Times grandes começam o Paulista com menos reforços do que em 2017

Crédito: Luis Moura/WPP/Folhapress O meia Lucas Lima foi uma das principais contratações do Palmeiras para esta temporada

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Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos iniciam a disputa do Campeonato Paulista nesta quarta-feira (17) com uma nova política.

Até agora, os quatro principais clubes do Estado buscaram contratações pontuais, aproveitando oportunidades a baixo custo. Como consequência, o número de reforços caiu em relação a 2017.

No ano passado, os clubes contrataram 24 jogadores até o início do Estadual. Neste ano, 16 reforços foram anunciados –sem contar os que voltam de empréstimo.

A queda aconteceu em boa parte por causa do Palmeiras. Até o momento, foram seis reforços, contra nove em 2017. O mais recente foi o meia Gustavo Scarpa, líder em assistências no último Brasileiro.

Mesmo com a diminuição de contratações, o clube é, de novo, o que mais se reforçou.

Os valores, porém, caíram. Foram gastos R$ 14,4 milhões –sem incluir luvas, prêmio que é pago pela assinatura do contrato, mas que muitas vezes acaba incorporado ao salário do jogador. No ano passado, antes de a bola rolar no Estadual, foram investidos R$ 25,1 milhões e depois mais R$ 32,8 milhões apenas com a contratação de Borja.

"Antes o Palmeiras precisava reformular seu elenco. Obviamente que contratando muito. Agora, com tudo planejado, o Palmeiras buscou reforços pontuais. Daqui a pouco, não precisaremos nem ir ao mercado. O clube vai ter em sua [categoria de] base um fornecedor como nunca teve antes", disse Alexandre Mattos, diretor de futebol da equipe alviverde.

Do atual elenco, apenas o atacante Artur, o lateral esquerdo Victor Luís e o zagueiro Thiago Martins, foram revelados na base e devem atuar no Paulista. O goleiro Daniel Fuzato foi inscrito, mas dificilmente será escalado.

O time estreia às 19h30 desta quinta (18), contra o Santo André, no Allianz Parque.

Crédito: Divulgação O Corinthians ainda está em busca de um jogador para suprir a saída do atacante Jô

Atual campeão, o Corinthians contratou cinco reforços. No ano passado, foram seis.

Apenas o lateral-esquerdo Juninho Capixaba chegou com status de titular para repor a perda de Arana, vendido para o Sevilla (ESP). Os outros são opções para compor o banco de reservas.

O clube ainda busca mais dois reforços para substituir o zagueiro Pablo, que não renovou contrato, e o atacante Jô, negociado com o Nagoya Grampus (JAP).

"Não é tão fácil responder ao que o mercado te oferece. Se você tem uma posição financeira privilegiada, aponta o dedo para o melhor do setor e traz, mas não é o que a maioria dos clubes brasileiros vive hoje. É só ver as trocas que estão acontecendo, quais clubes estão participando. Não tem sido nada fácil", disse Alessandro Nunes, gerente de futebol do clube.

Enquanto os reforços não chegam, Pedro Henrique e Kazim assumiram a titularidade. No duelo contra a Ponte Preta, marcado para esta quarta, às 21h45, no Pacaembu, Guilherme Romão atuará na lateral, já que Capixaba não foi regularizado a tempo.

Não é apenas à saída dos três titulares que o torcedor corintiano assistirá neste início de temporada. O técnico Carille também testa uma formação mais agressiva. Ele trocou o 4-2-3-1 pelo 4-1-4-1.

O São Paulo vive situação parecida na busca por reforços. A equipe, que já tinha um time titular definido, deve suprir as saídas do meia Hernanes e do atacante Pratto.

Até agora, o clube contratou o goleiro Jean e o zagueiro Anderson Martins, que devem assumir a condição de titulares durante a temporada –a princípio serão opções para Sidão e Arboleda–, além do meia-atacante Diego Souza. No ano passado, foram quatro contratações antes do início do Estadual e outras quatro durante a competição.

Crédito: Luis Moura/WPP/Folhapress Diego Souza custou R$ 10 milhões e jogará de centroavante no São Paulo

Recém-chegado, Diego já ganhou a camisa 9 e deve ser o substituto de Pratto. Apesar de ser meio-campista de origem, ele não atuará com regularidade no setor porque Dorival Júnior gosta de uma equipe mais rápida e dinâmica. Na vaga que era de Hernanes, quem começa jogando é o jovem Shaylon, 20.

"Com trabalho, dedicação, prestando atenção nos detalhes, buscando opções na base do clube e aguardando por uma e outra contratação, podemos nos reequilibrar e encontrar um novo caminho", disse Dorival Júnior.

Na estreia diante do São Bento nesta quarta, às 19h30, em Sorocaba, o técnico terá dos recém-contratados apenas Jean, que deverá começar no banco. Os outros não foram regularizados a tempo.

O Santos deve ser o time que terá mais mudanças. A primeira é no banco de reservas, com a contratação de Jair Ventura. O técnico ainda busca substitutos para Lucas Lima e Ricardo Oliveira, além de Zeca, que desde 2017 está em litígio com o clube.

Por enquanto, apenas o atacante Sasha, do Internacional, e o lateral esquerdo Romário, do Ceará, foram contratados. No início de 2017, a equipe já havia contratado seis reforços.

Com o clube em dificuldade financeira, Jair aposta em remanescentes que tiveram poucas chances, caso de Vecchio, que será testado no lugar de Lucas Lima.

Até Rodrigão, dispensado pelo Bahia, deve ser aproveitado na estreia –enfrenta o Linense, às 19h30, em Lins.

"Conheço a história do Santos, aqui o DNA é ofensivo. Não vamos perder a competitividade, a organização, o jogo coletivo e a ofensividade", afirmou Jair Ventura.

Crédito: Editoria de Arte/Folhapress
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