Descrição de chapéu

Patins de menina morta no interior de SP tinham duas impressões digitais

Polícia apreendeu ainda 300 horas de gravações de câmeras

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Alfredo Henrique
Araçariguama (SP) | Agora

Duas digitais, uma pequena e uma grande, foram encontradas no par de patins que a estudante Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, 12, usava no último dia 8, quando desapareceu, em Araçariguama (a 53 km de São Paulo). A menina foi encontrada morta oito dias depois, em um matagal.

A informação é do advogado Jairo Coneglian, que representa um casal que chegou a ser apontado como suspeito na semana passada.

Policiais concentrados no local onde o corpo da garota foi encontrado - Divulgação/PM

Vitória foi vista pela última vez em imagens de câmera de segurança quando andava de patins perto do colégio Jorge Amado, na Vila São José. 

O homem e a mulher detidos na semana passada e liberados após não serem encontradas provas voltaram nesta segunda (18) à delegacia para que a polícia coletasse suas digitais. "Também coletaram material genético de meus clientes", disse o advogado.

O casal havia sido localizado após o depoimento do único preso pelo desaparecimento de Vitória, o servente de pedreiro Julio César Lima Ergesse. Em uma das versões que ele deu à polícia, o suspeito afirmou que a menina entrou em um carro preto onde estavam ele e um casal. Uma perícia descartou o uso do veículo no crime.

Nesta segunda, Ergesse também foi levado para a delegacia para prestar novo depoimento. Na semana passada, a Justiça decretou a prisão temporária dele por cinco dias. A polícia vai pedir nesta terça (19) a prorrogação da prisão por mais 30 dias.

Na noite desta segunda, uma equipe do DHPP (Departamento de Homicídios) levou os patins de Vitória e as demais provas do caso para São Paulo, para que sejam examinados pela perícia.

A polícia também apreendeu imagens de câmeras de vigilância, que também serão periciadas. A reportagem apurou que foram recolhidas 300 horas de gravações.

Uma das hipóteses da polícia é a de que Vitória tenha sido vítima de vingança de alguém próximo da família da menina. Parentes de Vitória estão sendo investigados.

Enterro da menina em Araçariguama (SP) - Marcelo Goncaves/Sigmapress/Folhapress

O pai da estudante Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, o vigilante Luís Alberto Vaz, 34 anos, afirmou acreditar que “pessoas conhecidas” tenham levado a filha. “Ela iria correr para longe e gritar por ajuda se estranhos a tivessem abordado”, afirma.

A mãe de Vitória, a professora Rosana Maciel Guimarães, 39 anos, afirmou que, “por Deus”, orientou a filha dias antes de ela desaparecer sobre como agir caso fosse abordada por estranhos.

“Falei para ele correr e gritar pedindo ajuda. Jamais imaginei que isso aconteceria com ela”, lamenta. Para ela, no entanto, Vitória não foi levada por conhecidos.

Vitória morava com a mãe e uma irmã, de 22 anos, a última pessoa a vê-la antes do desaparecimento. “A irmã viu a Vitória brincando com o cachorro e, depois disso, ela saiu para andar de patins”, disse a mãe. Depois, a garota saiu sem avisar onde ia.

Os pais da garota são separados. Por parte de mãe, a estudante tinha mais um irmão, de 20 anos, que mora na Argentina. O pai mora com a segunda mulher, com quem teve três filhos, dois garotos de 4 e 15 anos, e uma menina de 13 anos.

Em agosto de 2012, Rosana registrou um boletim de ocorrência de maus tratos contra a mulher do vigilante. Em 2014, a professora foi acusada de injúria pela atual mulher do pai de Vitória. Um boletim foi registrado em 15 de fevereiro. Rosana afirmou ontem que o conflito está resolvido e que ela e a madrasta da filha “se dão bem”. Segundo ela, a relação de Vitória com a mulher do pai também era boa.

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