo menor carro. As
primeiras vendas foram em junho de 2005 e, em um ano,
eram 120 mil Classe B nas ruas.
A segunda geração do Classe A,
também nos primeiros 12 meses, somava 200 mil carros.
Os dois são monovolumes e
têm tração dianteira e motor
transversal bem inclinado -ele
descerá se houver uma batida.
Eles também usam o mesmo
sistema de "dois pisos": o chão
em que pisam os passageiros
não é o mesmo que forma a parte inferior do carro.
Segundo a Mercedes-Benz,
uma grande vantagem do Classe B é o conceito de sanduíche.
O motor e o câmbio são colocados na frente e embaixo do carro para não ocuparem muito
espaço. Assim sobra uma área
maior no interior, apesar das
dimensões externas reduzidas.
Em comparação com o Classe A, o B é 43 cm mais comprido
e tem uma distância entreeixos
21 cm maior. Mas a altura é a
mesma, a diferença na largura é
de apenas 2 cm, e o porta-malas
leva 23 l a mais.
A diferença de preço não é
tão exorbitante -considerando que custam mais de R$ 100
mil. Ainda 2006, o A 200 sai por
R$ 114,9 mil. Com o mesmo
motor, o B 200 2007 tem preço
de R$ 135 mil, enquanto a versão turbinada, com 57 cv (cavalos) a mais, vale R$ 149,9 mil.
Esportividade luxuosa
O teste Folha-Mauá revela
que o B 200 Turbo é, na verdade, uma minivan esportiva -a
Mercedes prefere o nome
Sports Tourer. Ele vai de 0 a
100 km/h em 8,36s. Aspirado, o
A 200 levou 10,94s há um ano.
A comparação com um monovolume "tradicional" -e
mais conhecido do brasileiro-
destaca a veia esportiva do
Classe B. A Citroën Xsara Picasso, por exemplo, também
equipada com câmbio automático com trocas manuais e motor 2.0, leva 11,82s. Tem 138 cv.
Claro que a diferença aparece no bolso. A Picasso custa a
partir de R$ 68.180. O apoio de
braço entre os bancos dianteiros, de série no Classe B, custa
R$ 260 no modelo nacional.
Além disso, o B 200 tem tudo
o que é esperado de um modelo
que tem uma estrela na grade
do radiador. Bancos de couro,
airbags frontais e laterais,
acendimento automático dos
faróis, piso do porta-malas com
ajuste de altura, tudo está lá.
No quesito segurança, há
ESP, ABS, BAS, EBD e ASR. Todas essas siglas significam que
sistemas eletrônicos controlam a estabilidade, impedem os
freios de travarem, ajudam na
frenagem, distribuem a força
dos freios e controlam a tração.
Na prática, o motorista leva
11,1 m para frear caso venha a
40 km/h. Se a velocidade for
dobrada, serão necessários
36,2 m.
(JOSÉ AUGUSTO AMORIM)
O carro foi cedido para teste pela montadora
Texto Anterior: Suspensão desgasta pneus de Blazer Próximo Texto: CS dá à BMW chance de ter sedã maior que Série 7 Índice
|