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Agora agente pode se entender porque somos do mesmo ramo como bem disse você e acima de tudo somos firmes nas nossas convicções mais sempre procurando de forma integra e honesta informar aos demais debatedores que não conhecendo o tema em profundidade necessitam destas informações técnicas conflitantes ou não para formar as suas opiniões e tirarem suas conclusões. Até já passei um e-mail com as nossas postagens para o colega (o vô) Hugo Garrone para que ele lhe dê um puxão de orelha.
Quanto a sua sugestão do Rio Tocantins acho inteiramente valido porque hoje ou amanhã que vai precisar mesmo de verdade de receber uma transposição é o Rio São Francisco, pois com o avanço do assoreamento a superexploração do aqüífero Urucuia a capacidade cada vez menor da vazão (hoje Sobradinho está com 12% quando deveria nesta época do ano está entre 40 ou 50% de sua capacidade) teremos apagão encomendado.
O Engº GILVANDRO SIMAS PEREIRA destaca o seguinte:
" Veja que interessante esta informação, que já é conhecida de muitos anos atrás.
- Interligação do rio Tocantins com o rio São Francisco via LAGOA DE VAREDÃO, nos limites dos Estados da Bahia e Tocantins, em área de terreno altamente poroso formado de calcário, onde dutos subterrâneos interligam à referida lagoa recebendo águas da bacia do Tocantins (rios Sono e Novo), lançando-as nos rios Sapão, Preto e Grande, da bacia do São Francisco."
Em Transposição do rio São Francisco
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Quanto à frustração a que você se referiu, lhes digo que sou um cara realizado tanto na minha vida profissional quanto familiar. Estou sim, é indignado em ver pessoas que para manter simplesmente o seu ponto de vista ou para satisfazer o ego ou mesmo para manter-se fiel as idéias megalomaníacas de partidos políticos ou de politiqueiros descartar e eliminar jogando na lata do lixo informações técnicas básicas levantadas em todas as áreas do conhecimento sobre os estudos do semi-árido efetuados nos últimos 50 anos por profissionais do mais alto gabarito e de fundamental importância para o desenvolvimento socioeconômico do Nordeste.
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Sr. Carlos Ferreira, 40 anos no ramo já é uma boa quilometragem rodada, é bem verdade que já pode está se aproximar um pouquinho do ferro velho "esclerose". O Senhor Como participante do Projeto de transposição do Governo Itamar Franco 1995 juntamente com os atuais atores digo autores do Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional jamais irão conhecer o Dilermando. Vocês por certo nunca abriram um volume dos trabalhos realizados pelo Projeto RADAMBRASIL. Vocês descartaram e eliminaram jogando na lata do lixo informações técnicas básicas levantadas em todas as áreas do conhecimento sobre os estudos do semi-árido efetuados nos últimos 50 anos por profissionais do mais alto gabarito e de fundamental importância para o desenvolvimento socioeconômico do Nordeste. Vocês sabem, não, vão ficar sabendo agora, que o Projeto RADAMBRASIL fez os levantamentos Geoambientais das bacias do Rio São Francisco, Rio Jaguaribe e do Rio Parnaíba e nem foram lembrados, estudos realizados por um projeto que foi elogiado no mundo inteiro e comparado ao Projeto da NASA. "Leigos ou técnicos mal informados" não merecem elogios.
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O Sr. disse que os açudes precisam ser perenizados pra que e pra quem? Se rio Jaguaribe, por exemplo, é um rio perene, recebendo as águas da barragem do Açude de Orós (vazão regularizada 12 m³/s) sendo reforçado a sua jusante pelas águas da Barragem do Açude Castanhão (vazão regularizada 57 m³/s). O rio Piranhas - Açu também perenizado a partir da barragem dos Açudes Coremas - Mãe D´água (vazão 4 m³/s) deságua a jusante, na Barragem Armando Ribeiro Gonçalves ou Barragem do Açu, regularizando sua vazão em 17 m³/s. até o seu destino final, o Oceano Atlântico. O rio Apodi torna-se perene a partir da barragem do Açude santa Cruz com uma vazão regularizada de 6 m³/s. Esta "sinergia hídrica" badalada pela tranposição para garantir a perenização dos rios é mais uma grande mentira prometida no projeto. Cai na real cara.
