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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 11 A 17 DE DEZEMBRO DE 2009

 

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CINEMA

Aconteceu em Woodstock

Longa falha em capturar o espírito do festival

Ricardo Calil

Há um risco inerente à ideia de levar para a tela a história de um personagem ou de um evento revolucionário. Em comparação com o tema, o filme raramente consegue escapar da acusação de ser convencional. O problema fica evidente em "Aconteceu em Woodstock", de Ang Lee.

O fio condutor do filme é Elliot Tiber (Demitri Martin), garoto gay e judeu que tinha uma licença para realizar eventos culturais na pequena White Lake e que decidiu usá-la para abrigar o festival de Woodstock. O cineasta concentra-se no choque da mentalidade repressora dos pais e vizinhos de Elliot com os ventos de liberdade do festival.

Embora seja uma ilustração competente dos eventos que tornaram possível a realização do festival, o filme falha em capturar o espírito da mais espetacular materialização do movimento de contracultura do final dos anos 60.

Parte do problema pode ser creditado a Lee, excelente cineasta clássico. Grande tradutor dos sentimentos reprimidos no cinema, ele tem dificuldades para expressar a extroversão e o hedonismo do evento. Por fim, outro problema grave: para um filme sobre um festival tão importante quanto Woodstock, há pouca, muito pouca, música.

Não recomendado para menores de 16 anos.

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