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A gigante chinesa de celulares Xiaomi, conhecida como "Apple da China", anunciou sua abertura de capital em Hong Kong nesta quarta-feira (2).
A operação, prevista para o início de julho, deverá ser o maior IPO (oferta pública inicial de ações) do mundo, desde 2014, quando o grupo chinês Alibaba levantou US$ 21,8 bilhões em sua oferta inicial.
A expectativa é que a companhia levante até US$ 10 bilhões no lançamento, e que sua avaliação chegue a US$ 100 bilhões.
Junto ao anúncio, a empresa deu a investidores, pela primeira vez, informações detalhadas de sua situação financeira.
A companhia afirmou que sua receita foi de 114,62 bilhões de yuan em 2017 –o equivalente a US$ 18 bilhões ou R$ 63,89 bilhões–, um aumento de 67,5% em relação ao ano anterior.
Também revelou um prejuízo líquido de 43,89 bilhões de yuan (cerca de R$ 24,46 bilhões) no ano passado, contra um lucro de 491,6 milhões de yuan (R$ 273,92 milhões) em 2016.
Além de smartphones, a Xiaomi fabrica dezenas de dispositivos que se conectam virtualmente a itens domésticos, como purificadores de ar, panelas de arroz e até patinetes. A maioria de suas receitas, porém, vêm de serviços virtuais.
No setor de smartphones, sua posição como fabricante de celulares relativamente baratos colocou um desafio crescente a líderes do mercado, como a Samsung e a Apple.
O IPO da Xiaomi será o primeiro em Hong Kong sob as novas regras da bolsa, que começaram a valer na segunda-feira (30), como um esforço para atrair mais empresas de tecnologia.
A empresa chegou ao mercado brasileiro em meados de 2015.
Até o início do ano passado, sua área de expansão global era liderada pelo brasileiro Hugo Barra. O executivo, que se tornou sinônimo dos esforços de expansão internacional da Xiaomi, morava em Pequim, mas com frequência viajava para outros mercados importantes, incluindo a Índia e o Brasil.
Barra chegou à empresa chinesa em 2013, após deixar a área de Android do Google, e, em 2017, foi trabalhar no Facebook.