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Comentários de Carlos Lungarzo
Em 20/07/2009 19h36
DENTRO DA REALIDADE
Há muitos outros comentaristas que estão dentro da realidade, não afirmam nada alucinante, mas é evidente que essa realidade lhes incomoda.
Por exemplo, há alguns cidadãos residentes na América Centra e Norta da América do Sul, que defendem as oligarquias desses lugares, e debocham dos que criticam as coisas mais evidentes e conhecidas (genocídio, miséria, torturas, prisões arbitrárias, corrupção), com o argumento de que os críticos não conhecem a realidade física do lugar, porque nunca estuviram nele.
Este argumento desmoraliza não apenas o conhecimento histórico, mas também o científico, pois todos nós acreditamos coisas que não comprovamos pessoalmente.
Este tipo de desinformação não está movido apenas pela má vontade, mas às vezes pelo desespero, como o mostra uma declaração de uma cidadão hondureña que pede cumplicidade contra Zelaya, muito embora trate a Chávez de estrangeiro entrometido nos assuntos de seu país. Então, se ajudamos a causa dos fascistas, não seríamos mais estrangeiros metidos?
Outro "especialista" em América Latina diz que não vai discutir mais com "esquerdistas", porque é perda de tempo, mas já publicou vários comentando xingando a tais discípulos de Chavez.
Não sei se alguém na redação deste jornal se perguntou: o que opina o cidadão simples, que não têm interesses em nenhum parte, que apenas consegue usar um computador emprestado... Será que estes comentários ajudam em seu esclarecimento?

Em Honduras
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Em 20/07/2009 15h16
FORA DA REALIDADE
Quaisquer sejam os motivos, a comunidade internacional REPUDIA o golpe militar em Honduras. Sem dúvida, há causas diferentes para isso.
Obama sabe que seus inimigos republicanos estão por trás, e que aprovar o golpe seria dar munição ao adversãrio. Para Mrs. Clinton, há um problema de etiqueta. Não se pode criticar Cuba e Venezuela e ao mesmo tempo apoiar esse golpe. Para muitos democratas e a totalidade dos republicanos, os fascistas de Honduras são heróis que repudiam a política conciliatória de Obama.
Na UE os motivos são diferentes, Muitos países têm governos realmente democráticos, e até semi-socialistas, como Espanha. Na América Latina, a Alba, Paraguai e Chile defendem a democracia por princípios, Em Brasil, Argentina, Uruguai e na América Central, os militares são ainda um pesadelo que durará por gerações.
Bom, seja como for, o mundo todo está contra o golpe. Os usurpadores afirmam ter a simpatia de Israel, mas isso ainda não foi concretizado. Portanto, goste ou doa, os comentaristas que dicem que os golpistas são DIFAMADOS por uma imprensa cúmplice dominada pela esquerda, produzem uma sensação de coisa fora de realidade.
Fala-se com ironia dos que duvidam que o homem esteve na lua. Mas, é muito mais difícil acreditar que a imprensa mundial é de esquerda. Parece que o ódio contra movimentos populares, o medo a perder um mundo injusto que os favorece (algo), faz a muitos pensar que seus desejos são realidade.

Em Honduras
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Em 20/07/2009 09h31
INSURREÇÃO
O chamamento de Zelaya à insurreção popular contra a ditadura é moderado e até tímido, mas mostra uma mudança num líder que há 4 anos representava apenas uma forma de "conservadorismo solidário", tipo o atual governo Brasileiro. Hoje, ele se projeta como um revolucionário e uma figura de princípios, que coloca a legitimidade como prioritária em relação com a segurança.
No entanto, deve esperar-se para ver até onde pode atingir essa decisão. Para começar, uma insurreção num povo que fora sistematicamente dizimado, enfraquecido e perseguido desde a década de 70, exige que a cooperação internacional passe de ser teórica (embora seja unânime) ao nível prático.
Greves gerais e protestos pacíficos poderíamos paralizar um país civilizado como Costa Rica, mas não uma sociedade onde, durante décadas, se montou a maior usina de genocídio de América Central, que gerenciou a ajuda americana para os massacres de mais de 50.000 pessoas em Guatemala e Salvador.
A insurreção terá sucesso se a comunidade internacional aperta o cerco contra os fascistas, e isso exige medidas econômicas reais, corte de todo tipo de relacionamento, e ajuda humanitária para os setores que defendem a democracia.
Nesse caos, a colaboração de partidos progressistas e grupos humanitários do Continente é fundamental. Não sabemos, talvez por falta de informação, o que os setores esclarecidos estão fazendo, no Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, para ajudar as forças populares hondurenhas,

