CRIANÇA

CRÍTICA O Domador de Férias

Cachorro "improvisa" e cria vazios em narrativa

Mônica Rodrigues da Costa

"O Domador de Férias", em cartaz no Teatro Alfa, retoma a montagem anterior do grupo Furunfunfum, "O Circo do Seu Lé" -que imita um show de picadeiro, com palhaços, acrobatas e um dinossauro amestrado.

Em "O Domador de Férias", a trupe monta o circo, mas o domador está cansado, e todos decidem se divertir na praia. Lá, eles conhecem uma vendedora ambulante e seu cãozinho, Puffy, que passam a integrar a história.

Os problemas começam quando o cachorro -um animal de verdade- obriga o elenco a improvisos que provocam um vazio na narrativa. As cenas se transformam em jogo de bola com Puffy, que, algumas vezes, desce do palco e interrompe a representação.

O enredo muda subitamente devido a uma associação arbitrária entre Puffy e Laika, a cadela russa enviada ao espaço nos anos 1950. Os palhaços se tornam cientistas que constroem um foguete que colocará Laika em órbita, rumo à morte.

Ocorre, então, outra virada, que traz Laika de volta à Terra, para que as crianças não fiquem angustiadas. Em várias passagens, o enredo não oferece soluções coerentes para as peripécias.

Avaliação: regular. Indicação: de 5 a 9 anos

Teatro Alfa - sala B - r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Jardim Dom Bosco, região sul, tel. 5693-4000. 200 lugares. Sáb. e dom.: 17h30. Até 19/9. Ingr.: R$ 12 (menores de 12 anos) e R$ 24. 80 min. Valet (R$ 12). a d t