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O mito do preço de água dessalinizada. Hoje 1m³ de água dessalinizada para poços tubulares custa US$ 0,40 e está sendo barateada pelo avanço tecnológico devendo alcançar entre US$ 0,30 a 0,25 em quanto nas emergências das secas 1 m³ em carro pipa varia de US$ 3 a 6 dólares, às vezes mais lama do que água que proporcionam grandes lucros a indústria das secas. Já custo para a produção de 1m³ de água do mar varia entre US$ 0.75 a US$ 1.50, dependendo do valor da energia elétrica local e do porte da usina. Já é uma realidade para o consumo humano em todo o mundo.
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Esta questão de poços e de dessalinizadores abandonados na zona rural do nordeste é porque falta eficiência na manutenção dos equipamentos por parte dos nossos governantes. Lembro-me que visitei vários poços em todo o nordeste paralisados por vários meses (de um a sete) pela falta banal de substituição do embolo "uma simples sola de couro da bomba".
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CHAPADA DO ARARIPE - apresenta condições de explotação com profundidade dos poços entre 140 170 m e vazões de 60, 70 e até 100 m3/h com reservas permanentes estimadas em 7,5 bilhões de m3/água/ano e reservas explotáveis de 30 milhões de m3/água/ano .
CHAPADA DO APODI - Aqüífero Jandaíra, reserva permanente de 6,25 bilhões de m3 e reserva reguladora de 7,87 bilhões m3 ano. IPT (1982).
- Aqüífero Açu, reserva permanente 10,85 bilhões e reserva reguladora corresponde à infiltração, que é de 27.535.000 m3/ano (2.5% do volume de águas pluviais anuais).
Potencialidade hídrica para a situação atual, calculada pelo modelo numérico para todos municípios em que o Aqüífero Açu aflora = 45.400 m3/dia (1.890 m3/hora) (525 L/s).
BACIA DE FÁTIMA - uma pequena bacia de Pernambuco com apenas (270 km²) que em apenas três poços perfurados recentemente pela CPRM na bacia, com profundidade da ordem de 415 m, forneceram vazão em torno de 120 m3/h.
BACIA DO MEIO NORTE - (Piauí-Maranhão ou Parnaíba) - o poço de Violeta, no vale do Gurguéia profundidade de 960 m, forneceu vazão jorrante de quase 1.000 m3/h, a maior conhecida no Brasil. Ele capta simultaneamente os aqüíferos Serra Grande e Cabeças. Atualmente existem 400 poços jorrantes (informação verbal do Prof. Itabaraci da (UFC) em Gramado novembro, 2007 XV Encontro Nacional de Perfuradores de Poços).
São exemplos de dados de alguns aqüíferos do nordeste todos fazem parte do semi-árido. Apresentem provas ao contrário.
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Carlos Ferreira, Alfredo Santa Rita Santa Rita e Antônio Câmara Junior Câmara. A falta de divulgação dos trabalhos técnicos neste país promove a desinformação e induz que as pessoas façam este tipo de crítica bisonha sem o mínimo de conhecimento devido de causa.
A questão aqui e terapêutica. Para cada paciente há uma forma e meios diferentes de administra e cura de sua doença o amigo Apolo Henriger médico Coordenador Geral do Projeto MANUELZÂO sabe muito bem. Ele é o autor da célebre frase,"A transposição não vai começar; se começar não vai continuar; se continuar não vai terminar; se terminar não vai funcionar. Trata se de uma grande mentira" e também o grande batalhador da revitalização do Rio das Velhas.