Em Honduras
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Em 20/07/2009 09h21
AO COMENTARISTA J. R.
O senhor estaria correto no começo de seu comentário 450:
"Propor Zelaya de volta ao poder até janeiro é ridículo, uma vez que o mandato termina aí. Creio que a mediação da Costa Rica é meramente figurativa, perda de tempo. Zelaya deveria voltar a Honduras mesmo se for preso."
Entretanto, a primeira frase me parece que está baseada na leitura de um comunicado da imprensa internacional em CR, que foi redigido confusamente. (Alguns dos que redigem os comunicados não sabem português, e outros não sabem espanhol).
O que, segundo entendo, Arias propós, é que
"Zelaya seja restituído ao governo em 24 de julho e permaneça nele até janeiro, o abandonando depois de findo seu mandato, de acordo com o resultado das eleições de novembro".
Nesse caso, o comunicado real (mal difundido pelos redatores que não sabem nem português nem espanhol), não seria contraditório.
O resto do comentário é pertinente. Claramente, para Estados Unidos e (talvez!) para Arias, a negociação é uma maneira de ganhar tempo.
Faça-se a salvedade que Árias´é, pessoalmente, um sujeito muito humano, e sua preocupação com o possível massacre é real. Ele acha que a negociação pode salvar muitas vidas mesmo que não salve a democracia. É uma questão delicada.
Quanto a OEA, há várias posicições. Insulza está agindo honestamente: não quer "desgastar" Zelaya e tampouco acredita na negociação. A aceita porque a acha um passo necessário.

Em Honduras
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Em 18/07/2009 19h08
UMA VISÃO ESTRATÉGICA
A despeito de algumas críticas internacionais (que são, em certo contextos, corretas) sobre o temperamento ambíguo e às vezes burocrático de Itamaraty, Celso Amorim está demonstrando sua visão estratégica que o perfila bem mais principista e esclarecido que a média dos diplomatas brasileiros do passado.
Sua colocação sobre a conciliação que está conduzindo Árias (com todo respeito ao pacifismo e anti-militarismo do líder "tico" (costarricense), mas sem tanto respeito para sua ambígua posição pró-americana) é claramente estratégica.
Com efeito, ele diz abertamente que um governo de coalição vai contra o espírito da OEA, e assim é mesmo. Apesar de que Zelaya parece entusiasmado por uma reparação a seu orgulho ferido (uma marca de sua classe social, dito seja de passagem), a conciliação é um grotesco cambalacho, menos brutal, em princípio, mas tão aberrante como a teoria defendida pela direita brasileira de que os antigos criminosos da ditadura militar estão cobertos pela anistia dos anos 80.
Sensatamente, Amorim alerta que uma "desculpa" para os golpistas o único efeito que pode ter é robustecer aos que praticam crimes de lesa humanidade, já que saberão que, na pior das hipóteses, serão perdoados.
Tratar os golpistas como forças legítimas é, em termos substanciais, descabido. Mas, em termos puramente jurídicos e formais, é, no mínimo, desprezar o valor da OEA, numa das poucas vezes em que esta organização ajudou à democracia.

