Comentários

Mais resultados: 1 2 3 4 5

Comentários de Carlos Lungarzo
Em 05/03/2009 14h58
DEMOCRACIA E JUDICIÁRIO
Nossas classes médias e altas admiram os EEUU, como o paraíso onde se pode portar armas, se pode enriquecer infinitamente, e vale a lei do mais forte; mas não atentam para outros aspectos muito interessantes de suas instituições. Por exemplo, A FORMA DE NOMEAR OS JUÍZES. As 13 colônias da NE, sob a influência dos primeiros colonos (místicos devotos e puritanos), ainda têm um método como o nosso: indicação do executivo e/ou o legislativo. Mas, a partir de 1801, os novos estados adotaram o sistema de ELEIÇÃO DE JUIZES POR VOTO POPULAR. No começo, essa eleição era partidária, como a dos legisladores, mas depois da Guerra Civil prevaleceu a eleição com base na avaliação pessoal, sem interferência partidária. Hoje, a situação complicou, mas ainda o voto popular não partidário tem vigência.
Às vezes se questiona que o voto popular favoreceu o racismo dos juízes nos estados do Sul, mas é óbvio que também isso aconteceu (e ainda mais) nos casos em que foram eleitos pela legislatura estadual ou pelo governador. Ser votado pela maioria não significa necessariamente estar certo, mas diminui a arbitrariedade. Um juiz eleito está sob o controle l de seus eleitores como está um deputado (pelo menos, teoricamente.) Inclusive algumas Supremas Cortes Estaduais são eleitas por esse método!! Por exemplo, Illinois. Outro aspecto interessante é que o avanço das ideologias de direita em alguns estados tendem a abandonar o método eleitoral e defender a nomeação.

Em Reforma agrária
sem opinião
avalie fechar
Em 05/03/2009 11h10
OPINIAO CONSCIENTE
É algo interessante que o brasileiro médio, atravês de comentários como estes que a Folha estimula, está ganhando melhor compreensão da realidade. Há, sem dúvida, áreas onde todos temos preconceitos e tomará muito tempo nos tornarmos objetivos. Mas o caso do MST parece ter feito um impacto muito forte nas pessoas mais sensatas. Aqueles mensagens de ódio que abundam em outras matérias, aquí têm desaparecido.
Com efeito, é fácil imaginar o que significa não ter terra, nem salário, nem posse nem comida. É mais fácil ainda VER de que maneira iníqua o judiciário defende aos latifundiários, ignora crimes como os de Carajás, Irmã Dorothy, etc.etc., reage pontualmente quando seus protegidos são tocados. Nesta matéria há comentários recentes muito avançados. Pessoas que chamam o MST a resistir, pessoas que desafiam a corrupção dos altos caval(h)eiros da justiça.
Por outro lado, é grave a falta de organização das forças progressistas e honestas da política que, mesmo sendo uma minoria, existem. É necessário um frente que uma políticos, camponeses, favelados e outros cidadãos que, pobres ou não, queiram uma sociedade humana. Também é necessário estreitar laços com países cujos governos estão atacando estes problemas: Venezuela, Bolívia, Equador e, em parte, Argentina. A esquerda, deve tomar a iniciativa.incluindo a esquerda católica que fora tão ativa há 30 anos, mas que parece ter desaparecido.

Em Reforma agrária
1 opinião
avalie fechar
Em 05/03/2009 10h56
BARBÁRIE SEM EPOCA
Nos Estados Unidos, famoso por seus conflitos raciais e pela existência de "folhas de pagamento" para membros da justiça, a repressão aos conflitos agrários no nível que ela têm no Brasil, acabaram por volta de 1865, depois de 13a emenda. Na Europa ocidental, nos países com maior tradição humanista e onde a terra é um bem raro, a sociedade, mesmo dentro do sistema capitalista, conseguiu resolver faz tempo os problemas do campo, embora fiquem muitos outros.
Existem ainda latifúndios na Argentina, no Chile e na Venezuela, mas já perderam parte de seu feudalismo histórico. Brasil está na mesma (ou pior) situação que Honduras, Salvador, Guatemala, Colômbia e Peru, em relação com a terra. Os privilégios do fazendeiros, donos de terras maiores que a França, donos das vidas dos camponeses, coordenadores de grupos de extermínio impunes, praticantes de trabalho escravo, transformam a sociedade numa amostra de toda a barbárie que a humanidade acumulou em séculos.
Nem pode dizer-se que não ha consciência disso. Os crimes contra os camponeses são deliberados, santificados pela justiça, acobertados por lobbistas e magistrados. A situação é pior que a de Inglaterra no século 13. Aqueles sem terra sabiam que ninguém os defendia e se organizaram. Seus resultados só se puderam ver dois séculos depois, mas nunca houve um novo retrocesso. Hoje, no Brasil, os camponeses são enganados por leis puramente formais, que o governo não tem força para fazer cumprir.

