Grande
Prêmio Folha de Jornalismo 1999
As
idas e vindas de Badan Palhares
04/05/1999
Editoria:
BRASIL
Página: 1-9
Sobre a altura de Suzana Marcolino
1. Badan registra em vídeo a necropsia de Suzana feita por
ele e sua equipe
2. Badan envia o vídeo, sem áudio, à Justiça alagoana
3. Numa carta, pede desculpas e envia a fita com som
4. No laudo entregue à Justiça, Badan afirma que PC Farias
media 1,63 m, mas não se refere à altura de Suzana
5. Na simulação computadorizada das mortes relatada no laudo,
Suzana passa a ''medir" 1,67 m, tornando possível o suicídio descrito
por Badan
6. A promotora Failde Mendonça encomenda novo laudo a quatro
peritos e pede a medição da altura de Suzana
7. Os legistas Genival França e Daniel Muñoz utilizam no
contralaudo tabela empregada internacionalmente, baseando-se no
fêmur e na tíbia de Suzana para projetar sua altura em 1,57 m
8. Badan escreve carta à Justiça dizendo que mediu Suzana,
mas que a anotação foi perdida, num "descuido lamentável"
9. Três fotos de Suzana na mesa de necropsia são anexadas
por Badan ao laudo. Nenhuma, porém, permite ver os calcanhares e
a cabeça ao mesmo tempo, mostrando a marcação da centimetragem lateral
da mesa. Ou seja: sabe-se a que altura está a cabeça, mas não os
calcanhares, e vice-versa
10. A Folha publica no dia 24 de março fotos de PC
Farias e Suzana de corpo inteiro. Mesmo de salto alto, ela é menor
do que PC
11. Badan afirma que a altura não consta do laudo por causa
de um "erro de datilografia"
12. Ana Luiza Marcolino Noaro reafirma em entrevista à Folha
que a irmã tinha 1,58 m
13. A Folha revela que os vídeos das necropsias de
Suzana e PC feitos por Badan não registram a medição das alturas
nem há referência à questão em algum diálogo
14. Badan diz que a mulher que fez o "papel" de Suzana na
reconstituição tinha 1,67 m
15. A Folha descobre que a fotógrafa Noelandi Castro
Jimenez Chaves, a "Suzana" da reconstituição, mede 1,63 m
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