Em Honduras
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Em 18/07/2009 06h54
COMENTÁRIOS E PROVOCAÇÕES
Neste fóruma sobre o golpe em Honduras, há alguns comentários muito bons: bem informados, precisos, sem expressões-lixo, mantendo a objetividade razoável, ou seja, aquela que permite falar dos fenômenos até o nível em que possuímos concordância de informação viável, porém, respeitando os límites quando aparecem as dúvidas. Dos comentadores, mais de um 10% são deste estilo. Dos comentários, eu acho que quase a metade, porque este tipo de comentadores são mais produtivos que os outros.
Não há dúvida que discusões respeitosas e bem intencionadas ajudam a educar aos que intervêm nelas, aos que fazem comentário, e a os leitores. Nesse sentido, a tendência atual dos jornais de mostrar-se "acessível ao povo" é positiva, com independência dos motivos que estejam atrás desta.
Entretanto, alguns bons comentadores deste fórum atuam de uma maneira um pouco ingênua, talvez levados por um sentimento missionário e democrático mais radical. Eles se mostram didáticos e pacientes com leitores que só procuram provocar, ou que acumulam insultos e injúrias, ou que apenas desabafam seu desespero pelo que parece ser uma melhora num mundo injusto que os protege.
Pessoalmente, penso que os provocadores devem ser ignorados. Tomar comentários sem valor como se merecessem crítica e discusão séria, pode significar dá-les destaque. Se realmente quisermos ajudar a limpar o lixo que ronda a mídia, deixeimos essas pessoas beber seu próprio veneno sozinhas.

Em Honduras
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Em 14/07/2009 16h15
TELESUR
O leitor Olivério Carvalho lamenta que TeleSur não seja transmitida no Brasil. É verdade, e isso não acontece por acaso. Mas, qualquer pessoa que tenha um computador doméstico pode acessar o principal desse canal e até algumas transmissões em vivo. Claro que não é o mesmo que o canal normal que invade nossa casa atravês do aparelho de TV e lava nossos cérebros (ou os sujam?).
Não vou incluir o URL de Telesur em espanhol para evitar que o moderador da Folha possa dizer que faço propaganda (como já fez há dois meses com outros assunto), e aproveite para cortar meu comentário.
Mas, qualquer interessado por acessar esse canal durante o dia todo. Os que não conhecem outros países ou culturas, verão que existem outras coisas, além de mensagens de ódio, "reality shows", e baixarias. Aliás, todo brasileiro se vira em espanhol, tendo em conta também que o espanhol de venezuela e colômbia são os mais articulados do continente.
Por sinal, triste subserviência a do governo Lula que recursou a possibilidade de ter um nó da rede de Telesur e outro de AL-Jazira, para não irritar ao 10% de nossa população!!! (Classe alta e média-alta), e seus patrões americanos.
Até o morno governo semipopular de Argentina aderiu a Telesur.

Em Honduras
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Em 13/07/2009 15h41
OBSERVAÇÕES SOBRE ESTE FORUM
Meu comentário tem pouco a ver com Honduras, mas está incluído nesta seção porque esse assunto é o que representa mais agudamente um grave defeito destes fóruns.
Quando os jornais em diversos países começaram a adotar a praxe de incluir comentários de leitores, muitos pensamos que, finalmente, a pessoa comum ia ter um lugar onde se expressar, se aproximando da chamada "liberdade de imprensa". Ao mesmo tempo, a troca de opiniões entre os comentadores contribuiria a firmar um espírito civilizado de esclarecimento e, portanto, de educação própria e alehia.
A mesma Folha diz, logo embaixo do formulário para enviar os comentários que não serão aprovados comentários com conteúdo ofensivos.
Ora, o que vemos, junto com comentários substanciosos, racionais e fundamentados, são acúmulos de frases de ódio, insultos, informações não já discutíveis, mas diretamente descabidas. Isso não ajuda na liberdade de imprensa, nem a educação das pessoas, mas facilita um linchamento escrito, uma espécie de brutalização do leitor. O efeito não apenas é inútil, mas claramente contraditório. Por exemplo, um leitor acusa de Daniel Ortega de pedofilia, outros usam palavrões teoricamente proibidos pelo jornal, e assim em diante.
Inicialmente, eu pensava que os moderadores não prestavam muita atenção para agilizar a publicação. Hoje, estou um pouco em dúvida de por que se publica tanto "junk". O jornal deveria pedir, como mínimo, o número de um documento junto ao nome.

Em Honduras
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Em 07/07/2009 10h34
Comnetário a Hilton Williams.
O Conselho a I. Ch. é bom, mas os fascistas hondureños não aceitariam. Diriam o mesmo que disse Himmler aos pró-nascistas croatas: queremos matar a nossos inimigos, mas não de maneira cruel. Nada pior que um fascista resentido, sem lugar para exercer suas virtudes.