Em Reforma agrária
3 opiniões
avalie fechar
Em 04/03/2009 13h05
DAN BROWN, ESCRITOR DE NÃO FICÇÃO
Em 2003, quando Lula conservava sua antiga espontaneidade, ousou denunciar os mistérios do judiciário. Hoje, o PT conserva poucas grandes figuras. Mas há outros partidos e forças sócias. Sua pequena quantidade não deve assustar, porque os ativistas têm a vantagem da coragem e a inteligência. Che, Fidel, Camilo e seus amigos eram menos de 100, e os fascistas de toda América não puderam derrubá-los.
Porém, o avanço exige PARTICIPAÇÃO popular. É assim que alguns vizinhos (QUE NOSSAS ELITES ODÉIAM E TEMEM!), conseguem resistir sabotagens, terrorismo, e a insolência dos feitores (embora precisem ainda 95% de mudanças.)
O caso Battisti mostra como a justiça empilha argumentos para obter o resultado fixado de antemão: isto aqui vai, isto melhor não, esquece esta lei, joga isto no lixo, acrescenta este acórdão... algo que mataria de inveja ao famoso juiz Kramer de 1487. Além de outras "virtudes", alguns deles clonaram um personagem do CÓDIGO DA VINCI (Qual?)
Claro que os verdadeiros juízes não vão ser nomeados, por outros poderes atuais, habitados por coronéis, golpistas, torturadores, etc. ORA, a esquerda deve educar o povo; assim, mudarão as idéias, os partidos, as leis e os atuais poderes, tal vez em poucas décadas.
A geração de 60 falhou em construir uma real democracia, mas teve o sucesso de expulsar a ditadura. PENSEMOS NISSO ANTES DE FAZER AUTOCRÍTICAS ESPETACULARES.

Em Refúgio político
1 opinião
avalie fechar
Em 03/03/2009 10h12
A TEORIA PÓS-MONTESQUIEU: O PODER ÚNICO
Pergunta para criança do parquinho: Quantos poderes têm as democracias modernas? -Um. -Não, Jãozinho, são três. -Desculpe, tia, mas no Brasil é apenas o judiciário.
Com efeito, os agentes de direito são os primeiros em gritar quando um político critica sua sagrada e hermética qualidade de diferenciar o Bem do Mal (até Santo Agostinho teria inveja deles). A famosa frase de Lula, em abril de 2003, menos desgastado certamente, que agora, sobre a CAIXA PRETA disparou uma onda de histeria togada por todo o país.
Mas, que acontece com a intromissão do judiciário em outros poderes???? O chefe do STF diz algo assim como "que tem obrigações políticas?" Ahhh, então política e justiça é a mesma coisa. Coitado Montesquieu que cometeu o erro de separá-las em suas Cartas Persas. Realmente, creo que a maior parte dos cidadãos que não somos protegidos pela stablishment, temos motivos para sentir muita, mas muita preocupação. Hoje não importunamos a ninguém, mas, como sabemos que nossa cabeça não será útil para alguém no futuro. Viver com uma justiça "pret-a-porter" é algo que dá muita insegurança. Justiças de diferentes estados, já absolviram ao assessino da Irmã Dorothy, ao açogueiro de Carandiru (que encontrou justiça nas mãos de alguém de seu próprio estilo), as assassinos de Carajás, da Candelária, de Vigário, Espero que o governo, e a parte saudável do congresso, reajam... Lembrem de Brecht... Quando nos atacaram a nós mesmo, foi tarde!!!

