Carta
CBN
escola pública
“Ao ouvir o seu
comentário sobre o excelente exemplo vindo de Minas
Gerais, confirmando a tendência da melhoria de qualidade
do ensino público quando a família se aproxima
da escola, quis destacar a medida de segurança do prefeito
Gilberto Kassab nas escolas municipais de São Paulo.
Até hoje, nenhuma providência havia sido tomada
para que o problema fosse tratado com a atenção
que merece.
O caos da segurança afeta
não só as escolas da periferia, mas todas de
forma indiscriminada. Era uma reivindicação
antiga da comunidade escolar. Até hoje muitos recursos
foram investidos na tentativa de criar paliativos que sequer
minimizaram o problema. O investimento de 82,2 milhões
de reais, além da vontade política do prefeito,
nos dá a certeza de que este processo terá bons
resultados.”
Palmiro Mennucci, Presidente
do Centro do Professorado Paulista
– rank@uol.com.br
***
“Agora vai! Sempre entendi
que a imprensa é responsável pela situação
da escola pública no País ter falido. Principalmente
a grande imprensa, formadora de opinião. Sempre estranhei
que não dessem conta que o País só melhora
se a escola pública sair do buraco.
Para minha alegria, fiquei eufórica
mesmo quando li no dia 30 a opinião do Diário
de S. Paulo. Perfeita a avaliação desse grande
jornal. São a favor da fiscalização do
serviço público, demitir os maus e premiar os
excepcionais. Acabar com essa imunidade imoral e insana, tratar
servidores como trabalhadores normais. Nada de privilégios
estúpidos transformando servidores em intocáveis,
que a lei faculta. Mudar a lei, mudar no papel. O Diário
de S. Paulo afirma, de modo corajoso, que os milhões
de usuários do serviço público padecem
nas mãos de servidores
incompetentes e impunes.
Se a imprensa começar a cobrar,
as mudanças virão. A imprensa cobrando
mobiliza o povo. O povo querendo, o governo tem que ceder,
para o bem de todos e felicidade geral da Nação.
Interessante também que o Jornal Diário de S.
Paulo notou e alerta que a proposta de mudança do funcionalismo
público exclui a Educação. Acho que o
Diário de São Paulo sabe, mas não disse.
Quem sabe outra vez dirá.
A Educação é
mais difícil de mudar, de melhorar e de cobrar que
qualquer outro serviço público. Tem o sindicato
mais rico do Brasil, a Apeosp. Além do poder econômico,
conta com seu presidente suplente do senador Todo Poderoso
Eduardo Suplicy. Tendo juntos o poder econômico e o
poder político fica quase impossível cobrar
qualquer coisa de professor da rede pública. Quase,
mas se a imprensa quiser pode. Professor é a profissão
mais importante do planeta. Por isso deve ser avaliada e cobrada.
Não punindo os maus desestimulamos os bons. A imprensa
cobrando e alertando o povo, acordaremos esse gigante Brasil
adormecido.”
Cremilda Estella Teixeira
- cremildateixeira@ig.com.br
CET ALTERA TRÂNSITO
"Privilegiar ruas pacatas não deixa de
ser um direito e uma defesa de seus moradores. Porém,
essa prática não pode estar acima dos direitos
da maioria. Às vezes é uma espécie de
"tirar o bode da sala". Há casos e casos.
Veja a rua Sampaio Vidal, nos Jardins, que corre paralela
à Av. Rebouças. É uma excelente alternativa
para evitar o congestionamento crônico na Rebouças,
tanto para quem vem da Faria Lima como para quem necessita
fazer o contorno para acessar a Rua Pinheiros.
A rua, assim, propiciava uma maior velocidade de trânsito
na Rebouças, beneficiando a todos. Alguém daquela
rua, a Sampaio Vidal, invocou seus direitos (no logradouro
moram vários políticos e gente influente) e
conseguiu mudar todas as mãos de direção
em trechos diferentes, colocar rotatórias – obrigando
os incautos a desembocarem em outra rua complicada, a Gabriel
Monteiro da Silva.