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Em 06/07/2009 18h36
Estados Unidos e seus aliados sempre favoreceram ditaduras através das quais pudessem impor sua própria política no mundo subdesenvolvido. Em muitos casos, deu certo por muito tempo (Pinochet, Trujillo, Napoleón Duarte, Mussaraff, Reza Palevi, e dúzias de outros nomes sinistros).
Mas também teve fracasos. Sadam Hussein, envaidecido pelo poder adquirido graças aos EU, acabou atacando o patrão. Os genocidas argentinos, achando-se apoiados por Reagem, se voltaram contra o UK, irmão carnal dos americanos desde 1830.
Hoje, as democracias de centro-direita de nosso continente, estão na mesma situação. Mostram-se apenas simbolicamente opostas aos fascistas de Honduras porque pensam "Eles vão brecar a Chavez"
Deixemos acontecer.
Eles não se importam (como não se importaram os americanos) que o exemplo de Honduras vai se espalhar. Chaves denunciou este fato com indignação e Lula comentou o mesmo (mas apenas com temor). Que vai acontecer se começam a cair outros governos no continente, Paraguai, Argentina, Nicarágua, Equador, Bolívia? (Não menciono Venezuela porque é difícil que tenham coragem para confrontar a Chaves, nem a Brasil, porque a diferença não seria tão grande).
Se realmente os governos se interessam pela democracia, políticos e diplomatas experientes deveriam saber que as ações morais e de propaganda são importantes, mas não suficientes. EEUU e Israel podem dar à ditadura hondurenha um apoio econômico que compensem em muito o bloqueio da OEA.

Em Honduras
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Em 06/07/2009 14h50
PACIÊNCIA INFINITA
Admiro a paciência e o altruísmo de leitor J.R., pela forma incansável em que trata de mostrar àqueles leitores cheios de ódio, preconceitos e interesses, as muitas contradições dos golpistas hondurenhos e a falsidade das informações que eles dinfundem.
Realmente, não sei dizer se este esforço pode produzir algum resultado. Concordo em que pessoas inocentes e desinformadas devem ser esclarecidas, e que elas podem ser transformadas em cidadãos positivos. Entretanto, não creio que isto seja o caso da maior parte da classe média que usa este espaço democrático cedido pelos jornais, não para veicular uma opinião, mas para desabafar neuroses e resentimentos que em nada ajudam ao progresso da sociedade.
Todos sabemos que a classe média, em geral, e especialmente em países como Brasil e Argentina, com uma grande massa européia, é notoriamente pró-fascista, como tinha feito notar Wilhem Reich em seu famoso livro sobre a frustração sexual das massas.
Também emitem opinião algumas pessoas que, pelo uso do "portunhol", parecem claramente latinos, e especialmente centro-americanos. Modestamento, acho inútil tentar de esclarecê-los. Os que conhecem América Central sabem que, salvo Costa Rica e Nicarágua, o resto vive num estado de barbárie e semi-escravidão, onde o poder é mantido por poucas familias (17 em todo El Salvador; 8 a 12 em Honduras; menos de 20 em Guatemala).
Essas pessoas defendem seu direito a genocídio, e os argumentos racias não as convencerão.

Em Honduras
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Em 05/07/2009 22h33
DEMOCRACIA OU TANTO FAZ??
É incrível quantos leitores falam de coisas que nem conhecem. Vamos ver: quem sabe, sem olhar o mapa, quais são os países que têm fronteira com Honduras? E o PIB do país do ano passado? Quantos habitantes têm?
São necessárias 3 microgramas de cérebro, para entender que a coragem dos milhares de hondurenhos democráticos que repudiam a ditadura, assumindo riscos de prisão e morte, nada tem a ver com os grupos financiados pelos ruralistas centro-americanos (não muito diferentes dos nossos) que, como dizem os analistas melhor informados, estão apoiados pelo "neocons" do grupo de Rumsfeld e similares, numa triple ação contra o movimento popular de Honduras, contra Chávez e, em menor medida, contra Obama.
Lula manifestou seu medo de que o golpe vire "moda": a maioria que o apóia perderia o poder, que seria ganho pela oposição. Igual o governo argentino. Entretanto, nenhum de ambos (que, junto com México, são os mais poderosos do continente), se colocou seriamente este problema: queremos democracia ou tanto faz??? Porque, se quisermos, devemos pensar que uma condena moral da OEA no deterá os chacais neo-fascistas. Os governos democráticos de América Latina obedeceram logo o apito do Pentágono para formar a MINUSTAH, depois do golpe contra Aristide. Seria uma mínima COERÊNCIA, agora, pedir que uma ação semelhante se faça em FAVOR da democracia (e não CONTRA ela, como foi em Haiti). Carlos Lungarzo, membro da RAU de Anistia Internacional.

