Uma manifestação contra a Olimpíada terminou com o lançamento de gás lacrimogêneo e a detenção de dezenas de jovens pela Polícia Militar em São Paulo.
Ainda na concentração do ato, no vão-livre do Masp, às 17h desta sexta (5), a polícia revistou jovens que estavam no local, pedindo documentos e anotando nomes.
O grupo de cerca de 50 pessoas carregava faixas e entoava frases contra os gastos na realização do evento esportivo. "Da Olimpíada eu abro mão. Eu quero emprego, saúde e educação", cantavam os manifestantes. Uma barreira de 80 policiais bloqueou a entrada e saída do vão-livre, e até quem visitava o museu tinha dificuldade para deixar o local.
Fabio Braga/Folhapress | ||
Manifestantes no Masp em ato contra a Olimpíada |
Um pequeno grupo de manifestantes que estava na calçada conseguiu interromper o trânsito na avenida Paulista. Os que estavam no vão-livre, então, furaram o bloqueio policial pelas laterais, passando por cima do lago do museu. Eles seguiram em passeata pela avenida, fechando um dos sentidos da via.
Na altura da rua Augusta, a polícia ultrapassou os manifestantes e fechou a passagem pela Paulista. O ato virou a esquina e desceu a rua bastante movimentada da capital paulista, especialmente às sextas.
Dois quarteirões abaixo, porém, a polícia bloqueou o grupo e lançou gás lacrimogêneo. Os manifestantes receberam ordem para se sentar, cercados pela PM.
Em grupos, eles foram chamados e revistados pelos policiais, que interditaram a Augusta entre as ruas Matias Aires e Antônio Carlos. A tropa de choque foi acionada e deu cobertura à operação, que durou mais de duas horas. Só às 21h30 a rua foi liberada.
Os manifestantes foram levados à 78ª DP (Jardins).