São poucos, mas há produtos que fogem da solução fácil de copiar modelos consagrados de embalagens. Para o consultor Paulo Vischi, da Paprika Branding, cada marca deveria tratar suas embalagens como estratégia, buscando um conceito só seu, em vez de seguir códigos estabelecidos pela concorrência. "O design deve ser a expressão da essência da marca e ser perceptível e relevante às necessidades e desejos das pessoas, não da categoria", diz. Vischi cita como exemplo de apresentação a linha de alimentos funcionais Frutífera, da Natura, que vem sendo vendida em caráter experimental no interior de São Paulo.
Criadora da embalagem, a arquiteta Simone Mattar explica que partiu do conceito de bem-estar para criar a imagem de uma "árvore que dá tudo". Em todas as caixas da linha, com sopas, barras de cereais e chás, aparece a árvore com frutos pendurados.
De acordo com os ingredientes de cada item, variam as ilustrações: cogumelos, kiwis, abóboras, tudo pode dar na mesma árvore. "É preciso insistir na inovação, ainda que cause estranhamento.
Pode não dar certo no começo, mas cria fidelidade", diz Simone.


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