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Comentários de Dilermando Nascimento
Em 02/09/2008 23h14
Concordo que o maior usuário de água do Nordeste ainda é o sol. Falta gestão para não permitir que apenas 10% das águas dos açudes sejam aproveitadas.
É verdade que 70% do Nordeste e coberto por rochas cristalinas. O que não é correto é afirmar que só tem poços com água de alto teor de resíduo seco (salgada) e em pequena quantidade. Lembro que os quatro estados CE, RN, PB e PE apresentam uma recarga renovável anual para o sistema aqüífero cristalino de 262,7 milhões m³ . Para os aqüíferos sedimentares que abrange 30% da área total dos quatro estados as reservas permanentes são da ordem de 1,17 trilhões de m³ distribuídas nas bacias sedimentares periféricas Piauí-Maranhão, Araripe, Apodi, Recôncavo e ainda outras bacias sedimentares interiores como:
Pernambuco: São José do Belmonte, Mirandiba, Cedro, Araras e Carnaubeira.
Paraíba: Rio do Peixe.
Rio Grande do Norte: Pau de Ferro e Serra dos Martins.
Ceará: Iguatu-Icó e Várzea Alegre-Lavras da Mangabeira.
Dos 70.000 açudes do nordeste cerca de 20% são plurianuais, suportando as secas normais e as estiagens prolongadas. Eles foram construídos tendo em vista uma série histórica de variações climáticas e previsão de secas para o Nordeste Brasileiro.

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Em 02/09/2008 23h13
Faço minhas as palavras de Manoel Bomfim Ribeiro engenheiro civil, com especialização em geologia e hidrologia: "Hoje, existe um gigantesco cubo de água armazenado no Semiárido, capaz de resistir as estiagens mais severas da região. A solução para o problema hídrico do Nordeste é somente distribuição e tão somente distribuição através um robusto e potente sistema de adutoras. A infra estrutura hídrica já está pronta, temos uma AGUABRÁS".
Faço minhas as palavras do colega Aldo Rebouças: "Há muito mais preconceito e desconhecimento das potencialidades hídricas subterrâneas no Nordeste do Brasil do que se imagina. A escassez da água está, na verdade, relacionada com a falta de políticas continuadas de captação e gestão de recursos hídricos subterrâneos".

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Em 02/09/2008 13h49
Grande da Mata prazer em revê-lo.
Todo meu respeito a sua fé, e ao seu voto de credibilidade nas promessas do governo federal na boa-fé do presidente Lula. Porém discordo de sua visão sobre a viabilidade técnica e os objetivos da transposição.
Vejam no texto a seguir o pronunciamento do presidente Lula que serve como '' slong '' para convencer a população sobre a viabilidade socioeconômica e socioambiental DO PROJETO DE TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO: "Levar um caneco d'água para um nordestino que está passando sede é uma questão humanitária". Esse seria, segundo declaração do presidente Lula em 23/09/04 a emissoras de rádio do Brasil, a finalidade do projeto depois de ter navegado pelo rio e degustar alguns goles de água na foz cuja potabilidade é duvidosa pela poluição e interferência da cunha salina.
Pouco mais de dois meses depois, no dia 28/11/04, o engenheiro e assessor da presidência da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF), João Paulo Maranhão Aguiar, fez o seguinte alerta, no jornal Estado de Minas: "é desonestidade afirmar que o objetivo da transposição é matar a sede de cearenses, potiguares, paraibanos e pernambucanos. O Governo tem de dizer que pretende usar a água do São Francisco para criar novos pólos de desenvolvimento baseados na agricultura irrigada". Revista Transposição - Águas da Ilusão (2007).

