Eleição russa não teve 'escolha real', afirma organização
Segundo a OSCE, houve ainda pressão sobre eleitores para aumentar taxa de comparecimento
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A Organização para Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) afirmou nesta segunda-feira (19) que eleitores não puderam fazer uma "escolha real" nas eleições presidenciais russas de domingo e que o pleito foi marcado pela pressão contra vozes dissidentes.
"Escolha sem competição real, como vimos aqui, não é escolha real", afirmou a OSCE em uma nota.
O presidente Vladimir Putin foi reeleito com 76,69% dos votos e governará até 2024.
De acordo com a entidade, restrições a liberdades fundamentais e ao registro de candidatos limitaram o espaço para o engajamento político e resultaram na falta de uma competição genuína.
"Observadores notaram uma série de medidas, algumas envolvendo pressão inapropriada sobre eleitores, com o objetivo de aumentar o comparecimento", afirmou. "A pressão persistente sobre a sociedade civil, a falta de reportagens críticas na maioria dos meios de comunicação e esforços coordenados para aumentar o comparecimento caracterizaram o ambiente político destas eleições."
Críticos de Putin, como o líder oposicionista Alexei Navalny, que foi impedido de concorrer, afirmou que houve fraude generalizada e que observadores viram pessoas sendo levadas para votar em ônibus por seus empregadores.
"Embora o presidente em exercício não tenha participado de debates ou feito campanha, a cobertura extensiva de suas atividades oficiais lhe garantiu uma presença dominante", disse ainda a nota.