Geraldo Alckmin ataca Jair Bolsonaro, que rebate
Ferramenta da Folha monitora prioridades das campanhas dos candidatos em vídeos na internet, TV e rádio
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O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) priorizava até a semana passada em sua campanha vídeos falando sobre reforma política, gestão do Estado e com agradecimentos. Atrás nas pesquisas, a tática mudou.
O tucano passou a atacar diretamente nos últimos dias Jair Bolsonaro (PSL), aponta o GPS Eleitoral —sistema de monitoramento das campanhas desenvolvido pela Folha.
A ferramenta acompanha tudo o que os candidatos postam em seus canais oficiais do YouTube e apresentam no horário eleitoral na TV e nas inserções no rádio.
As seis horas de vídeos e 10 minutos com inserções no rádio foram transcritas via ferramenta do Google e resultaram em 40 mil palavras.
Modelo estatístico (chamado "topic modeling") analisou esse conjunto de textos e indicou os temas mais citados por candidato. Estão apresentados aqui os cinco primeiros postulantes na última pesquisa do Datafolha.
Ataque direto a Bolsonaro foi o terceiro assunto que mais apareceu nos vídeos de Alckmin no período, assunto que não estava entre os principais na semana anterior.
No segundo tópico mais presente para o tucano, apareceram críticas indiretas ao rival.
A campanha de Bolsonaro rebateu, com vídeos em que terceiros criticam o tucano.
Alckmin também atacou o adversário nas inserções durante a programação das rádios (3º tópico mais presente).
No programa eleitoral na TV, que começou no sábado (1º), ambos preferiram enaltecer suas trajetórias políticas.
Com 6% de votos no último Datafolha (em cenário com o ex-presidente Lula como candidato), Alckmin tenta ganhar votos do público conservador, que tem dado apoio a Bolsonaro (19%).
Lula está apresentado na edição do GPS Eleitoral desta semana porque o PT ainda tenta reverter o indeferimento de sua candidatura.
Os tópicos mais presentes para o petista, preso em Curitiba, referem-se justamente a críticas à Justiça.
Marina Silva (Rede) privilegiou a defesa dos direitos das mulheres, e Ciro Gomes (PDT), proposta de tirar milhões de pessoas do serviço de proteção ao crédito.