O ROTEIRO MAIS COMPLETO DE SÃO PAULO |
DE 14 A 20 DE SETEMBRO DE 2007 |
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ESPECIAL
Montagem carioca revê trajetória pessoal do paraibanoMaria Eugênia de Menezes Toda a literatura de Ariano Suassuna nasce do encontro entre a imaginação e a autobiografia. Como se a cada novo livro, o autor tentasse fazer reviver o pai, assassinado por motivos políticos, quando tinha apenas três anos.A montagem carioca “Ariano”, que estréia amanhã (dia 15), no Centro Cultural Banco do Brasil, se debruça sobre a trajetória pessoal do escritor. Na história, protagonizada pelo ator Gustavo Falcão, o jovem Ariano pede ajuda a alguns de seus personagens para chegar ao Reino de Acauhan, referência ao nome da fazenda onde nasceu. Escrita por Gustavo Paso (que também assina a direção) e pelo poeta paraibano Astier Basílico, a peça foge da chave realista e coloca o escritor dentro de um sonho. “Só desse jeito eu poderia fazer com que ele se encontrasse com suas criações, como João Grilo, Chicó e Nevinha”, explica Paso. Inspirados na “Divina Comédia”, de Dante Alighieri, os dramaturgos dividem o texto em três momentos: Sol (inferno), Sangue (purgatório) e Sonho (paraíso).
Durante a apresentação, os 16 atores da Cia. Epigenia Arte Contemporânea também tocam
instrumentos como rabeca, pífano, acordeão, pandeiro e violas. A trilha sonora do
espetáculo inclui canções inéditas, além de cheganças e folguedos. [MEM] |
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