Prêmio
Folha Categoria Reportagem 1997
Ex-presidentes do clube criticam negócio
27/11/97
Editoria: ESPORTE
Página: 4-12
MARCELO DAMATO
da Reportagem Local
Os ex-presidentes da Lusa Arnaldo Faria de Sá e Raul Rodrigues atacaram
a maneira como foi feita a venda de Zé Roberto.
Eles disseram que o negócio só foi aprovado pela Comissão de Orientação
e Fiscalização do clube porque ''o Pacheco tem maioria nela''.
Ambos fizeram parte da comissão do COF que investigou a venda e
que produziu um relatório criticando-a. O relatório teve a aprovação
do presidente do COF, Antonio de Almeida e Silva, mas foi rejeitado
pelo conselho.
A Folha ouviu Faria de Sá e Rodrigues separadamente. Faria
de Sá, presidente que foi sucedido por Pacheco, é visto publicamente
como seu adversário político, e mantém suas pretensões políticas
no clube. Mas Rodrigues, ao menos por enquanto, não pleiteia qualquer
cargo.
Faria de Sá disse, desde Brasília, que a diferença de valores (de
US$ 4,6 milhões para US$ 9,98 milhões) chamou a atenção da comissão.
''Fomos até o Figer, que disse que uma parte era relativa às luvas
do Zé Roberto, porque ele iria recebê-las no Uruguai. Mas, meses
depois, o Zé negou tudo.''
Rodrigues, que trabalha em São Paulo, afirmou que na época não prestou
atenção a certos detalhes. ''Para mim, a diferença era de US$ 1,98
milhão. Mas é claro que, se cavocar esse terreno, vai sair muito
mais coisa. Não me empenhei tanto porque sabia que mais cedo ou
mais tarde tudo viria à tona.''
Outra preocupação de Rodrigues é com o caso da venda de Rodrigo.
''Essa história está muito mal explicada.''
No próximo dia 1º, ocorre eleição para a presidência do Conselho
Deliberativo. É quase certa a vitória de Carlos Alberto Lima, da
situação. O outro candidato é Mario Carvalho, aliado de Faria de
Sá.
Carvalho é também o conselheiro que acompanhou Zé Roberto ao escritório
de Figer no dia em que o jogador assinou pré-contrato com o Real
Madrid.
Por isso, ele foi processado pelo Conselho Deliberativo do clube,
sob a acusação de ter aliciado o jogador, mas também acabou absolvido.
Por causa desse episódio, Carvalho e Pacheco são inimigos dentro
da Lusa.
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