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Amigos de Lucio Costa criticam falta de homenagens oficiais

Agência Folha 14/06/98 17h28
Do Rio de Janeiro

O arquiteto Lúcio Costa costumava dizer que, apesar de ter nascido na França, ninguém era mais brasileiro do que ele. Esta sua frase foi lembrada durante seu enterro neste domingo, no Rio, pelo cineasta Luiz Carlos Barreto, que criticou duramente a falta de homenagens oficiais a um dos maiores nomes da arquitetura mundial. "É inaceitável que quando morre aquele que representa um dos pilares da cultura brasileira, a única manifestação do governo federal seja uma nota oficial do presidente'', disse Barreto.

Filho de brasileiros, Lúcio Costa nasceu em Toulon, França, em 1902, viveu em outros países da Europa, retornou em 1916 ao Brasil, onde viveu até morrer em seu apartamento do Leblon (zona sul do Rio), na manhã de sábado, de causas naturais. Ao seu sepultamento, no cemitério do Caju, compareceram cerca de 300 amigos e admiradores.

A Presidência da República divulgou ontem uma declaração do presidente Fernando Henrique Cardoso sobre a morte do arquiteto, na qual afirma que "o Brasil perde uma de suas maiores personalidades''. O ministro da Ciência e Tecnologia, José Israel Vargas, compareceu ao enterro como representante de Fernando Henrique. O governador do Rio, Marcello Alencar (PSDB), enviou mensagem de pêsames à família, mas não compareceu ao enterro.


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