Todas as bacias sedimentares do Nordeste já foram bastante estudadas e cada uma delas tem as suas peculiaridades. Se não vejamos alguns exemplos de dados gerais de algumas bacias sedimentares.
BACIA DE JATOBÁ - Aqüífero Tacaratu, profundidade entre 50 e 250 metros vazões entre 4 a 30 m3/h . Aqüífero Inajá, profundidade entre 500 e 6.000 metros vazão de explotação 90 m3/h. Em Pernambuco, a bacia do Jatobá também acena com uma promessa de abastecimento extra. Localizada no sertão do Estado, Jatobá tem uma reserva permanente de 100 milhões de m³, escoamento natural de 1 milhão de m³ anuais e uma capacidade de captação de 10 milhões de m³ no mesmo período.
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Pedir ajuda ao Vaticano Ah! para com isso. Porquê não vai apresentar para os países que tem experiências com transposições de água entre bacias hidrográficas e os que fazem grandes aduções em canais e aquedutos para troca de experiências. Pergunte para o governo da Espanha se a transposição do rio Tejo para o rio Segura fosse hoje se ele autorizaria?
A transposição do Tejo - Segura na Espanha como um exemplo de sucesso internacional é pura enganação. Conforme o governo Espanhol baseado nas justificativas de um relatório encomendado para dar segurança ao um novo empreendimento da execução do Projeto de Transposição do Rio EBRO decidiu abortar a implantação do projeto, e ainda se manifestou dizendo que se fosse hoje a transposição do Tejo - Segura não seria autorizada.
Estes itens levantados pelo Governo Espanhol se encaixam muito bem nas questões já levantadas aqui no Brasil contra a transposição do Rio São Francisco, é só comparar que teremos uma réplica perfeita.
Apresente para os Mexicanos da Baja Califórnia que viu o Rio Colorado sumir chegando a sua foz apenas um filete de água altamente poluída.
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Como geólogo, 34 anos de experiência em levantamentos geológicos, hidrogeológicos e de hidroquímica das águas superficiais e subterrâneas da Região do Nordeste, especialmente dos estados do CE, RN, PB e PE, quero dizer que tudo que eu postei não foi somente a base de leitura e de ouvi dizer. Eu estive presente, conheço o mais longínquo do sertão nordestino andando a pé, de jegue, de burro, subindo serra, descendo serra durante meses e anos de minha vida, abdicando do convívio de minha querida família para realizar um trabalho decente, honesto o melhor que eu pude dar. Conheço o sofrimento do sertanejo, e é por ele, e por um Brasil mais justo que não vou me calar.
Finalizo dizendo para vocês que em matéria de transposição de águas entre bacias hidrográficas e aduções de água em rios através de canais e aquedutos eu conheço um pouco.
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"Primeiro conseguiram dividir o semi-árido em dois, como se os problemas e desafios fossem apenas do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Insistem em ignorar que Bahia, Sergipe, Piauí, Alagoas, Maranhão e Norte de Minas têm os mesmos desafios. Esquecem ainda que a região mais pobre de água do Brasil - embora ainda esteja num nível suficiente segundo padrões da ONU - é o sertão pernambucano. Portanto, pasmem, a região mais pobre de água do Brasil encontra-se no Vale do São Francisco".
Faço minhas as palavras do Roberto Malvezzi completando o raciocino da sua análise dizendo que os defensores do projeto estão instigando o conflito entre os estados do nordeste, promovendo à divisão a desunião entre os governadores, os prefeitos e o povo, tratando os problemas oriundos das secas que são comuns a todos os nordestinos de forma altamente discriminatória, separando os nossos irmãos do de lá do Nordeste Setentrional dos nossos irmãozinhos do lado de cá (habitantes da bacia do Rio São Francisco) todos resignados e indefesos, tanto os do lado de lá, quantos os de cá, condenados a extinção já com pé na cova morrendo de sede e de fome.
