UOL


São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Etiqueta evita veículos com tração "animal"

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Existe uma etiqueta da direção. Conhecê-la e respeitá-la pode ajudar a tornar o trânsito um pouco mais civilizado. O capitão Marcel Lacerda Soffner diz que, antes de tudo, é preciso estar relaxado.
"Entre no carro com o espírito desarmado. A parte emocional é muito importante para o motorista. Use o bom senso no trânsito, seja cortês, não aceite provocações, nunca puxe briga com ninguém. O melhor motorista é o que tem noções de cidadania", ensina.
Esse também é o conselho de Jeter Gomes, da CET. "Seja solidário, dê passagem, pare para um idoso atravessar. A via é pública, todo mundo tem o mesmo direito, mas nem todos possuem a mesma estrutura física. O caminhão, o ônibus e o carro são grandes; o pedestre e o motociclista são mais frágeis. Você tem de levar isso em consideração."

Passagem
Na prática, isso se traduz em detalhes. Ao pedir passagem para o carro da frente, não acenda o farol insistentemente. Dê um toquinho de leve no farol e aguarde um tempo para que o carro saia da sua frente com segurança.
O mesmo vale para a buzina, que deve ser usada somente para advertência, com toques breves. As buzinas que imitam sons de animais ou tocam hinos de futebol não são proibidas, mas podem assustar ou causar brigas.
Proibidas são aquelas que usam sons similares aos dos veículos de emergência: bombeiros, polícia, ambulância. Também não se pode buzinar entre 22h e 6h e nas áreas indicadas pela sinalização, como as próximas aos hospitais.

Reciclagem
O pisca-alerta deve ser acionado quando o carro estiver parado e -graças a uma alteração no Código de Trânsito Brasileiro- quando o motorista estiver em situação de emergência, transportando uma pessoa doente, por exemplo, ou com um pneu furado enquanto tenta chegar ao borracheiro. Então, quando você vir alguém circulando com o alerta ligado, dê passagem, saia da frente.
Evite furar escoltas e cortejos funerários. Além de ser infração, portanto passível de multa, não é nada educado.
Segundo Soffner, quase a metade dos frequentadores do temido curso de reciclagem (ministrado para quem acumulou muitos pontos na carteira de habilitação por infrações no trânsito) é formada por jovens: 43%.
A grande maioria, 85%, é formada por homens. "O automóvel interfere na psicologia do indivíduo e, principalmente no caso dos meninos, é um símbolo de status. Os jovens se sentem onipotentes e poderosos com um carro na mão", afirma o capitão.
É por causa disso que acontecem o abuso da velocidade e a falta de obediência às regras. De acordo com Soffner, as falhas humanas são responsáveis por 80% dos acidentes. Ele lamenta que o Código de Trânsito Brasileiro, em vigor desde 1998, seja tão pouco conhecido. (WM)


Texto Anterior: Rua é sala de aula para aprender macetes
Próximo Texto: Jovem condutor gasta mais sola que pneu
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.