Rússia interferiu e ajudou eleição de Trump, diz novo estudo do Congresso
Relatório do Senado vai na contramão de documento da Câmara, que diz que não houve benefícios
Conteúdo restrito a assinantes e cadastrados
Você atingiu o limite de
5 reportagens
5 reportagens
por mês.
Tenha acesso ilimitado: Assine ou Já é assinante? Faça login
Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (16), a Comissão de Inteligência do Senado dos EUA concluiu que a Rússia interferiu nas eleições que elegeram Donald Trump à Presidência, favorecendo o republicano.
“Foi um esforço extensivo, sofisticado e ordenado pelo próprio presidente [Vladimir] Putin com o propósito de ajudar Trump e prejudicar Hillary Clinton”, afirmou o senador democrata Mark Warner, vice-presidente da comissão.
A conclusão é uma clara oposição ao relatório feito por republicanos na Câmara dos EUA, que afirmaram que não houve vantagem para Trump. Na época, os deputados questionaram a investigação das agências de inteligência americanas, que concluíram que a intenção dos russos era beneficiar o atual presidente.
Os senadores avaliaram a mesma investigação, e referendaram as conclusões do grupo, integrado pela CIA, FBI e NSA (Agência de Segurança Nacional).
Assina a nota o senador Richard Burr, republicano e presidente da comissão, que informou ter passado 14 meses analisando os documentos oficiais.
“Não há razão para contestar as conclusões. Não há dúvida de que a Rússia agiu de maneira sem precedentes para interferir em nossas eleições”, afirmou Burr.
A comissão, que interrogou todos os ex-diretores dos órgãos de inteligência, está trabalhando no relatório final, que deve ser classificado e divulgado na sequência.
O documento vai detalhar os achados e fazer recomendações aos órgãos do governo e de investigação –mas não tem a prerrogativa de punir os envolvidos.
Trump ainda não havia comentado as conclusões da comissão até a publicação desta reportagem, na tarde desta quarta-feira.