Bombeiros são detidos após retratarem Maduro como burro em vídeo
Eles serão processados por incitação ao ódio e podem pegar 20 anos de prisão
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Dois bombeiros venezuelanos que fizeram um vídeo viral que retrata o ditador Nicolás Maduro como um burro foram detidos preventivamente no domingo (17) e serão julgados por incitação ao ódio, podendo passar até 20 anos na prisão se forem condenados, disseram grupos de direitos humanos.
Ricardo Prieto, 41, e Carlos Varón, 45, foram detidos por autoridades de contrainteligência militar na quarta-feira no quartel em que trabalhavam no oeste do estado de Mérida, de acordo com o observatório de direitos humanos da Universidade dos Andes de Mérida, que está acompanhando o caso.
A dupla compareceu no domingo diante do juiz Carlos Márquez, que ordenou que fossem presos para serem julgados por acusações de violação de uma lei contra o incentivo ao ódio que foi aprovada no ano passado, disseram o observatório e o grupo de direitos humanos Fórum Penal.
"Os bombeiros foram indiciados com uma acusação agravada de incitação ao ódio. Essa acusação agravada implica 20 anos de prisão", disse o advogado Ivan Toro, do observatório, que acompanhou a audiência.
Opositores de Maduro, líder de esquerda que culpam pelo colapso econômico da Venezuela, vêm chamando-no há tempos de "Maburro".