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Obrigado
Não quero entra no mérito do jejum do Bispo Dom Cappio, mais deixo a minha manifestação de solidariedade ao Bispo pela escolha (certa ou errada) de doar a sua vida pela vida em defesa de uma causa que ele considera nobre e de vital importância para o bem estar da população pobre desasistida e pela manutenção da saúde e da vida do Rio São Francisco. Talvez agente não alcance o sentimentos e os fundamentos da fé que levaram o Bispo Dom Cappio a tomar esta decisão estrema contra o projeto de transposição das águas do Rio São Francisco. Jesus Cristo morreu para salvar a humanidade Dom Cappio está seguindo os ensinamentos do devino mestre Jesus. Eu me preocupo sobre o estado de saúde do bispo, aliás, é um cuidado que todos nos cristãos temos que proteger e preservar, não só a dele mais também a sobrevivência dos nossos irmãos nordestinos sofridos do semi-árido.
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Obrigado a todos pela atenção, um Feliz Natal e um ano novo de esperanças.
Dilermando
Em Transposição do rio São Francisco
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Dar prioridade ao aproveitamento dos recursos hídricos ainda não explorados e economicamente aproveitáveis das próprias bacias hidrográficas antes de utilizar água importada através de transposições é uma questão de custo - beneficio, de bom senso, e de honestidade para o gasto do erário do contribuinte aplicando as verbas de forma correta em soluções alternativas que apresente melhores resultados, como a implantação das cisterna, das barragens subterrâneas e de perfuração de poços tubulares.
Um projeto de exploração das águas subterrâneas no nordeste não tem porque ter objeções. Não será um projeto só de água subterrânea, mais uma ação integrada com os açudes já existentes, com os poços tubulares com as barragens subterrâneas e com as cisternas para acabar com o mito da seca, ela tem solução.
Em Transposição do rio São Francisco
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A ABAS (2003) apresentou um projeto que prever a perfuração de apenas 2.736 poços par disponibilizar uma vazão de 527 m3/s. Eu mostrei já aqui este dado que de imediato foi contestado pelo Ex-Diretor da ABAS DG. Eu garanto que é real dentro das potencialidades das reservas de água subterrâneas do nordeste já apresentada e de conhecimento de todos aqui do fórum.
Em julho de 2003 a ABAS Associação Brasileira de Águas Subterrâneas apresentou um projeto ÁGUA SUBTERRÂNEA - MINIMIZAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DA SECA NO NORDESTE.
Este projeto foi montado para atender uma população de 15.761.055 de habitantes ao consumo de 125 litros/ dia (0,125m3) com a perfuração de apenas 2.736 poços que dariam uma vazão aproximada de 527 m3/s ou 16.638.890.000 m3/ano de reservas explotáveis distribuídas para os estados do MA, PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE e BA ao custo total de R$ 601.920.000,00. Como você pode ver, não são necessários de 10 ou 20 mil poços como muita gente imagina para cobrir a vazão de 26,4 m3/s prometida pelo projeto de transposição, só apenas 2.736 para atender a uma população de 15 milhões 31% de toda a população do nordeste, este é um projeto feito por gente que entende de perfuração e conhece de água subterrânea em todo o Brasil, se não acreditar neles vai acreditar em quem?
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Maranhão, mais de 70% das cidades são abastecidas por águas subterrâneas, e em São Paulo e no Piauí esse percentual alcança 80%.
Segundo o Censo de 2000 (IBGE, 2003), aproximadamente 61 % da população brasileira é abastecida, para fins domésticos, com água subterrânea, sendo que 6% se auto-abastece das águas de poços rasos, 12% de nascentes ou fontes e 43% de poços profundos.
