Número de imigrantes no Mediterrâneo diminui, mas mortes crescem, diz ONU

Contingente atravessando mar para chegar à Europa caiu 80% no primeiro semestre de 2018

Homem coloca vela em memorial para as vítimas da travessia do mar Mediterrâneo em protesto contra a política migratória da União Europeia no porto de Marsamxett, em Malta - Darrin Zammit Lupi - 5.jul.18/Reuters

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Genebra | AFP

O número de migrantes que atravessaram o mar Mediterrâneo diminuiu significativamente no primeiro semestre deste ano, embora o número de mortos tenha aumentado, informou a ONU nesta sexta-feira (6).

Durante a metade inicial deste ano, 46 mil imigrantes alcançaram as costas europeias pelo Mediterrâneo, cinco vezes menos que no mesmo período de 2016, quando houve o recorde de imigrantes chegando ao continente.

Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), chegaram menos de 17 mil imigrantes no litoral de Malta de janeiro a junho, enquanto no mesmo período do ano passado foram 85 mil.

O porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), Charlie Yaxley, disse que, apesar da diminuição do número de chegadas, a porcentagem de pessoas encontradas mortas aumentou de forma significativa.

No primeiro semestre, um em cada 19 imigrantes que usaram a rota da Líbia para a Itália morreu, contra um em cada 38 em 2017. O mês de junho foi o mais mortífero, com a morte de um migrante de cada sete que partiu.

Apesar da queda significativa do número de imigrantes, a União Europeia enfrenta uma profunda crise política devido às divergências em relação à acolhida de refugiados e imigrantes, procedentes da África e do Oriente Médio.

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