Em Reforma agrária
5 opiniões
avalie fechar
Em 03/03/2009 10h00
PÚBLICO E JUÍZES
A maioria do público que faz uso do direito de liberdade de imprensa para se expressar livremente, tem todo o direito a dizer o que bem entende, mas, com certeza, não faria mal se estiverssem um pouco melhor informados; seria melhor para eles, para os que os Lêem e para o jornal.
A classe média gosta oilhar-se nos países do 1o Mundo. Pois é, olhem-se direito. Na ERUPA OCIDENTAL, salvo na Espanha, a reforma agrária estava concluída antes da 1a. Guerra Mundial. Durante o século 19 houve lutas ferozes pela terra, que se acabaram graças a movimentos esclarecidos e corajosos. Nos Estados Unidos foi necessária uma guerra violentíssima de vários anos. Na América Latina, salvo em México e Bolívia, vivemos ainda uma época de selvageria medieval, onde gangues de ruralistas, parasitas históricos e jagunços são proprietários de quase todo o país útil. O MSN não apenas luta por seus direitos, como todos, mas contra um estado feudal, ainda escravagista (que diz que a Lei Áurea deu certo?), que se quiser passar à modernidade deverá percorrer uns 4 ou 5 séculos.
Respeito de judiciário, acho alarmante que a cidadania esteja sob uma "justiça" ministrada por vendedores de hábeas corpus, empresários privados do direito e desestabilizadores do governo. Eu não conheço quase nada de leis, mas acho que Lula poderia exigir que se respeite a divisão de poderes de que tanto fala o próprio judiciário. O QUE ESSE ESTADO ACIMA DO ESTADO?

Em Reforma agrária
4 opiniões
avalie fechar
Em 26/02/2009 11h09
NEGÓCIOS OU PESSOAS?
É incomum a forma em as instituições italianas injuriam não apenas o governo, mas o povo brasileiro. É óbvio que Itália tem o direito de criticar as ações do Brasil e de recorrer às instâncias internacionais que deseje; mas, quase todos os dias algum funcionário italiano bate as portas de Brasília com uma nova exigência, ou ridiculariza figuras de políticos e juristas brasileiros. Além disso, há um sutil traço racista, que não é explícito, mas é incrível na época atual. Por exemplo, num momento em que a imprensa conjeturou que Joaquim Barbosa era considerado um voto pela não extradição, funcionários italianos debocharam de nossos juristas (foi acaso?). Também, se referiram à alegria e beleza de nossas mulheres em termos preconceituosos, insólitos até nas sociedades menos evoluídas do planeta.
O governo fez uma modesta alegação de soberania, mas nem teve mesmo reação diplomática, o que seria uma aplicação elementar de reciprocidade na etiqueta internacional. (Com tudo, o governo Brasileiro tinha chamado a seu embaixador em Equador, para evitar que este país se defendesse do despojo econômico). O voto da representante do MRE no Conare, mostra que, para a diplomacia, negócios são bem mais importantes que vidas ou que justiça, o que não é novidade. Mas apavora o fato de que outros setores do governo compartilhem esta idéia. Será que merecemos a famosa vaga no CS da ONU, estando dominados pelo que restou, 64 anos depois, do império das camisas pretas?

Em Refúgio político
5 opiniões
avalie fechar
Em 25/02/2009 21h53
SOBERANIA ???
Chama a atenção a raiva doentia com que governo, parlamento, justiça, MP, etc. da Itália injuriam não apenas as instituições, mas o povo brasileiro. Somos chamamos "país de dançarinas", uma dupla ofensa, porque dançarina é profissão legítima.
Frente a estes comentários, que são, no mínimo, sexistas e cafajestes, o governo atua na defensiva, até com pudor, como quando Genro dá alguma explicação à aqueles ministros bufonescos. Mesmo sutilmente, Itália lança ofensas RACISTAS, fazendo sarcasmo (sem detalhar seu alvo) de nossos juristas, quando a imprensa afirmou que o ministro Joaquim Barbosa estava contra a extração.
Muitos de nós tivemos decepções do PT, mas respeitamos o sentimento humanitário, popular e ético de alguns de suas figuras, incluído Lula. Então, mesmo apertando os miolos é impossível entender: Por que o governo Brasileiro tolera todas estas provocações, tão exageradas, sujas e exibicionistas, que até o Parlamento Europeu apoiou com menos de 12% de quorum?
Lula quer promover o Brasil na ONU, com uma cadeira permanente. Mas, não se importa que esse país seja provocado, ridicularizado, colocado sob a bota dos novos duces? Onde estão os princípios igualdade que Brasil apregoa, e que utiliza ao tratar a países mais fracos? Porque devemos servir de capacho aos pezzonavanti? EM FIM, O QUE ESPERA O GOVERNO PARA APRESENTAR UMA PROTESTA INTERNACIONAL PELA INTERVENÇÃO, INFAME, GROTESCA, DESCARADA, DO ESTADO ITALIANO NOS ASSUNTOS INTERNOS DO BRASIL?