Resultados dessa mudança: a Gabriel passou a ficar
mais congestionada, a Rebouças triplicou o volume de
veículos a ponto de se gastar até uma hora da
nossa vida para ir da Faria Lima até a Paulista! Quem,
como eu, precisava acessar a rua Pinheiros, fazia o contorno
Sampaio Vidal/Cap. Antônio Rosa; agora é preciso
continuar na Rebouças até atingir a Av. Brasil,
quando deve-se tomar a Av. Henrique Schaumman, descer a Arthur
Azevedo e entrar à esquerda em uma de suas travessas.
A manobra, que demandava algo em torno de quinze minutos
e desafogava a Rebouças, agora não se consegue
ser feita em menos de cinqüenta minutos.
Como vê, alguns poucos privilegiados, talvez usando
seus cargos influentes, conseguiram provar que sua rua, importante
para o bem de todos, fosse considerada uma "rua pacata".
Que façam lombadas, classifiquem como mão única
e diminuam a velocidade do trânsito, mas não
fechem a rua aumentando o problema de todos. Essa mudança
tem de ser revista."
José Catarinacho, São
Paulo (SP) - jose.catarinacho@uol.com.br
INCENTIVO À LEITURA
"Você comentou na CBN uma experiência de
uma biblioteca que dá livros ao invés de emprestá-los.
Gostaria de aproveitar para comentar duas idéias que
ainda estão pouco difundidas, mas têm tudo para
evoluir.
São elas o Bookcrossing (www.bookcrossing.com), projeto
que no Brasil tem 3600 pessoas cadastradas. O objetivo é
colocar em algum lugar pública (restaurante, café,
metrô...) um dos seus livros após cadastrá-lo
no site. A pessoa que pegar o livro deve cadastrar o seu empréstimo;
esse processo pode ser incentivado por um BookCrossing Point
(local onde poderiam ser abandonados muitos livros e incentivado
o processo).
A outra idéia é a troca direta de livros, aa
qual a internet tem um papel importante – um exemplo
de site é o titletrader.com."
Armando Bruck - armandobruck@jbs.com.br
EXAME DE AUDIÇÃO PELO COMPUTADOR
"Ouço sempre suas reportagens na CBN e, nestes
últimos dias, comentou
sobre um programa de computador que estava sendo desenvolvido
por um
médico do HC/USP – o qual permite "medir
a audição" do paciente pela internet.
Sou da área de Fonoaudiologia, por isso escrevo para
dizer que fico preocupada com este tipo de "novidade".
Nos EUA existem vários sites que permitem uma análise
prévia de audição, sendo uma espécie
de triagem, para que a própria pessoa perceba se tem
ou não uma perda auditiva. É uma forma de conscientizar
as pessoas sobre a importância de se fazer um diagnóstico
precoce de um possível problema auditivo – serve
como um norte para que a pessoa perceba se necessita de ajuda.
Quando fazemos um exame auditivo, precisamos controlar muitas
variáveis, como por exemplo: o local onde o exame é
feito, os fones/auto-falantes que são usados para apresentar
o som, o volume do amplificador do equipamento usado para
transmitir o som, entre outras. Não é possível
fazer exame auditivo pelo computador ou internet, uma vez
quer não é possível controlar o som e
a forma como este vai ser apresentado.
Anos atrás, o MEC gastou muito dinheiro em um vídeo
que tinha como função fazer teste de audição
em escolas. Era uma campanha ambiciosa, chamada "quem
ouve bem, aprende melhor.” Apesar de todas as associações
científicas da fonoaudiologia e de seus conselhos federal
e regional não endossarem esse tipo de avaliação,
ela foi realizada. Conclusão: dinheiro jogado fora.