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Em 02/09/2008 13h48
A questão da dessalinização da água do Mar é uma alternativa que foi pouco ou quase esquecida ao longo dos anos e só foi apenas lembrada quando dita não viável pelos autores do projeto da transposição por ser onerosa.
A dessalinização dos poços tubulares do cristalino, é bem mais barato pois a concentração de sais dissolvidos o resíduo seco é muito menor do que na água do mar que encarece mais o processo de obtenção da água potável. Mesmo assim, segundo estudos recentes que aborda o cancelamento da transposição do rio Ebro pelo governo Espanhol uma das justificativas para não implantação do projeto do Ebro foi o custo estimado da entrega de água por metro cúbico do rio Ebro para as bacias recptoras ser quase 50 por cento mais elevado do que o atual custo da dessalinização da água do mar.
A pergunta que fica é:
1- A transposição é compromisso com o povo ou com as empreiteiras?
2- A transposição vai atender a população difusa do Semi-Árido ou as grandes empresas do agronegócio?
3- A transposição vai levar um caneco de água a quem tem sede ou abastecer a Usina Siderúrgica do porto de Pecém no Ceará?
Tudo isto pasmem, visa à exportação e não o consumo interno conforme prometido.

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Em 21/07/2008 15h20
Paulo Machado
A observação do Eng. Paulo Bezerril Jr. citando outras fontes de recursos hídricos para o Nordeste como inviáveis não passa de uma retórica de um discurso eloqüente de muitos políticos bizarros para enganar a população desinformada do país. Uma simples opinião sem fundamentos técnicos e sem o conhecimento dos projetos que estão em andamento no semi-árido e já com tecnologia desenvolvida e comprovada. Até parece aquela história de quem ouviu o galo cantar mais não sabe aonde.
As três fontes alternativas indicadas em todos os trabalhos técnicos para o abastecimento principalmente da população difusa 5.712.160 habitantes (Censo IBGE 2001) da população rural dos quatro estados são: a captação de água de chuva em cisternas; as barragens subterrâneas para consumo humano e animal e para agricultura familiar, (onde se consegue até duas colheitas por ano em regiões onde às vezes durante 2 a 3 anos não se conseguia colher uma espiga de milho); e a dessalinização de poços do cristalino onde o índice de sal é impróprio para consumo humano. A informação passada pelo Bezerril Jr. e do tipo ouvi dizer, provavelmente ele não conhece nada sobre o semi-árido do Nordeste do Brasil.
Trazer à tona um assunto tão importante que é solução técnica de purificação da água dos poços do cristalino rejeitada pela contrapartida de que a dessalinização da água salgada é um processo altamente poluente e muito caro não passa de um mito, hoje se consegue 0,25 US$/m3 de água dessalinizada

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Em 20/07/2008 17h22
O governo do Rio Grande do Norte vai desenvolver um projeto piloto de aproveitamento de água dos rejeitos dos dessalinizadores em sistemas produtivos locais.
A idéia é aproveitar os mais de 400 dessalinizadores espalhados no Estado, na sua maioria desativados, deixando comunidades inteiras sem a única fonte de água potável existente. Com a recuperação das usinas as populações locais terão uma nova alternativa de renda.
No Sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte em Caatinga Grande, um assentamento da reforma agrária feito em 1989, perto do pequeno município de São José do Seridó, a quase 300 km de Natal, capital do Estado, é um modelo de desenvolvimento que vai servir como vitrine para tecnologias inovadoras e ao mesmo tempo simples de desenvolvimento social e econômico, o Programa Água Doce. O projeto-piloto servirá de modelo para mais 10 Estados do país.

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Em 20/07/2008 17h21
Jogar fora a água salgada sempre foi para a comunidade um grande problema e já estava causando conflito com a vizinhança. O desafio sobre o que fazer com este resíduo foi levado à Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária), que em Petrolina, em Pernambuco, já desenvolvia pesquisas nesta direção. "Viemos para resolver um problema ambiental", explica Odilon, e acabamos criando um círculo virtuoso a partir do dessalinizador.
O sistema é simples, a água potável do dessalinizador vai para uma caixa d´água que abastece a comunidade, e a água residual vai para dois tanques onde é feita a criação de tilápia rosa, variedade híbrida do gênero Oreochromis, um peixe resistente e que gosta de águas com alto conteúdo mineral. Ao lado destes tanques tem um terceiro, para onde vai à água já servida pelos peixes, rica em minerais e em matéria orgânica. Esta água, com grande potencial de poluição, é usada para irrigar uma área plantada com erva sal (Atriplex nummularia), um arbusto forrageiro de origem australiana, que gosta de sal e serve como complemento alimentar para ovelhas e cabras criadas na região.
O NORDESTE TEM SOLUÇÃO É SÓ TER VONTADE POLITICA, e políticos "honestos".

