Grande Prêmio Folha de Jornalismo 1999
Familiares dizem que laudo oficial está correto

24/03/1999
Editoria: BRASIL
Página: 1-9


Do enviado especial a Maceió
Mário Magalhães

A família de Paulo César Farias acredita que o inquérito policial e o laudo oficial sobre as duas mortes, de 23 de junho de 1996, apresentaram ''provas cabais'' de que Suzana matou PC e depois se suicidou.
É o que dizem o deputado federal Augusto Farias (PPB-AL) e o médico Luiz Romero, seus irmãos.
A defesa dessa tese foi tão inabalável que, em relatório ao procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, o procurador Delson Lyra da Fonseca, escalado para acompanhar o inquérito, assinalou esse fato.
''Curiosa foi a atitude de alguns veículos de comunicação, autoridades, técnicos e, principalmente, dos irmãos de Paulo César. Ao reagirem a qualquer opinião contrária, procediam de uma energia tal que transformaram, em certos momentos, o debate em confronto: era como se nenhuma outra hipótese possível pudesse ser sequer ventilada'', declarou o procurador.
Louca"
Quando o juiz Alberto Jorge Correia de Barros Lima encomendou, em 1997, uma ''manifestação técnica'' (não um laudo) ao legista George Sanguinetti, a partir de pedido da promotora Failde Mendonça, o deputado federal Augusto Farias criticou a decisão, em entrevista anexada aos autos: ''Esse juiz não poderia ter aceitado o pedido dessa louca'', afirmou.
Sanguinetti concluiu que Suzana não matou o ex-tesoureiro de Fernando Collor nem se suicidou.
Antes de ser completamente afastada das investigações sobre as mortes, a Polícia Federal trabalhou com 15 hipóteses sobre o crime.
Em uma delas, Augusto era suspeito de ter mandado matar o irmão e a namorada. ''Isso é fruto de convulsão mental'', disse então Luiz Romero.
Outra hipótese com que a Polícia Federal trabalhava era a de que Suzana Marcolino poderia ter matado Paulo César Farias, infiltrada por inimigos do empresário, e depois poderia ter sido assassinada pelos seguranças do namorado, por ordem da família.
Nesse caso, diante de adversários da família dispostos a matar, provavelmente Augusto Farias não teria saído, um dia depois do enterro do irmão, para fazer sua caminhada matinal na praia da Ponta Verde, em Maceió, sem o acompanhamento de seguranças.


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