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São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003

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PRIMEIRO CARRO

Dispensar os serviços de um despachante obriga motorista a percorrer longos caminhos atrás da carteira e do registro do veículo

Jovem condutor gasta mais sola que pneu

FREE-LANCE PARA A FOLHA

O trâmite para conseguir a desejada Carteira Nacional de Habilitação, a famosa carteira de motorista, requer paciência. Além de ter 18 anos completos e ser alfabetizado, quem quiser fazer tudo sem a intermediação de despachantes vai cumprir algumas etapas burocráticas.
O interessado necessita ter CPF (Cadastro de Pessoa Física) próprio e tirar uma cópia. Além disso, deve apresentar original e cópia da carteira de identidade, comprovante de residência e uma foto 3x4 recente.
Depois de dar entrada na documentação, o futuro motorista vai a uma clínica médica credenciada pelo Detran para realizar os exames médico e psicotécnico.
O candidato precisa apresentar os comprovantes de aprovação nos exames para fazer a matrícula em um Centro de Formação de Condutores e realizar o curso teórico de legislação. São 30 horas compulsórias de aula.
Com o certificado de frequência, o jovem condutor comparece ao setor de habilitação do Detran para marcar o exame teórico.
Em caso de aprovação, retira-se a Licença de Aprendizagem de Direção Veicular. Depois, é necessário frequentar 15 horas-aula de direção no Centro de Formação de Condutores. Após a conclusão das aulas, o aprendiz já pode marcar a data do exame prático.
O interessado deve optar pela categoria A (motocicletas), B (veículos motorizados cujo peso máximo não exceda 3,5 toneladas e não ultrapasse oito lugares além do condutor) ou ambas.

Papéis do carro
Com a carteira na mão, é hora de cuidar do carro. O registro de veículo nacional, procedimento erroneamente conhecido como licenciamento, deve ser feito dentro do prazo de 30 dias a partir da retirada do automóvel da loja.
Se a intenção for economizar com despachante, há de novo uma maratona no Detran.
O interessado deve juntar original e cópias do CPF (próprio, e não de terceiros) e da carteira de identidade, um comprovante de residência, as notas fiscais da concessionária e da fábrica e o decalque do chassi do carro no verso da nota da revenda.
Caso o veículo ainda não tenha sido vistoriado, precisa passar pelo procedimento no Detran. O serviço é gratuito. O proprietário tem de preencher o formulário Renavam em duas vias. Os dados podem ser datilografados ou escritos em letra de forma.
Com a documentação, o interessado deve procurar o banco Banespa, que fica no térreo do prédio mirim do Detran, ou a Nossa Caixa, na entrada principal. Lá é necessário preencher um novo formulário dos próprios bancos para solicitar a encomenda das placas. A taxa é de R$ 8,53. O setor de classificação, no primeiro andar do prédio mirim, dá o número das placas.
Com o número em mãos, o proprietário segue para o setor do DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), que fica no andar térreo do prédio mirim.
Lá serão calculados o IPVA e o seguro obrigatório. O cálculo também pode ser feito no site oficial www3.fazenda.sp.gov.br/ ipva2002.
O motorista vai, então, aos bancos Banespa, Nossa Caixa, BCN ou Itaú para pagar o IPVA, o seguro obrigatório e a taxa de R$ 101,11 para registro do veículo. Com todos os documentos em mãos, mais cópias do IPVA e do seguro obrigatório, é hora de ir à seção do CRV, no térreo do prédio principal do Detran.
Os setores citados do Detran funcionam entre 8h e 17h, de segunda a sexta-feira. Para obter os endereços das clínicas médicas, ligue para 0/xx/11/3889-3140, 3889-3141 e 3889-3237 ou acesse o site www.detran.sp.gov.br.
(ISABELLE SOMMA)



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