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DE SÃO PAULO
Guia da Folha
 

DE 20 A 26 DE AGOSTO DE 2010

 

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CINEMA

CRÍTICA Um Doce Olhar

Longa turco contempla relação entre pai e filho

Ricardo Calil

O cineasta turco Semih Kaplanoglu realizou "a trilogia de Yusuf" (nome do protagonista dos seus três últimos filmes) na ordem inversa. Primeiro veio "Ovo" (2007), com o personagem adulto, vivendo como poeta. Depois, "Leite" (2008), com Yusuf adolescente.

Agora, é a vez de "Um Doce Olhar" ("Mel", no título original), vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim deste ano e primeiro da trilogia a chegar ao Brasil. Nele, Yusuf (Boras Altas) é um garoto de seis anos que vive com os pais em uma vila isolada da Turquia.

Ele tem dificuldades para falar e ler em voz alta, tanto em casa quanto na escola, a não ser quando está a sós com o pai, um apicultor que o menino gosta de acompanhar na colheita de mel e com quem ele tem uma relação de total cumplicidade.

"Um Doce Olhar" remete tanto ao neorrealismo italiano quanto ao cinema iraniano, em suas opções por atores amadores, tempos distendidos, poucos diálogos e pela atenção a detalhes do cotidiano.

Mesmo quando a narrativa se encaminha para a tragédia, Kaplanoglu consegue preservar um olhar para o mundo ao mesmo tempo poético e abismado, como o do menino Yusuf. O filme confirma o diretor turco como um dos nomes a acompanhar de perto.

Livre.

Capa

Teatro

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Shows

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