DA REPORTAGEM LOCAL

Dois corredores paralelos, com algumas travessas, que terminam na praça de alimentação. O projeto simples e térreo do shopping Interlagos permite ao consumidor passar facilmente por todas as lojas. Os corredores principais são largos e curvos.
As placas de orientação, azuis e centralizadas no teto, são facilmente identificáveis e simples, segundo o arquiteto Carlos Faggin. Telefones públicos e banheiros ficam em corredores que saem da rua principal.
O conforto, no entanto, é quebrado pela presença constante, no meio dos corredores, de quiosques e tótens que sinalizam as lojas-âncoras.
O maior problema enfrentado na visita foi em relação aos mapas. Como não foram encontrados logo de início, dois funcionários foram consultados. Ambos apontaram para painéis de três faces, em que uma deveria conter o mapa. Mas nos dois casos só havia anúncios do shopping. Quando foram encontrados, os mapas não tinham ícones do tipo "você está aqui". A administração diz que o shopping tem funcionários treinados para orientar consumidores e que os anúncios dos painéis são de cursos gratuitos, "ações de marketing e normas de convivência".
A poluição visual causada pela sinalização das lojas, especialmente no corredor que leva ao Carrefour, chamou a atenção do arquiteto. "Parece que cada um quer gritar mais alto que o outro", diz Faggin.
Há uma saída para o estacionamento em frente ao hipermercado, o que permite entrar e sair sem atravessar os outros corredores com o carrinho.
O estacionamento gratuito do Interlagos é descoberto, o que ajuda na hora de encontrar o carro, segundo Faggin. Há postes com letras e números, que também facilitam a tarefa. Mas faltam placas indicando a saída do estacionamento. O Interlagos negou permissão para fotografar corredores, porque não estaria interessado em colaborar com a reportagem. (DM)


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