São Paulo, domingo, 29 de abril de 2007

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Sem "matar" Classe A, B mostra ser uma minivan esportiva

No Brasil, 2º menor modelo da Mercedes vende mais do que o mais compacto; B 200 Turbo tem 193 cavalos

DA REDAÇÃO

Uma das grandes atrações do Salão de Genebra de 2005 foi o Mercedes-Benz Classe B. Maior que o Classe A, mas parecido com ele em vários aspectos, levantava uma questão: não protagonizariam Caim e Abel no mundo veicular?
Oferecido no Brasil desde março de 2006, o Classe B já teve comercializadas 216 unidades -184 da versão aspirada e 32 da turbinada, testada pela Folha em parceria com o Instituto Mauá de Tecnologia. Foram emplacados 73 Classe A desde janeiro de 2006 até hoje.
A fábrica se dá por contente com os resultados mundiais do seu segundo menor carro. As primeiras vendas foram em junho de 2005 e, em um ano, eram 120 mil Classe B nas ruas. A segunda geração do Classe A, também nos primeiros 12 meses, somava 200 mil carros.
Os dois são monovolumes e têm tração dianteira e motor transversal bem inclinado -ele descerá se houver uma batida.
Eles também usam o mesmo sistema de "dois pisos": o chão em que pisam os passageiros não é o mesmo que forma a parte inferior do carro.
Segundo a Mercedes-Benz, uma grande vantagem do Classe B é o conceito de sanduíche. O motor e o câmbio são colocados na frente e embaixo do carro para não ocuparem muito espaço. Assim sobra uma área maior no interior, apesar das dimensões externas reduzidas.
Em comparação com o Classe A, o B é 43 cm mais comprido e tem uma distância entreeixos 21 cm maior. Mas a altura é a mesma, a diferença na largura é de apenas 2 cm, e o porta-malas leva 23 l a mais.
A diferença de preço não é tão exorbitante -considerando que custam mais de R$ 100 mil. Ainda 2006, o A 200 sai por R$ 114,9 mil. Com o mesmo motor, o B 200 2007 tem preço de R$ 135 mil, enquanto a versão turbinada, com 57 cv (cavalos) a mais, vale R$ 149,9 mil.

Esportividade luxuosa
O teste Folha-Mauá revela que o B 200 Turbo é, na verdade, uma minivan esportiva -a Mercedes prefere o nome Sports Tourer. Ele vai de 0 a 100 km/h em 8,36s. Aspirado, o A 200 levou 10,94s há um ano.
A comparação com um monovolume "tradicional" -e mais conhecido do brasileiro- destaca a veia esportiva do Classe B. A Citroën Xsara Picasso, por exemplo, também equipada com câmbio automático com trocas manuais e motor 2.0, leva 11,82s. Tem 138 cv.
Claro que a diferença aparece no bolso. A Picasso custa a partir de R$ 68.180. O apoio de braço entre os bancos dianteiros, de série no Classe B, custa R$ 260 no modelo nacional.
Além disso, o B 200 tem tudo o que é esperado de um modelo que tem uma estrela na grade do radiador. Bancos de couro, airbags frontais e laterais, acendimento automático dos faróis, piso do porta-malas com ajuste de altura, tudo está lá.
No quesito segurança, há ESP, ABS, BAS, EBD e ASR. Todas essas siglas significam que sistemas eletrônicos controlam a estabilidade, impedem os freios de travarem, ajudam na frenagem, distribuem a força dos freios e controlam a tração.
Na prática, o motorista leva 11,1 m para frear caso venha a 40 km/h. Se a velocidade for dobrada, serão necessários 36,2 m. (JOSÉ AUGUSTO AMORIM)

O carro foi cedido para teste pela montadora

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