Em Refúgio político
4 opiniões
avalie fechar
Em 23/02/2009 11h29
Obrigado, Sérgio Carvalho
É o mínimo que se pode fazer num momento como este.
Abraços

Em Refúgio político
sem opinião
avalie fechar
Em 22/02/2009 19h37
O CUSTO DO ÓDIO
O ativista afro-americano Bobby Seale, líder do movimento dos direitos raciais na década de 60, costumava dizer:
" O ódio só faz dano àquele que odéia. O que é odiado não se importa, e os outros nem tomam conhecimento"
Esta reflexão deve ser aplicada aos que defendem a coalição mafioso-fascista. Seria bom ler um pouco de história e entender que entre os que apoiaram o fascimo no passado (no 22 na Itália, no 33 na Alemanha, no 73 no Chile, no 76 na Argentina, etc.), nem todos se deram bem. Muitos partidários da arbitrariedade e ditadura nesses países, acabaram sendo punidos pelos mesmos aos quais apoiavam. Os que hoje bajulam a escandalosa encenação mundial que faz Itália, talvez seriam insultados e até maltratados se entrassem em Fiumicino com um passaporte brasileiro. Por sinal, cultura e informação não faz dano (não tem calorias nem produz cáncer). Sugiro a alguns que escrevem sobre o caso Battisti, acessem o site das chamadas VITIMAS DO TERRORISMOS ITALIANO na Internet. Ninguém vai dizer que esse site é comunista. Todo o contrário. Aí há 1400 páginas digitalizadas das 3 sentenças de Battisti. Pensem se seus filhos pequenos ou netinhos achariam essa história bem contada... Depois falamos

Em Refúgio político
2 opiniões
avalie fechar
Em 19/02/2009 21h44
GENRO
Penso que Tarso Genro é uma pessoa inteligente, honesta e de caráter, aliás um dos poucos genuínos fundadores do PT que está no governo. Mas talvez sua visão benévola das pessoas não lhe ajude a reparar num fato que para muitos de nós é muito claro: o fascismo não pode ser "persuadido"! Não adianta procurar comover ao algoz, porque só se conseguirá irritá-lo e aumentar seu sadismo.
Pessoalmente me incomoda que um brilhante ministro do país onde resido há décadas seja humilhado por figuras patéticas que consideram nossa sociedade algo desprezível, que cuspem sobre o direito internacional, que não respeitam nem as instituições que a própria Europa criou.
Tarso é exato ao dizer que "crimes políticos existem também nas democracias", mas falta dizer que todas as democracias não são iguais. Como antigo voluntário da vários ONGs, e sobretudo do ACNUR, pude apreciar várias vezes refugiados que provinham de países democráticos com marcas de tortura. Se era sensato ou não levantar-se em armas na Itália nos 70, é um assunto político e não jurídico. Pessoalmente, acho que nenhum deles (nem o PAC nem a Baader Meinhoff, nem o Sein Feinn) usaram o método correto, porque a violência nunca pode fazer uma sociedade melhor. Mas isso não tira o caráter político do crime.
É muito decepcionante ver a forma em que nosso governo (com um apóio de 80% do povo) suporta as provocações constantes de um governo cuja história sujou muitas vezes as manchetes internacionais.

