CINEMA

No Meu Lugar

Produção retrata violência carioca sem clichês

Rafael Balsemão

O policial Zé Maria é interpretado por Márcio Vito Uma casa no bairro das Laranjeiras, no Rio, une os três núcleos de "No Meu Lugar", o primeiro longa de Eduardo Valente. Na abertura, acompanhamos o policial Zé Maria (Márcio Vito) rodando pelas ruas da capital fluminense. A calmaria é interrompida quando aparece uma jovem no meio da rua, aos berros, pedindo ajuda. Ela avisa que há alguém armado dentro de casa. Zé Maria entra em ação. Além do disparo da arma, pouco é revelado sobre o incidente.

Após o assalto, o longa se divide em três histórias, passadas em tempos diferentes. Temos o policial, suspenso de suas atividades, tentando reinventar sua rotina. Observamos uma mulher na casa onde ocorreram os disparos, no local com o novo marido e os dois filhos, para decidir o que fazer com o imóvel.

E, em outro momento, um entregador de compras começa a se relacionar com a jovem que nas cenas iniciais apareceu desesperada na rua.

É na costura desses personagens que o diretor conduz o espectador e mostra o cotidiano carioca, sem os clichês e o ritmo frenético que caracterizam os filmes brasileiros sobre violência.

Não recomendado para menores de 16 anos. Salas