Em Honduras
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Em 31/05/2009 12h58
POLÊMICA NON_SENSE
A polêmica sobre se é ou não correto uma seqüência consecutiva de mandatos, seja do presidente, dos prefeitos, dos governadores, é notoriamente fútil. Se realmente se acredita numa democracia substantiva, e não apenas simbólica, o leitor deve ter direito ao escolher o candidato que prefira, desde que ele e próprio e seu programa não tenham empecilhos legais (por exemplo, não pode ser escolhido um candidato acusado de assassinato ou um programa de governo que defende o racismo).
Se esse candidato já fez um, dois, três ou 256 mandatos, é irrelevante. O eleitor quer a alternância e repudia o continuismo? Nada mais justo. Então, vote por outro. O que seria antidemocrático, sim, seria um candidato único. O acaso não haverá outros candidatos, seja em Brasil seja em outros países?
Alguns leguleios afirmam que a reeleição favorece o partido no governo, pois tem mais condições de fazer propaganda. Isto acontece, de fato, mas é por causa da corrupção da sociedade, que não aplica leis mais eficientes contra o abuso da máquina pública. Aliás, com esse critério, não apenas Lula, mas NINGUÉM DO PT deveria concorrer nas próximas eleições, já que a máquina do governo também ajudaria a ele. Este é um raciocínio tão simples que uma criança pode entender, mas um povo manipulado lamentavelmente se deixa confundir. Os contrários a mandato renovável lembre: Quem introduziu a reeleição no Brasil? O próprio patrão deles: O Imperador Fernando Henrique I.

Em Terceiro mandato
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Em 22/05/2009 12h01
OS VENTOS COMEÇAM A MUDAR
A situação de Battisti referida ao marco institucional brasileiro está mudando. Até o que éramos mais céticos achamos que será quase impossível ao cónclave das eminências togas declarar a inconstitucionalidade do refúgio, e caso o fizer, não poderá certamente exigir que o presidente assine a ordem de extradição (salvo que o presidente queira o fazer por própria vontade).
Há uma razão técnica sumamente simples. O judiciário pode escolher a jurisprudência que satisfaz a seu caso e, neste, os ministros tinham ameaçado usar a jurisprudência que prejudica Battisti. Afinal, o judiciário, mesmo em ´lugares civilizados, é subjetiva, arbitrária, discriminatória e geralmente xenófoba.
Mas, o STF não pode, mesmo com o presidente que atualmente possui, fazer algo tão notoriamente ilegal como MODIFICAR AS ATRIBUIÇÕES DO PODER EXECUTIVO. Isso só pode ser feito por emenda constitucional.
Por que os ares mudaram? Houve várias coisas, não apenas uma. O brilhantismo e inteligência do atual defensor, o prestígio da maior parte dos que defendem Battisti, como Danielle Mitterand, comparados com as figuras obscuras e sórdidas que o odeiam, a nova "virada" do PG, a necessidade de resolver outros casos de extradição que favorecem a torturadores e genocidas.
Mas, há talvez uma causa privilegiada. A necessidade de tirar de foco a imagem do presidente do STF, a quem o ministro Barbosa colocou em seu lugar. Entretanto, nunca se sabe! Ainda, podemos ter surpresas.