Portanto, encerro a minha participação dizendo que não dá para entender porque tanta resistência para aceitar o fato de que o Nordeste também tem suas reservas de água subterrânea com potencialidade para atender a toda a população da região e a irrigação. Não se justificando esta rejeição emocional facciosa por parte dos atores digo autores do projeto de transposição do Rio são Francisco que não acreditam, não aceitam e não querem permitir que seja feita a exploração destes aqüíferos. Provo que a captação de água subterrânea apresente custos infinitamente inferiores, não precisa de distribuição a longas distancias, ela é feita na porta de casa e com boa qualidade não necessitando de tratamento, e vai resolve o problema crucial que é o da distribuição.
A solução para os problemas da seca no nordeste é uma questão de custo - benefício não de falta de água.
Um abraço fraterno um feliz natal e um ano novo de esperanças para todos.
Dilermando
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Segundo Leal (1999), praticamente todos os países do mundo, desenvolvidos ou não, utilizam água subterrânea para suprir suas necessidades. Países como a Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Hungria, Itália, Marrocos, Rússia e Suíça atendem de 70 a 90% da demanda para o abastecimento público (OECD, 1989 citado por REBOUÇAS et al., 2002). Outros utilizam a água subterrânea no atendimento total (Dinamarca, Arábia Saudita, Malta) ou apenas como suplementação do abastecimento público e de atividades como irrigação, produção de energia, turismo, indústria, etc. (PIMENTEL, 1999). Na Austrália, 60% do país depende totalmente do manancial subterrâneo e em mais de 20% o seu uso é preponderante (HARBERMEHL, 1985 citado por REBOUÇAS et al., 2002). A cidade do México atende cerca de 80% da demanda dos quase 20 milhões de habitantes (GARDUÑO e ARREGUIN-CORTES, 1994 citado por REBOUÇAS et al., 2002).
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Independente de tudo isto NÃO EXISTE FALTA DE ÁGUA NO NORDESTE o maior concorrente da transposição com custos infinitamente mais viáveis de captação e de distribuição do que as águas do projeto de transposição. Acho que vocês fizeram vista grossa para as minhas postagens sobre as reservas de água subterrâneas do nordeste.
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O limite de explotação convencionalmente adotado para retirada de água das reservas permanentes é de 30% em 50 anos. Adotando o índice de 30% (0,6% ao ano) teremos um volume disponível fantástico para todo o Nordeste do Brasil de 62,4 bilhões de m³/ano ou, 3,12 trilhões de m³ de reservas de águas subterrâneas explotáveis em 50 anos, sem que haja prejuízo e risco de super-exploração e exaustão do aqüífero durante este período.
Ressaltamos agora, o fato de que as reservas permanentes dos aqüíferos em rochas sedimentares e cristalinas dos quatro Estados, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, contemplados para receber as águas da Transposição do Rio São Francisco, armazenam hoje em seu subsolo, um volume da ordem de 1,18 trilhões de m³ Costa & Costa, (1997).
Utilizando-se o índice acima citado de 30% (0,6% ao ano), para retirada de água das reservas permanentes dos aqüíferos dos quatro Estados, teremos um volume disponível de 7,08 bilhões de m³/ano ou, 354 bilhões de m³ de reservas de águas subterrâneas explotáveis em 50 anos.
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Não admito e nem concordo que deveremos torrar R$ 6,6 bilhões em um projeto insustentável mal concebido que não leva em conta os impactos ambientais devastadores apontados por vários especialistas, promete água para a população dos grandes e médios centros que já tem a seu abastecimento regularizado, incluindo esta população como se ela não estivesse sendo já abastecida induzindo um déficit hídrico inexistente criando uma oferta surperdimencionada com vazões de retira do Rio são Francisco, entre de 26,40 a 114,30 m³/s, e pior, ignora as fantásticas reservas de água subterrânea. Não vai atingir a população pobres das áreas difusas, vai chover no malhado. Depois diga que eu não avisei, veja o texto abaixo.
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