Grande
Prêmio Folha de Jornalismo 1999
Que
fim levaram
24/03/1999
Editoria: BRASIL
Página: 1-8
Cícero Torres Sobrinho
Delegado que presidiu o inquérito policial e, já no dia das mortes,
afirmou que se tratava de crime passional -Suzana matara PC e se
suicidara. Indiciado pela Polícia Federal como participante de tráfico
internacional de armas, Torres afirma ser inocente. Ainda não foi
julgado.
José Amaral
Coronel reformado da Polícia Militar, era o secretário de Segurança
que impediu que o delegado responsável pela área onde PC e Suzana
morreram assumisse o caso, indicando Cícero Torres. Sustenta a versão
oficial. Também foi indiciado por tráfico de armas, no mesmo inquérito
em que Torres foi investigado. Nega a acusação. .
Augusto Farias
Irmão de PC, defendeu a versão de crime passional e atacou com virulência
quem levantou outras hipóteses. Deputado federal (PPB-AL), acusa
Talvane Albuquerque (PTN-AL) de contratar o pistoleiro Maurício
Novaes, o Chapéu de Couro, para matá-lo. Mais de uma vez, em entrevista
ou em depoimento à PF, o pistoleiro se confundiu e disse ter sido
chamado para matar PC Farias .
José Dantas Rodrigues
Fazendeiro e político do interior alagoano, era pai de Cláudia Dantas,
a suposta última paixão de PC, apontada pela polícia como decisiva
para Suzana matar o namorado, que pretenderia abandoná-la. Dantas
foi assassinado na sexta-feira passada
.
Fortunato Badan Palhares
O legista que comandou o laudo que fundamentou a versão oficial
das mortes hoje é suspeito de ter desviado equipamentos da Unicamp
para o seu laboratório particular. Inquérito da Polícia Civil de
SP e processo da universidade apuram o caso .
Antônio Francisco Bastos
Braço direito de Badan Palhares, co-assina o laudo oficial do caso
PC. Era o diretor do IML de Campinas quando, em janeiro passado,
foram retirados do prédio da instituição 300 kg de cocaína. Bastos
foi afastado em sindicância, mas voltou ao cargo .
Divaldo Suruagy
Amigo da família Farias, era o governador de Alagoas quando ocorreram
as mortes. Defendeu a versão oficial. Em 1997, depois que o atraso
nos salários dos funcionários estaduais chegou a oito meses, foi
afastado do governo numa rebelião de policiais civis, militares
e do resto do funcionalismo. Em 1998, não conseguiu se eleger deputado
federal
Contra a versão oficial
Ana Luiza Marcolino Noaro
Irmã de Suzana, duvida da versão oficial
e aponta duplo homicídio de autoria de terceira(s) pessoa(s). Um
mês após as mortes, teve arrombado o carro, de onde foram furtados
documentos. Ainda em 1996, foi embora de Alagoas com a família para
alguma cidade nordestina que não divulga. Com medo, nunca mais voltou
a Maceió .
George Sanguinetti
Coronel-médico da PM de Alagoas, foi o primeiro legista a defender
a tese de duplo homicídio. Até hoje, devido ao caso PC, anda sempre
acompanhado de vários seguranças cedidos pela PM. Construiu uma
guarita na sua casa. Em 1998, foi derrotado na eleição para deputado
estadual
Leia mais
Badan
reafirma que Suzana era mais alta
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Fotos
e documentos derrubam versão oficial do caso PC
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Mercado de Voto
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no Líbano
Folha
revela como empreiteiras e bancos financiaram o jogo eleitoral
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