Em Refúgio político
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Em 24/04/2009 11h17
NEM SÓ DE CRISE VIVE O HOMEM...
Uma visão dinâmica da história que começa no século 17, alimenta a idéia de que as crises são o grande motor para o progresso da humanidade. Ás vezes são e às vezes não. Mas o fato é que esta falsa crise do STF serve para abrir a caixa de Pandora por algumas semanas (o tempo que vai demorar a mídia em tirar proveito do episódio).
É curioso que alguns se assustem porque este fato tira credibilidade a nossas instituições. Cabe perguntar-se? "qual é essa credibilidade"?. Ainda mais, "quais são essas instituiçõres?". Os atos cometidos pela presidência do Supremo já foram tão comentados que todo mundo conhece: venda de HC, acusações falsas contra o governo, aliança com agentes externos (como o chanceler italiano no caso Battisti), em fim... como Shakespeare põe em boca do Sargento do Ato 1, cena 2 de Macbeth: "All the villianies of the world sworm upon him!!!".
No meio a um patrimonialismo que não pode ser combatido dentro do próprio sistema, temos pelo menos a modesta "crise", que consiste nisso: Joaquim Barbosa se levanta e denúncia que o STF está governado por um senhor feudal, rodeado de seus jagunços. Incrível coragem o deste ministro!!!!
Talvez ele não possa ser aproveitado numa sociedade onde a maioria do povo é politicamente invisível. Mas esse coragem pelo menos diz que nem tudo está podre. Os que tem medo da crise, senhores emgomados, sejam sinceros: há instituições que podem ser reformadas, mas outras devem ser substituídas.

Em Judiciário
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Em 24/04/2009 10h53
O PUDOR DOS TOGADOS
Algumas "almas boas" (incluindo jornalistas) estão aterrorizados pela franqueza de Joaquim Barbosa, e chamam para uma volta ao recato e "dignidade" do judiciário. Este é um papo do século 19, cheio de empáfia e frases vazias, mas também há um propósito menos fetichista e mais prático detrás dele: fechar a única boca corajosa e lúcida no mar de lama da alta magistratura, mais ou menos como se tenta fechar, por todos os meios, a do delegado Queiróz (comparado com Barbosa por uma jornalista, só que com a intenção oposta à minha), uma figura também singular no meio à corrupção policial.
É claro que fora do exército e a igreja, que não são entidades, civis, ninguém cultua um corporativismo tão exacerbado e cego como o judiciário. Essa lealdade recíproca é proporcional à falta de objetividade, de sentido social, de realismo, de uma justiça que faria avergonhar os "magistrados" do Santo Ofício. Por sinal, apesar de que os antigos magistrados defendem os novos, em função desse corporativismo, é necessário perceber que nunca houve, nem mesmo durante a ditadura, uma suprema corte tão lastimável. Talvez seja um sintoma de um Brasil que, afortunadamente, se está renovando, e cujos resíduos imperiais (que se percebem na vida política, no coronelismo e na vida acadêmica) ensaiam seus últimos suspiros. Tomara!.

Em Judiciário
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Em 23/04/2009 09h56
CORPORATIVISMO E RACISMO
O fascismo se nutriu de dois elementos básicos: o corporativismo e o racismo. Mas, sem dúvida, foi o racismo o que produziu as maiores catástrofes humanitárias desde que as Américas foram colonizadas, passando pela ação imperialista na África, a Segunda Guerra, e assim em diante.
Fazer uma acusação de racismo é sempre grave, porque, embora na prática, esta doentia ideologia continue vigorando e fazendo sentir seu peso, existem leis que o condenam. Então, acusar alguém de racismo chama-se, na gíria jurídica "crime contra a honra".
Já corporativismo não é conceito tão terrível. A gente pode usá-lo sem medo de ser processado, até porque as grandes empresas se gabam de ser corporativistas, e grupos repressivos como militares e policiais se referem a si mesmos como "corporação".
Mas, como cidadão comum, tenho uma dúvida que devem compartilhar, acredito, outros milhões de cidadãos cuja vida está nas mãos das excelência: O que move aos 8 ministros do STF à profunda compaixão de apoiar ao presidente do tribunal, como se estivesse indefeso face às terríveis agressões.
Creio que a resposta é difícil: é corporativismo?, é racismo?, é alguma outra coisa?... ou será uma combinação de tudo isso.
Pelo menos, algo sabemos: justiça e democracia não são.

