24/03/2018 17h00

De todos os segmentos da moda, o de casamentos é o que mais inova a olhos vistos. Os básicos looks sereia, justo e de cauda aberta, e bolo, com saia ampla, podem até reinar no imaginário das noivas, mas novas proporções, mistura de materiais e cortes assimétricos surgiram para ampliar a imagem padrão do altar.

Os desfiles de alta-costura, um tipo de roupa feita com o que há de mais exclusivo e caro no mercado, servem como vitrine para esse momento de festa das grifes de luxo, que correm para morder uma fatia do bolo do setor que é mina de ouro pouco explorada.

Se é para o grande dia que as mulheres fazem o maior investimento da vida em uma peça de roupa, o off-white é a cor que as marcas têm apostado nas passarelas. As coleções são provadas com hora marcada nos ateliês de origem ou na loja da grife em São Paulo. Os vestidos não saem por menos de € 50 mil (cerca de R$ 204 mil na cotação da última quinta, 22).

Elie Saab, Dior, Dolce & Gabbana, Chanel, Givenchy, Jean-Paul Gaultier. As maiores casas de costura do mundo abriram as portas para essa leva de casamenteiras que querem assinatura e pompa na produção.

Os bordados agora são gráficos, preenchem vestidos construídos como joias —alguns levam cristais, outros, diamantes. Laços amarrados ao pescoço também despontam nas criações, assim como braços livres.

As camadas de tecido recebem drapeados delicados, que compõem peças cortadas com precisão matemática. Detalhes de alfaiataria também são novidade, que, como no desfile da Chanel, em janeiro, aparecem como memórias dos fraques masculinos.

Demorou até as grandes casas de costura vincularem a aura de sonhos do casamento à da alta-costura, e, com a abertura, iniciar um novo capítulo em suas histórias para deixar o sim ainda mais glamoroso.

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