O japonês Kohei Uchimura, 27, um dos maiores ginastas de todos os tempos, atual campeão olímpico e vencedor dos últimos seis Mundiais individuais, manteve o seu reinado na Arena Olímpica do Rio.
Ele virou o jogo no último aparelho, a barra fixa, e ganhou o ouro do ucraniano Oleg Verniaiev, que ficou com a prata. Em terceiro lugar, com o bronze, ficou Max Whitlock, da Grã-Bretanha.
O brasileiro Sérgio Sasaki melhorou todas as suas notas em relação à final por equipes e terminou em nono lugar. É o melhor resultado do Brasil na história. Em Londres-2012, ele havia sido décimo. Outro brasileiro que disputou a final, Arthur Nori terminou em 17º.
Uchimura conquistou o lugar mais alto do pódio ao somar a nota 92.365. O ucraniano perdeu por uma diferença de 0,099. Os brasileiros Sasaki e Nori somaram 89.198 e 87.331, respectivamente.
Apesar de ter feito excelentes apresentações, Uchimura viu um ginasta europeu ser quase tão perfeito quanto ele.
O ucraniano Oleg Verniaiev estava quase um ponto à frente do japonês no último aparelho, mas o supercampeão passou à frente na barra fixa.
"Temos condições muito diferentes de treinamento, mas é possível vencê-lo", avisou Oleg, se referindo ao campeão, logo depois das competições na categoria individual na Rio-2016.
O problema é que talvez esse embate entre os dois, pelo menos em uma Olimpíada, pode não ocorrer nunca.
Sempre avesso a defender a tese de que é imbatível, Uchimura não deve competir mais em todos os aparelhos na Olimpíada em casa, em Tóquio, daqui a quatro anos. Ele deve se especializar na barra fixa. Aparelho que acabou dando a ele o segundo ouro olímpico da carreira.
Oleg, por sua vez, é o segundo ginasta da história da Ucrânia a obter uma medalha.
No Mundial de Glasgow, no ano passado, enquanto o ucraniano ficou em quarto lugar, o atleta japonês, que compete desde criança em um país onde a ginástica é um esporte popular, levou o ouro com 92,332, resultado inferior ao obtido no Rio. O ucraniano melhorou muito sua performance desde então. Na Escócia ele somou 89.640.