Criadora de figurinhas da Copa de futebol feminino diz que ideia é 'hackear' álbum masculino
Projeto desenvolveu cromos com fotos das jogadoras pelo mundo
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Poucos dias antes da Copa, na esteira do boom do álbum de figurinhas do Mundial da Rússia, um grupo de publicitários teve uma ideia: criar cromos com os rostos das mulheres que vão disputar a versão feminina do torneio, em junho e julho de 2019, na França.
"A gente quis aproveitar esse momento de Copa acontecendo e figurinhas sendo trocadas para trazer, de uma maneira divertida, mais importância para o futebol feminino", diz Miranda Gleiser, diretora de arte que assina a iniciativa. Também fazem parte do projeto Ian Hartz, diretor de arte e Benny Hirsch, redator.
Sem visibilidade, as mulheres que jogam bola não têm o mesmo apelo comercial e investimentos como os times masculinos, que acabaram de disputar a Copa da Rússia, encerrada neste domingo (15) com vitória da França.
A Panini, editora responsável pelos produtos oficiais da Fifa, comercializa álbuns e figurinhas das Copas masculina e feminina de futebol.
"As figurinhas são um jeito de trazer um reconhecimento maior para as mulheres, já que as pessoas não conhecem nem a cara delas", diz Gleiser. Sem fins lucrativos, o projeto disponibiliza em site próprio as imagens das jogadores ao molde das figurinhas masculinas.
A ausência de um álbum como o dos homens é proposital. Entre outros usos, como colecionar ou colar em lugares diversos como vidro de carro e caderno, o projeto incentiva o público a colar as figurinhas no local destinado aos homens do álbum comercial. "A ideia mais legal era justamente 'hackear' o álbum masculino", afirma a diretora de arte.
Para adquirir as figurinhas, basta baixar, gratuitamente, e imprimir as imagens. Até o momento, 24 mulheres já ganharam seus cromos.