Em Refúgio político
51 opiniões
avalie fechar
Em 19/02/2009 19h13
CURIOSIDADE
Gostaria de fazer uma pergunta ao governo de Itália e outra, com todo respeito, ao governo brasileiro.
A ITÁLIA: POR QUE VOSSO GOVERNO NÃO INSISTIU (com a mesma veemência que usa agora contra Battisti), que o Brasil entregue os CRIMINOSOS FASCISTAS DE LESA HUMANIDADE, que produziram as mortes e desaparições dos anos de chumbo no Brasil. Itália reclamou vários assassinos de italianos, mas o governo Brasileiro, salvo Tarso Genro, buscou diluir a questão. ITÁLIA NÃO INSISTIU. Será que mortos por fascistas são menos importantes que mortos por (supostos) esquerdistas? O crime é esquecer o uniforme no momento de matar? Imagino que os nobres juristas italianos que se gabam de uma grande tradição jurídica (sim; tiveram o grande Beccaria no século 18, e depois?), sabem a diferença que existe entre crimes comuns, crimes políticos e CRIMES CONTRA A HUMANIDADE, que foram tipificados em 1945 no Tribunal Militar Internacional de Nuremberg.
AO GOVERNO: O presidente tem poder de INDULTAR brasileiros ou estrangeiros. Por que não faz? Estamos assustados pelas insolências e grosserias do governo italiano, mas não pensamos na opinião de outros países. Até a direita francesa deixou a Battisti sair do país. Será que o governo não se importa em ser menos que Geisel, ou que Figueiredo, que protegeram centenas, ou quiçá milhares de perseguidos do Cone Sul?
Querem que a história os inclua na lista do caso Dreyfus, ou, ainda muito mais semelhante, de Olga Benário?

Em Refúgio político
14 opiniões
avalie fechar
Em 12/02/2009 14h33
PARABENS À FOLHA
Hoje descobri, com muita satisfação que a Folha, quando se refere a Battisti, já não usa mais o termo TERRORISTA, nem EX_Terrorista, que foi usado depois, quando, acredito, perceberam que há muito tempo que Battisti não pratica o terror. Mas, hoje reparei em que os jornalistas encontraram o termo justo: EX_ATIVISTA. Bravo!
Fala-se que não há uma definição exata de terrorismo, mas não vamos exagerar; pelo menos sabemos o que NÃO é terrorismo. O STF, num acordão de 11/1989, admite apenas como terrorismo a atos realizados com armas de perigo coletivo, que afetam massivamente à população civil (Torres Gêmeas, Mumbaim, Iraque, etc.)
Pode não gostar mas Battisti, mesmo se for culpável de todos os crimes dos quais é acusado multiplicados por 10, podia ser um serial killer, mas não um terrorista. Eu sei que a palavra tem "gancho", mas convido a ler os últimos comentários. Os fanáticos linchadores são cada vez menos.

Em Refúgio político
1 opinião
avalie fechar
Em 11/02/2009 08h48
JOGO
O interesse dos ministros italianos de politizar o futebol, especialmente Ignázio La Russa, lembra outros líderes do passado que faziam dos atos desportivos questão de honra patriótica. Alguém houvi falar de Benito e Adolfo e das competições dos anos 30? Ponto para os jogadores de ambos os times. Mesmo que colocar um luto seria uma amostra de respeito para as vítimas, em outras circunstâncias, nesta seria uma provocação contra jovens que pertencem a um povo hospitaleiro que nada têm a ver com aqueles assassinatos.

Em Refúgio político
2 opiniões
avalie fechar
Em 10/02/2009 15h42
LIMINAR NEGADA
Uma notícia recente afirma que o ministro Peluzo negou o pedido de Itália de que o refúgio político de Battisti fosse liminarmente negado. Obviamente, a decisão do ministro merece todo o elogio. Entretanto, e sem qualquer má vontade, me pergunto se isto significa que o STF está mais inclinado a uma sentença ajustada ao direito e à jurisprudência, ou se este indeferimento reflete apenas uma atitude de dignidade pessoal. Não sou pessimista, nem procuro o lado negativo das coisas, mas há um fato importante: o pedido de liminar da Itália é uma insolência de tal tamanho, só possível num país governado pelo fascismo desde 1920, que até o maior inimigo pessoal de Battisti, até a mais sofrida vítima (supondo que Battisti tenha feito vítimas, como dizem) não poderia aceitar esse pedido.
Aliás, aquele governo mostra com isto sua perfeita combinação: um cenário fascista, com vários atores encobertos, e um enorme obscurantismo. Cabe lembrar que essa senhora de 38 anos que esteve 17 anos em vida vegetativa, tinha sido condenada pelo 1º ministro a continuar seu horrível sofrimento. Ainda, ele está furioso com os médicos e quer vingar-se dos que ajudaram a menina a desencarnar.
A medida de Peluzo é positiva, e só penso que isto deve refletir-se também no julgamento de mérito. Esperemos que os boatos jornalísticos sobre o possível entendimento de vários ministros para condenar Battisti seja engano. Se não for, a imagem de nosso país ficará seriamente atingida.