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Em 28/03/2008 10h11
Grande da Mata,
Apesar de nossas posições antagônicas quanto a análise técnica e política já bastante discutida e exaurida nos nossos e-mails sobre o projeto de transposição do Rio São Francisco, concordo plenamente com os seus questionamentos e observações quanto a implantação do projeto do trem-bala que já recebeu sinal verde do governo para sair do papel mas que ainda não foi discutido pela sociedade e pela comunidade técnico-cientifica do país que certamente na hora oportuna vai se manifestar a favor ou contra.
Não vou entrar no mérito da análise comparativa entre um projeto e o outro porque acho que são dois projetos distintos que irão atender a regiões bastante diferenciadas com desigualdades socioeconômicas e ambientais peculiares e especificas, apesar de sua observação ser procedente.
No meu entendimento este tipo de obra faz parte da megalomania de nossos governantes que não dão prioridade para os investimentos em obras públicas de infraestrutura nas áreas da educação da saúde e segurança publica que vivem um verdadeiro caos neste país ao mesmo tempo em que torra o dinheiro público em grandes projetos megalomaníacos, fantasmas e superfaturados para atender aos empresários da construção civil em troca de doações para as campanhas políticas.

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Em 14/03/2008 22h58
Estamos em um país livre e democrático onde todo homem tem direito à liberdade de opinião e expressão de ir e vir manifestar e exigir (Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 1949 assinados pelo Brasil).
Só espero que os manifestantes a favor do Projeto de Transposição do Rio São Francisco procurem se informar e conhecer melhor os dois lados da moeda para tomarem uma posição consciente sobre os benefícios prometidos pelo projeto, que diz ser, a solução para acabar com o problema oriundo das secas, erradicar a fome e a miséria da população carente, levando riqueza para o povo nordestino e uma qualidade de vida decente. Não descartar uma segunda intenção (lado reverso da moeda) do projeto que tem objetivo principal bem definido que é o de fomentar o desenvolvimento do agronegócio levando riqueza para uma minoria privilegiada da região.

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Em 29/02/2008 08h35
Complemento
Tem mais um detalhezinho. A obra vai custar algo em torno de R$ 20 bilhões e ainda deixa de herança um subsídio cruzado de 4% de alta na conta do consumidor residencial que é quem vai pagar a conta. O que é mais triste ainda e revoltante é que o subsídio cruzado vai ser para bancar o agronegócio, a criação de camarão e a Siderúrgica Ceará Steel, no Porto do Pecém. Quem viver verá!
No meu entender além da discussão técnica e ambiental ainda não muito bem esclarecidas e debatidas pelo projeto, deixando uma interrogação cheia de dúvidas quanto os benefícios e os resultados esperados, na verdade, a questão crucial mais importante é a mais contestada e apontada como não justificável para implantação do projeto é a avaliação custo - beneficio da obra. Sabem por quê?
A avaliação custo - benefício para a decisão de execução de uma obra constitui o item de maior expressão e de prioridade em qualquer empreendimento, (retiro exceto no caso da água da transposição se for para atender ao consumo humano e a dessedentação animal).

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Em 28/02/2008 22h22
Especialistas da Faculdade de Economia e Administração (FEA-RB) de Ribeirão Preto, em estudos chegaram a valores entre US$ 0,155 a US$ 0,312 por m³ ou seja de 8 a 22 (dólar a R$ 1,67) vezes o custo da água nos projetos da CODEVASF no vale do são Francisco.
Conclusão, o custo da água transposta pode alcançar 22 vezes mais do que o uso nas margens do vale do São Francisco isto significa um aumento de 2.160% para cada m³ transposto . Este será o metro cúbico de água para irrigação dos mais caro do mundo, os projetos agrícolas ficarão inviáveis.

