São Paulo, sábado, 05 de setembro de 2009

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Devo alimentar os pombos?

MALU TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

A recomendação é para não alimentá-los, a não ser que você queira ver um aumento do número dessas aves na cidade. "Os pombos são adaptados ao ambiente urbano e sua taxa reprodutiva está relacionada à quantidade de alimento disponível", explica Hildebrando Montenegro Netto, do Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo.
Segundo o biólogo, a explosão populacional de pombos pode causar impacto ambiental. "Normalmente, eles procuram abrigos próximos aos seus locais de alimentação. As fezes dessas aves, além de causarem incômodos e danos a residências e automóveis, podem transmitir doenças como a criptococose [um tipo de micose, cujas formas mais comuns de infecção humana acometem o aparelho respiratório e o sistema nervoso]", diz Netto.
Na visão de Vanice Teixeira Orlandi, presidente da Uipa (União Internacional Protetora dos Animais), há um exagero a respeito das doenças causadas pelos pombos. Para ela, esses animais podem ser alimentados. "Cabe aos agentes públicos o controle dessa população. Poderiam ser construídos pombais, dos quais seriam retirados a maior parte dos ovos."
Quem costuma alimentar essas aves e deseja parar deve fazer isso de maneira gradual, segundo o Manual de Manejo de Pombos Urbanos da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. Para uma melhor readaptação das aves ao ambiente, deve-se diminuir semanalmente a quantidade de ração à metade, até sua suspensão.


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