Em Refúgio político
1 opinião
avalie fechar
Em 08/02/2009 23h39
PROPOSTA
Comentários recentes fazem suspeitar que a sentença de Battisti já está fabricada, e só falta montá-la no picadeiro. Parece difícil que isto seja revertido. Até Tarso Genro se mostra menos otimista. Como o STF é a última instância, PROPONHO a todos os que defendem o direito de asilo a COORDENAR ESFORÇOS PARA UMA AÇÃO CONJUNTA E URGENTE. Apesar de silenciosos e não barulhentos como as "mobs" linchadoras, não somos poucos, e temos a vantagem da moral e da coragem. SUGIRO, CONCRETAMENTE:
1. Reunião imediata de todos os favoráveis ao refúgio para avaliar os indícios que mostram uma articulação (talvez, parcial) para forjar a extradição.
2. Fazer um relatório detalhado disso e dar-lhe ampla difusão internacional, aproveitando todos os contatos. (Pessoalmente, posso informar a umas 10 mil contas de e-mail, algumas das quais podem retransmitir). Dar ciência a organismos internacionais, sindicatos, igrejas, etc, sobre a VERDADE DO CASO. Fazer contato com todas as entidades estrangeiras solidárias com Battisti.
3. Notificar à Corte Interamericana de DH, na Costa Rica.
4. Pedir colaboração. Em 1999, na Argentina, Nobels como Saramago, Rigoberta Manchú, Esquivel e muitos outros, foram decisivos na denúncia internacional da Suprema Corte num caso quase idêntico.
5. Se a sentença for pela extradição, pedir a condena do processo nos tribunais internacionais, e ENVIDAR ESFORÇOS para que não fique só no papel (como nos casos de Carajás e da irmã Dorothy).
carlos.lungarzo@gmail.com

Em Refúgio político
34 opiniões
avalie fechar
Em 06/02/2009 14h50
JOIAS DA FILOSOFIA
Hegel foi um filósofo alemão que morreu de cólera aos 61 anos e, segundo dizem, ninguém entendeu. Mas ele deixou uma enorme coorte de admiradores, por várias "descobertas" que fez sobre o espírito, a arte, a ciência e todo o que havia no universo. Também por ter ressuscitado um velho método: a DIALÉTICA.
Num comentário de hoje, um ministro do STF, referindo-se à provável extradição de Battisti, faz uma aplicação deste método:
"O processo extradicional, como qualquer processo, tem conteúdo eminentemente dialético. Então há teses em conflito e caberá ao Supremo analisá-las - disse o ministro, concluindo: - O Supremo, em face de novos argumentos, pode mudar de posição." (rsss)
Intrigado, perguntei a um amigo advogado que significava isso:
-Quer dizer que, por exemplo, está a tese de que João é culpado, mas também a tese de que João é inocente. Isso é dialética. Aí, você escolhe vê qual te convém.
-Mas, você não abandonaria ambas, antes de se arriscar a condenar alguém?- perguntei. Meu amigou riu:
-Não, Carlos, isso não é dialética. Isso é ciência. Não serve para as coisas humanas.
Devemos reconhecer que o Ministro é muito moderno; têm outros que se baseiam em Aristóteles e até em Santo Tomas de Aquino. O argumento não deixa de ter bom humor. Para os muitos que desejar ver um linchamento, a palavra "dialética" não sigifica nada. E para os fascistas ilustrados, não se precisa convencimento: eles estão por dentro.

Em Refúgio político
3 opiniões
avalie fechar
Em 06/02/2009 11h46
JOIAS DA FILOSOFIA
Hegel foi um filósofo alemão que morreu de cólera aos 61 anos e, segundo dizem, ninguém entendeu. Mas ele deixou uma enorme coorte de admiradores, por várias "descobertas" sobre o espírito, a arte, a ciência e todo o que havia no universo (que cabeça, hein?). Também por ter ressuscitado um velho método: a DIALÉTICA. Num comentário de hoje, um ministro do STF, referindo-se à extradição de Battisti, faz uma aplicação deste método:
"O processo extradicional, como qualquer processo, tem conteúdo eminentemente dialético. Então há teses em conflito e caberá ao Supremo analisá-las - disse o ministro, concluindo: - O Supremo, em face de novos argumentos, pode mudar de posição."
Intrigado, perguntei a um amigo advogado que significava isso: "Quer dizer que, por exemplo, está a tese de que João é culpado, mas também a tese de que João é inocente. Isso é dialética. Aí, você vê qual te convém mais e adota".
-Mas, você não abandona ambas, antes de se arriscar a condenar alguém?- perguntei. Meu amigou riu:
-Não, Carlos, isso não é dialética. Isso é ciência. Não serve para as coisas humanas.
Devemos reconhecer que o Ministro é muito moderno; têm outros, aqui no Brasil, que se baseiam em Aristóteles e até em Santo Tomas de Aquino. O argumento não deixa de ter bom humor. Para os muitos que se verão aliviados por não conviver com um criminoso no Brasil (sim, com um, porque outros não têm, já todos foram punidos), "dialética" não significa nada.

