CINEMA

X-Men: O Confronto Final

Franquia tem seqüência marcada por ótimos efeitos

Sandro Macedo

Há seis anos, o diretor Bryan Singer conseguiu algo em que poucos acreditavam ao adaptar com sobriedade uma das séries mais cultuadas no mundo dos quadrinhos, os "X-Men", da Marvel Comics. Na seqüência, em 2003, Singer marcou outro ponto ao mesclar ação com uma trama densa e aumentar o leque de personagens.

Agora, com um orçamento de US$ 150 milhões (o dobro do primeiro filme), era a chance de Singer mostrar tudo o que tinha direito. Era. O cineasta largou a franquia para revitalizar um outro herói que andava meio caído em "Superman - O Retorno".

A Fox agiu rápido e contratou Brett Ratner -que por "coincidência" tinha acabado de se desligar de "Superman". Com prazo apertado e dinheiro na mão, Ratner fez o que os fãs aguardavam ansiosos desde o primeiro longa: ritmo alucinante e efeitos mirabolantes.

A trama tem dois desdobramentos. De um lado, Jean Grey (Famke Janssen) retorna manifestando uma personalidade poderosa que se auto denomina Fênix e estava controlada pelo professor Xavier (Patrick Stewart) desde que ela ingressou na escola -boa resolução, apesar de divergir da HQ. De outro, um laboratório desenvolve uma "cura" para os mutantes que poderia transformá-los em humanos normais. A guerra tão anunciada por Magneto (Ian McKellen) é iminente, e ele recruta um grupo de mutantes para o confronto final do subtítulo.

O roteiro não perde tempo apresentando os personagens novos, que estão lá na figura do Fera (Kelsey Grammer) -melhor aquisição do filme- e do subaproveitado Anjo (Ben Foster). Mas são Tempestade (Halle Berry) e Wolverine (Hugh Jackman) que comandam o show.

Poderia ser o desfecho com chave de ouro da franquia, que tem várias baixas nesse episódio, mas, se a ganância de Hollywood permitir, o fim pode ser apenas um novo começo. E não saia do cinema antes do acender das luzes.