Acessório custa a partir de R$ 450 e ainda ajuda na função aerodinâmica

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Como a maioria das picapes, a nova Volkswagen Saveiro tem a capota marítima oferecida apenas como item opcional. No mercado paralelo, porém, o acessório é mais barato e ainda pode ser personalizado com cores ou estampas pessoais.
A capota preta ainda é a mais tradicional e comprada, mas a fabricante de capotas Pissoletro já oferece oito opções de cor, entre elas o cinza, o azul, o vermelho e até o laranja.
"A branca representa 40% das vendas, mas fabricamos na cor laranja também, principalmente para carros "tunados'", afirma Igor Pizzoli, um dos proprietários da empresa.
A capota é feita em poliéster revestido de PVC, mas não é tingida. O pigmento colorido é adicionado na fabricação do PVC. "Assim ela não desbota com o sol", diz Pizzoli.
Os preços variam de acordo com o tamanho, e a colorida é 50% mais cara. Para uma Saveiro, por exemplo, a capota preta custa R$ 450, e a colorida, R$ 675. Já as capotas para a Ford F-250 saem por R$ 650 e R$ 975, respectivamente.

Originais
Já a Covertech estampa desenhos escolhidos pelo cliente. "A maioria são empresas que querem divulgar a marca ou identificar frotistas, mas já temos pedidos de clientes finais para colocar algo mais pessoal, como uma foto", afirma o proprietário Christian Serwy.
A impressão é em "silk-screen" (desenho feito à base de tinta) ou digital. O processo leva uma semana e custa em média R$ 700, dependendo do número de cores e da complexidade do desenho.
As montadoras ainda não oferecem opções de capas personalizadas ou coloridas. A Volkswagen não informou o preço da capota para a nova Saveiro. A antiga custa R$ 650.
Para o supervisor de personalização de veículos da Ford, João Finochi, a compra de acessórios não originais pode ser um mau negócio.
"Os produtos vendidos no mercado paralelo desbotam, deformam e não têm bom acabamento", compara Finochi.
Originais ou não, as capotas melhoram a aerodinâmica das picapes. "O ar contorna melhor a caçamba, reduzindo a turbulência e o consumo", explica Fernando Catalan, professor de dinâmica veicular da USP (Universidade de São Paulo) de São Carlos. (RICARDO RIBEIRO)