Em Refúgio político
sem opinião
avalie fechar
Em 05/02/2009 14h06
O QUE MARX ESQUECEU!
Muitos marxistas explicam fatos sociais só por leis econômicas, mas há algo que esquecem: psicologia. A direita, os fascistas, os autoritários, etc., não atuam apenas por motivos de lucro ou poder, mas também por pulsões psicológicas específicas como o SADISMO. O caso Battisti ilustra isto:
A elite brasileira, a classe média, seus representantes, não correm nenhum risco com Battisti solto no Brasil. Os marxistas ortodoxos desculpem, mas não há uma boa explicação sociológica. Battisti não teria atrapalhado o juiz "Lalau" se ele estivesse no Brasil naquele momento.
Então, POR QUE O STF QUER INVENTAR UMA SUPOSTA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI, COM A FINALIDADE DE FERRÁ-LO?
As altas castas não correm risco por refugiados que andam pela rua. Mas, eles são percebidos como UM INSULTO contra o caráter sagrado que aquelas figuras se atribuem. Nos comentário sobre "O Roubo de Lenha" de 1844, Marx já tinha descoberto que os donos da vida e da morte se sentem afrontados por qualquer um que QUESTIONA seu poder. Quem é um guerrilheiro comunista para dizer que um tribunal aceita provas super-duvidosas?. Aí que aparece o psicológico: o sadismo. Battisti deve pagar por aqueles que tiram sarro dos títulos pomposos, que não beijam sabres nem togas, que não se ajoelham. A história não é nova: começou com Espartaco na Roma, seguiu com Galileu, Gandhi, Lumumba, Che Guevara, Olof Palme...
Triste poder o deste circo romano, que só pode se impor com base no terror!!!

Em Refúgio político
10 opiniões
avalie fechar
Em 05/02/2009 12h52
COM VENDA, PORÉM COM OLHOS DE RAIOS X
Muitos não lembram quem votaram para deputado, mas aposto que NINGUÉM lembra quem votou para juiz. Engraçado: vivemos em democracias, mas o poder REAL surge de critérios herméticos e medievais, redigidos no famoso "juridiquês", cuja tortuosidade faz parecer Góngora tão simples e popular como um comentarista desportivo.
Conheço jovens brilhantes reprovados no concurso de juiz porque não acreditavam em Deus, porque tinham tatuagens, e outras discriminações perversas. Muito pior: o judiciário declara nulas leis que não gosta, e propõe que outras sejam aplicadas, de MANEIRA CONTRADITÓRIA COM SEU CONTEÚDO. Eles conhecem o "espírito" da lei.
Um caso extremo é o das declarações de um membro do STF na Folha de hoje (04/02). Propõe que o Tribunal MODIFIQUE A LEI DE REFÚGIO. Por que não?. A lei proíbe deportar pessoas a países onde têm penas cruéis. Nossa! Pieguice dos legisladores, que não descobriram como o terrorismo é ruim!. Isto visa manter o cadafalso lubrificado para os casos futuros, mas, no começo, seria modificada para ferrar Battisti. A justiça tem tarja nos olhos, mas vigia através dela aqueles que não se ajoelham perante seu poder.
Surpresa? NÃO!!. Um amigo me mostrou um texto que está preparando, onde aparecem mais de 100 casos recentes em que o judiciário absolveu, liberou ou esqueceu torturadores, genocidas, jagunços, etc. Eu aconselhei cautela. Algum juiz-legislador pode propor lei censura com pena de morte e tortura

Em Refúgio político
9 opiniões
avalie fechar
Termos e condições

Mais resultados: 1 2 3 4 5

FolhaShop

Digite produto
ou marca