Em Judiciário
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Em 23/04/2009 09h49
MUDANÇA E DEMOCRACIA!!!
O Ministro Joaquim Barbosa é uma amostra de que até o judiciário pode mudar, e prova, de passagem, a necessidade de que setores culturais e sociais
até agora excluídos das funções públicas e invisíveis para as altas elites, passem a ocupar postos de relevância na sociedade. É impossível fazer uma verdadeira democrácia sem aplicação concreta, e não puramente formal, da democracia na sociedade. Desde que o STF admitiu mulheres e afro-descendentes, há uma notória melhora, embora figuras sinistras, tanto por seu medievalismo e espírito confessional, como por sua politicagem e defesa do "colarinho branco", ainda outorguem à justiça brasileira um traço sombrio.
Neste caso específico, a coragem de Barbosa deve receber o apóio de toda a cidadania bem intencionada, pois é necessário realmente muita decisão e valor moral, para confrontar os tabus das instituições (não são na América, mas no mundo todo), como o corporativismo, a subserviência e a suposta sacralidade da magistratura.
Não me parece temerário dizer que o dia do hoje ficará na história do Brasil, e não apenas pela figura alvo das críticas. Talvez, o presidente do STF não seja merecedor do esforço das pessoas que o criticam. Mas o fato importante é a quebra do fetichismo da "caixa preta" da justiça.

Em Judiciário
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Em 22/04/2009 00h52
A afirmação do jurista José Afonso da Silva coincide com algo que todos, inclusive os leigos que jamais estudamos direito, já sabíamos, pois é uma verdade de senso comum tão óbvia como que nenhum círculo é um quadrado. Não obstante, cabe elogiar que uma pessoa tão prestigiosa como Silva se coloque em confronto com a opinião de vários dos juízes do TSF, cujo interesse em ferrar a Battisti ficou óbvio desde o primeiro dia do refúgio, a meados de Janeiro.
Cabe também salientar a coragem deste jurista. Coragem?, vocês podem pensar. Por que é coragem dizer a verdade numa democracia???
Bom, nosso país é uma democracia do ponto de vista jurídico, mas as castas jurídicas não são organismos burocráticas; seus membros são eleitos por escolhas dos presidentes, e confirmadas por obscuras e tortuosas negociações no senado.
Todo homem que se opõe a uma máfia é corajoso, e o jurista Silva merece todos os elógios. Teoricamente, a lei nos autoriza a dar nossas opiniões. Mas muitos pagam duramente quando essas opiniões atentam contra os interesses de grupos, panelas, sociedades secretas, e assim em diante. Creio que isto deve servir de suporte ao heróico gesto de Genro, e reforçar a decisão de Lula, que parece ter estado ausente deste assunto, pelo menos publicamente. Seja companheiro, presidente, ex-operário ou em qualquer outra circunstância, LULA TEM UM ÚNICO CAMINHO; IMEDIATO INDULTO E LIBERAÇÃO A BATTISTI

Em Refúgio político
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Em 03/04/2009 17h38
NECESSIDADE DE DEFESA?
Muitos leitores da Folha conhecem história. Então, alguém pode dizer quantas vezes os países do Cone Sul foram atacados? As maiores potências militares da região (Argentina, Brasil e Chile) nunca sofreram verdadeiros ataques. Chile sofreu algumas provocações e ameaças (a última em 1978), mas Argentina e Brasil nem isso. Pelo contrário, outros povos foram suas vítimas: Paraguai, Bolívia, Peru e, no caso da Argentina, até o Reino Unido.
Falar que os militares são necessários para a defesa do país é um sem sentido de tal tamanho, que parece incrível que alguém que não tenha interesse direto possa levá-lo a sério. Claro que os militares o justificam, porque afinal é sua fonte de poder, mas para a população civil, que luta pela paz desde há milênios, eles são apenas causa de conflito. Países pequenos, com escassos recursos, infinitamente mais expostos que o Brasil, como a Costa Rica, eliminaram suas forças armadas em 1948. Panamá e Haiti o fizeram na década de 90, se bem que Haiti teve a desgraça de ser invadido por exércitos estrangeiros (entre eles, os de Argentina e Brasil) sob o pretexto de "impor a paz". É fácil imaginar como devem ter sido as atrocidades cometidas, que um dos chefes da Minustah apareceu morto, quase com certeza por suicídio.
A ditadura passou, mas outra pode vir. O golpe de 1964 não foi o primeiro na região. O militarismo, seja de direita ou de "esquerda", só pode aumentar os problemas da humanidade.

Em Arquivos da ditadura
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Termos e condições

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