Realizado em condições sem o devido e necessário
controle, o "pseudo-teste" mostrou o que já
sabíamos: um erro. Mas um erro com dinheiro público.
Acredito que campanhas educativas, nas quais os pais,
professores e familiares recebem informações
sobre a questão das perdas
auditivas, deva ter mais efeito do que testes que usam o dinheiro
público e acabam não dando em nada, ou pior,
criam expectativas na população que depois não
são atendidas nem resolvidas."
Teresa Momensohn, São
Paulo (SP) - teresa@ieaa.com.br
DATAFOLHA
"Nova derrota da mídia! Banho de água fria
nos golpistas. Top Top Top!"
Augusto Ferreira, Curitiba
(PR) - augusto65@uol.com.br
EXPERIÊNIAS POSITIVAS
"Tenho uma empresa em Campinas, a qual está elaborando
um projeto para
colocá-lo na internet. Tenho interesse por assuntos
ligados à responsabilidade social, então gostaria
de aproveitar o site que criaremos para colocar uma seção
ligada a essa área.
Costumo ouvir sua coluna na CBN, gosto muito quando você
apresenta algum
tipo de ação, muitas vezes simples, que causam
impactos muito positivos em diversas áreas, como educação,
saúde, etc.
Uma das minhas idéias para o nosso site é criar
uma espécie de "fichário" com idéias
simples e boas, com a intenção de difundir boas
idéias pelo Brasil afora."
Fernando Pinto, Campinas (SP)
- fer.pinto@uol.com.br
ATENDIMENTO
"O supermercado Pão de Açúcar localizado
na Marginal Pinheiros implantou, ainda em fase de teste, o
auto atendimento no caixa.
Funciona assim: o cliente leva os produtos escolhidos até
o caixa e ele mesmo passa o código de barras para depois
o pagamento no cartão de débito, sem acompanhamento
de funcionários.
O Pão de Açúcar está voltando
ao passado em que a maioria é honesta. Muito diferente
de outros lugares, que pedem que os clientes deixem as bolsas
devem em guarda-volumes."
Michel David, São Paulo
(SP) - micheldavid@globo.com
TELEFONIA
"Será que não estamos sendo ludibriados
nesta troca da forma de pagamento das ligações
telefônicas, que agora taxa os minutos ao invés
dos pulsos?
Sinto que estou sendo enganado ao introduzir o sistema de
minutos; o governo estava mostrando "boa fé",
alegando que sistema de assinatura mínima mensal era
inconstitucional. Porém, não é o que
se vê – afinal paga-se um mínimo não
acumulativo, igual ou superior ao sistema anterior. Resumindo:
trocaram 6 por meia dúzia."
Márcio Salopa Cuono,
Guarulhos (SP) - mscuono@terra.com.br
EDUCAÇÃO EM SÃO
PAULO
"Meu filho, que está na 2ª série do
ensino fundamental, estuda no CEU Pêra-marmelo, no bairro
do Jaraguá. Após as férias de julho,
as aulas recomeçaram no dia 23/07. O estranho é
que entre o dia 23 e 3 (10 dias úteis) não houve
aula pelo menos em 4 desses dias.
A desculpa é sempre a mesma: falta de água.
Só que não há falta de água no
bairro, por que, então, faltaria água apenas
na escola?
Seria falta de manutenção em algum encanamento,
equipamento ou algo ainda
mais vergonhoso a ponto de não ser divulgado aos pais
dos alunos?
Assim anda a nossa educação!"
Antonio, São Paulo
(SP) - quantantonio@hotmail.com
ACIDENTE DA TAM
"Após a demolição do prédio
da TAM, fala-se em construir praça ou memorial no local.
Gostaria de sugerir que também lembrassem as vítimas
de todos os tipos de transporte. Principalmente do trânsito."
Antonio Carlos G Ribeiro
- acgribeiro@gmail.com
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