"No Nordeste não se faz política pública para água mais para obras" Aldo Rebouças.
Não existe a falta de água na Região do Nordeste do Brasil, mas sim um péssimo gerenciamento de seus recursos hídricos acompanhado de gestões desastrosas. Sem gestão não há segurança hídrica não há captação nem distribuição e abastecimento Nascimento (2005).

Ratifico mais uma vez que a água da transposição vai ser levada para leitos de rios já perenizados formados por um sistema integrado de vários açudes (sinergia hídrica) como os da bacia do Rio Jaguaribe. São exatamente as áreas onde existe o maior excedente hídrico da região do Nordeste, deixando de fora uma das áreas de maior escassez hídrica do sertão nordestino que é a Região do Seridó no Rio grande do Norte e áreas adjacentes da Paraíba. Não beneficiará uma população difusa de 5.712.160 habitantes (Censo IBGE 2001) dos quatro estados que continuará desassistida.

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Em 28/02/2008 22h20
Para reflexão.
Estamos vivendo neste momento mais uma estiagem que castiga mais de 80 municípios do sul de Minas e mais 58 municípios do estado da Bahia, vários deles situados no vale do Rio São Francisco mergulhados no velho e conhecido estado de emergência.
Quero lembrar a todos que vários destes municípios estão situados às margens do rio São Francisco com sua população fazendo fila para receber o carro pipa ou andar alguns quilômetros a pés com uma lata d´água na cabeça p´ra pegar água no "Velho Chico". Este drama vivido pela população ribeirinha não é diferente da situação da população dos emergenciados do lado de lá do restante do nordeste mais especificamente dos estados beneficiados para receber as águas da transposição o Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco.
É aí onde entra um item que faz a diferença na ora da decisão para aplicação das verbas públicas. O custo-benefício é mais reduzido e favorável para o atendimento da população das margens do Rio São Francisco do que para atender uma população a mais de 700 km de distância onde 1 m³/s de água cobrado pelo uso da água bruta nos estados receptores vai custar entre R$ 0,11 e R$ 0,13 de 5 a 6 vezes mais do que nas margens do são Francisco R$ 0,023 por m³ cobrado pela CODEVASF já incluso o custo do bombeamento.
Continua

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Em 13/01/2008 19h38
Nobres amigos virtuais Antonio Carlos Bressan , josé reis barata barata e todos aqueles que comungam com os princípios de permanência do estado de direito, da democracia, contra o autoritarismo, a desonestidade, a corrupção, e em favor da cidadania, da ética neste país, em defesa de um Brasil melhor mais solidário em pro dos descamisados, o meu reconhecimento.
O Projeto de Transposição das Águas do Rio São Francisco imaginado por Dom João VI há 157 anos atrás foi de uma inocência sem precedentes (normal ao conhecimento cientifico da época) muito embora, talvez tenha sido o único comandante bem intencionado em resolver o problema da seca ou da falta de água , melhor dizendo, da distribuição espacial da água na região do Nordeste do Brasil. Na época não se dispunha de tecnologia, nem de energia suficientes e muito menos de recurso financeiros para se concretizar a idéia da transposição. Apesar da boa intenção do imperador Dom João VI, passado um século e meio sem que esta idéia tenha sido colocada em pratica, vem um presidente, que se diz sindicalista e socialista e materializa a idéia de transpor as águas do Rio São Francisco, Rejeitada por todos os técnicos e especialistas que estudaram a região do Nordeste do Brasil nos últimos 50 anos a transposição continua desafiando o conhecimento técnico em função de uma decisão política. É para pensar e refletir!

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Em 12/01/2008 14h12
COMPLEMENTO
O termo transposição é usualmente aplicado em todo o mundo para tipificar a retirada ou transferência de águas entre bacias hidrográficas ou Inter-Basin Water Transfer (IBWT) que é totalmente diferente de uma simples retirada de água de um rio dentro de sua própria bacia quer atreves da adução via adutoras ou aquedutos ou canais como queiram, normalmente para abastecimento humano e irrigação. O X da questão é que a transposição de águas entre bacias hidrográficas faz conexões entre "ecossistemas vivos" biomas de ambientes diferenciados (meio complicado).

