Descrição de chapéu Donald Trump Xi Jinping

Ziguezague de Trump, agora sobre a China, volta a confundir

'Deixou muitos coçando a cabeça', diz NYT; 'Que diabos está acontecendo?', pergunta Gizmodo

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Um único tuíte e Trump mais uma vez tomou as manchetes do Washington Post ao South China Morning Post.

O primeiro destacou o trecho em que promete ajudar o fabricante de celulares ZTE a “voltar aos negócios” dias depois das sanções que levaram a gigante chinesa a fechar as portas. O segundo prefere a passagem em que ele se disse preocupado com a “perda de empregos na China”.

O New York Times sublinhou que “o tuíte deixou muita gente coçando a cabeça”, na própria Casa Branca. O site de tecnologia Gizmodo admitiu desde logo, no título: “Que diabos está acontecendo mesmo com esse tuíte sobre ZTE e empregos chineses?”.

Na New Yorker, a colunista Susan Glasser comparou o trabalho de quem cobre Trump ao dos que tentam entender o que se passa no Kremlin desde a Guerra Fria: “Somos todos trumpologistas agora”. Uma das saídas mais usadas é buscar sinais em declarações de “décadas atrás para decodificar”, mas ela admite: “Como Trump gosta de falar ultimamente sobre as próprias decisões: Quem sabe?”.

PARA ALÉM DOS TUÍTES

França e Alemanha buscaram algum sinal positivo do que quer Trump, ao abandonar o acordo com o Irã, nas várias entrevistas de seus novos auxiliares nos programas dominicais dos EUA.

O francês Le Monde deu atenção ao secretário de Estado, Mike Pompeo, que disse à Fox News que a decisão “não tem os europeus como alvo”. O alemão Frankfurter Allgemeine se voltou ao assessor de Segurança Nacional, John Bolton, que falou à CNN que não pretende mais derrubar o regime iraniano.

SANÇÕES, PONTO

Já o Wall Street Journal ressaltou outra frase de Bolton, à ABC, sobre o que haverá se franceses e alemães não saírem do Irã: “Os europeus vão enfrentar efetivas sanções dos EUA”.

NOVA ORDEM

No Financial Times, o colunista de política externa, Gideon Rachman, também não dourou a pílula, sob o título “EUA estão forjando uma nova ordem mundial baseada na força”. No futuro imaginado por Trump, “os Estados Unidos baixam a lei e os outros são forçados a seguir”. Para Rachman, poderá funcionar por um tempo, mas “é a receita para um mundo muito mais perigoso.”

QUARTO PODER EXAUSTO

Estreia em duas semanas no canal Showtime, mas o site Politico já viu os primeiros episódios do documentário "The Fourth State" (trailer acima), que acompanha "o NYT na era Trump", por um ano.

A estrela é a repórter Maggie Haberman (abaixo, escrevendo mensagem enquanto dirige), que o cobre desde os anos 1990, quando trabalhava no NY Post, e não consegue parar. Mas acrescenta: "Estou tão cansada".

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