Descrição de chapéu inflação FMI

Premiê da Jordânia renuncia após onda de protestos contra alta nos preços

Manifestantes criticam alta de impostos e fim do subsídio para compra de pão

Manifestantes protestam na capital da Jordânia, Amã, pouco antes da renúncia do premiê - Raad Adayleh/Associated Press

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Amã (Jordânia) | Reuters

O primeiro-ministro da Jordânia, Hani Mulki, ofereceu nesta segunda-feira (4) sua demissão do cargo ao rei Abdullah, em uma tentativa de diminuir uma onda de protestos que atingiu o país na última semana e que tem como alvo a política econômica do governo.

Os manifestantes criticam uma alta de impostos sobre vendas feitas no começo do ano e o fim do subsídio para a compra de pão —ambas implementadas por sugestão do FMI (Fundo Monetário Internacional). Eles dizem que as duas medidas teriam levado a um aumento nos preços.  

Os atos aumentaram no último fim de semana, quando milhares de jordanianos tomaram as ruas da capital Amã e de outras cidades importantes do país durante após o governo se negar a aprovar uma proposta que aumentava impostos sobre indivíduos e empresas.

O país, um dos mais estáveis da região e aliado dos EUA, não vivia uma onda de manifestações desde os protestos de 2011 e 2012, feitos no contexto da Primavera Árabe.  

Segundo a agência Reuters, o rei Abdullah aceitou a renúncia de Mulki e indicou como seu substituto o economista Omar al-Razzaz, com passagem pelo Banco Mundial.   

O general Fadel al-Hamoud, que comanda a polícia do país, afirmou que 60 pessoas foram detidas e que 42 agentes de segurança ficaram feridos durante os protestos, mas disse que a situação está sob controle.

Em uma tentativa de por fim aos protestos, deputados teriam pedido ao rei autorização para a realização de uma sessão especial que teria como objetivo aprovar o fim da alta de impostos, segundo a agência de noticiais Petra. 

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