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Em 12/01/2008 14h11
Depois de um breve recesso estou de volta para dialogar com os demais debatedores sobre a Transposição do Rio São Francisco e/ou a greve de fome do Dom Cappio.
Eu conclamo aos debatedores que deixem os solenes tratamentos pessoais e vamos instigar a discussão sobre o tema. Acho e tenho certeza que cada um de nós temos um pouco de contribuição para dar.
Aproveitando o deixa faço uma pergunta procedente ou não, até certo ponto maliciosa ou não, mais que envolve meio ambiente. Quem saberia me responder qual é sustentabilidade ambiental do projeto de Transposição do Rio São Francisco e quais as suas garantias?
"Desenvolvimento sustentável é aquele que satisfaz as necessidades das gerações presentes, sem eliminar os recursos necessários para o desenvolvimento das gerações futuras". Lester Brown - ambientalista americano
Partindo do princípio, A ANÁLISE CUSTO/BENEFÍCIO APLICÁVEL AO MEIO AMBIENTE tem que levar em conta como preceito básico a Garantia de sustentabilidade ambiental cuja proteção dependemos nós para continuarmos vivos na nossa missão aqui em cima da bola (como diz o colega eminente Geólogo da PETROBRÁS Vicente Lassandro) e muitas outras criaturinhas deste planeta.
Quero aproveitar também a deixa, para chamar atenção sobre o conceito do uso do termo TRANSPOSIÇÃO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO, não pela impressão que passa de que as águas do rio vão ser totalmente desviadas, mais PELAS IMPLICAÇÕES ECOLÓGICAS ENVOLVIDAS.

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Em 28/12/2007 01h16
Respondendo ao colega Carlos Ferreira
O Rio São Francisco disponibiliza a partir da Represa de Sobradinho uma vazão mínima regularizadora de 2.060m³/s determinada pela CHESF para geração de energia das usinas locadas entre Sobradinho e Xingó (Complexo Paulo Afonso e Itaparica), além de irrigar aproximadamente 500 mil hectares de terras férteis e de abastecer as indústrias e as populações ribeirinhas antes de desaguar no oceano.
Por lei, o IBMA conjuntamente com o Comitê da Bacia do Rio São Francisco definiram uma vazão ecológica mínima de 1.500 m³/s que deve chegar a sua voz, para manter o equilíbrio do ecossistema e do bioma da foz do rio. Estabeleceram ainda uma vazão alocavel de 360 m³/s par uso consuntivo.
A transposição vai captar água em Cabrobó (eixo norte) e na Barragem de Itaparica (eixo leste), portanto é água que ainda não foi turbinada nem em Itaparica, Paulo Afonso e Xingó.
A Usina de Itaparica operar com seis turbinas necessita de 457,43 m³/s por turbina totalizando uma vazão de 2.744,58 m³/s. Só Paulo Afonso IV necessita de 2.310 m³/s. e Xingo 3.000 m³/s para operar as suas seis turbinas. Já nos parece existir, nessa contabilidade, um sério conflito quanto ao uso das águas do São Francisco para geração de energia ,irrigação e consumo humano..
O Histórico de vazões na foz apresenta um intervalo muito amplo entre 600 m³/s a 19.000 m³/s.

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Em 24/12/2007 11h07
Complemento
Entenda o percentual de água a ser retirada na transposição.
Para se ter uma idéia dessa problemática, a Represa de Sobradinho verteu em 1997, voltou a verter em 2004 e recentemente em 2007. Nesses treze anos, a bacia do rio passou por secas sucessivas, culminando, em 2001, com a mais séria crise energética da nossa história, "o apagão". Isso representa um desperdício de dinheiro público, uma vez que a obra ficará 60% do tempo subutilizada.
Ressalte-se que o período de chuvas que vai de novembro a maio nas bacias hidrográficas do nordeste, coincide com o mesmo período de chuvas no médio e alto Rio São Francisco. Isto quer dizer que no momento em que forem bombeados os 127 m³/s para os açudes das bacias receptoras eles também estarão cheios. As bombas deverão ser desligadas, mesmo que a barragem de Sobradinho tenha atingido 94% de seu volume útil.
Portanto, estando os açudes cheios, e possivelmente vertendo, não terão espaço de volume útil para receber as águas da transposição. Todo o excesso de água do São Francisco e das bacias receptoras vai ser jogado impreterivelmente no mar.

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Em 24/12/2007 11h01
Entenda qual é o percentual de água a ser retirada do Rio São Francisco.
Consta, SBPC (2005) que o Rio São Francisco tem uma vazão alocável (aquela permitida para usos consuntivos), determinada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco, de cerca de 360 m³/s, dos quais 335 m³/s já foram outorgados (desses, efetivamente, só estão sendo utilizados 91 m³/s), ou seja, já há o direito adquirido de uso da maior parte desse volume, restando portanto, um saldo de apenas 25 m³/s para o atendimento a um projeto que irá demandar uma vazão mínima de 26 m³/s, média de 63 m³/s e máxima de 127 m³/s. Considerando a vazão efetiva de uso atual de 91 m³/s, os 269 m³/s já com direito de outorga assegurados, a retirada de uma vazão média de 63 m³/s e de 127 m³/s previstas no projeto significa 23,4% e 47,2%, respectivamente, dos 269 m³/s já outorgados. Significa dizer que o governo será obrigado a cassar as licenças de outorga já concedidas em detrimento dos volumes a serem liberados para o projeto.
Na outorga da ANA, o volume bombeado pode chegar a 127 m³/s apenas quando o reservatório de Sobradinho estiver acima do normal, o que, segundo estudos, acontece em 40% do tempo. Segundo os hidrólogos da SBPC (2005), essa aproximação volumétrica só será possível em 40% dos anos, pois a tendência da Represa de Sobradinho, desde a época de sua construção, é de encher quatro vezes a cada 10 anos.

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Em 21/12/2007 23h08
Sr. Sergio Menezes,
Fica frio cara o "stress" não os leva a nada, problemas existem para serem resolvidos.
Por exemplo, eu vou lhe fazer uma pergunta. Quando o senhor fica doente vai procurar um veterinário para se consultar ou de preferência um médico especialista para tentar obter um diagnóstico compatível com as características de sua doença para tentar resolver o problema da cura. Mesmo que não consiga você vai ficar informado sabendo o tipo de doença tem e ficar aguardando os finalmentes porque ninguém vai ficar para semente.
Agora, o que deixa a gente triste são pessoas incrédulas que tem como característica muito forte também ser inflexíveis e passar a acreditar que todas as pessoas possuem mal caráter. Eu não estou aqui neste debate para mudar nem fazer cabeça de quem quer que seja para ser a favor ou não da transposição. As minhas postagens são sempre de caráter técnico sem emocional sem paixão e sem manipulação de dados, apenas embasadas em bibliografia especializada que foram relegadas pelos atores digo autores deste famigerado projeto megalomaníaco que a única coisa que vai trazer para os nordestinos é o atraso pior do que já está aí, além de introduzir impactos ambientais devastadores irreversíveis para as bacia doadoras e receptoras.
Cai na real cara, vamos acabar com o palavreado e com esta hipocrisia que o governo cultiva e leva muita gente desinformada e alienada com você através do "slogan" de que a transposição vai levar um caneco de água aqu

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Em 21/12/2007 00h20
Caro colega Carlos Ferreira (sem trocadilho) complemento.
Hoje já se pensa em fazer uma Geofísica para acompanhar as direções dos rios subterrâneos aí ficaria muito mais fácil e econômico fazer esta transferência. Esta transposição é fundamental para cobrir os déficit hídrico do São Francisco em épocas de estiagens prolongadas já que está mais do que comprovado que o volume útil e de espera das barragens principalmente de Sobradinho já não dá mais para operar com segurança o sistema elétrico onde a CHESF investiu, a preços atuais, cerca de US$ 13 bilhões de dólares em seu parque gerador de energia.

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