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capital humano
19/12/2006

MEC e Unicef lançam estudo sobre educação

 

O ministro da Educação, Fernando Haddad, e a representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Brasil, Marie-Pierre Poirier lançam hoje o resultado do estudo Aprova Brasil, o Direito de Aprender. O evento ocorrerá às 11h, no auditório do MEC. Diferente de análises quantitativas sobre a educação, o estudo do Unicef aponta caminhos para consolidar a escola como agente de transformação social.

Para o estudo, foram selecionadas e analisadas as experiências de 33 escolas que obtiveram bom desempenho na Prova Brasil em 2005. O desafio foi buscar escolas em que o direito de aprender de cada criança se concretiza, apesar de situações desfavoráveis de pobreza, violência e desemprego dos pais.

Um exemplo de impacto positivo apontado no estudo é o combate à evasão. Em algumas escolas selecionadas, quando falta um aluno, uma equipe de visitadores vai à casa da família para saber o que está acontecendo.

Integração e transformação social - As escolas do estudo apresentam modelos de gestão participativa, em que alunos, pais, professores, funcionários e a comunidade opinam sobre as decisões administrativas, pedagógicas e financeiras.

A integração da escola com a família ocorre por meio de projetos especiais. Em alguns deles, mães desempregadas participam de oficinas de profissionalização. Os brinquedos confeccionados também são usados pelas crianças.

Karla Nonato
Site do MEC.


Estudo Aprova Brasil, o Direito de Aprender


O estudo Aprova Brasil, o Direito de Aprender, realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), identificou fatores comuns a 33 escolas que, apesar de todas as condições desfavoráveis, conseguiram causar um forte impacto positivo sobre a vida e a aprendizagem dos alunos. O impacto se refletiu nos excelentes resultados que essas crianças alcançaram na Prova Brasil 2005.

Durante três meses, 12 pesquisadores visitaram as 33 escolas, tendo em mãos um questionário-padrão que foi aplicado aos chamados atores da escola: direção, coordenação pedagógica, professores, alunos, pais, funcionários e membros do conselho escolar.

Todos responderam qual seria o motivo do desempenho na Prova Brasil acima da média das escolas públicas brasileiras. As respostas mostraram três fatores comuns: o papel central e fundamental do professor; o projeto pedagógico da escola e a participação dos alunos.

Seleção - As 33 escolas foram escolhidas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e pelo Unicef, levando em consideração o contexto de cada uma. Não se trata de escolas com maior nota na Prova Brasil, mas sim daquelas que agregam mais aos seus alunos, possuindo os melhores Indicadores de Efeito Escola (IEE).

O IEE mede o impacto que a escola tem na vida e no aprendizado dos alunos. O índice é determinado a partir de um critério científico: são considerados dados socioeconômicos dos alunos, perfil do município onde está a escola e o desempenho médio na Prova Brasil 2005.

Nas instituições analisadas, o desempenho médio dos alunos, tanto da 4ª como da 8ª série, estavam acima do valor médio esperado para escolas de perfil semelhante. A maioria atende a crianças de baixa renda. Em casa não há livros infantis e a maioria dos pais tem baixa escolaridade.

A estrutura física das escolas também é precária. A maior parte fica em comunidades carentes, não é equipada e não possui computadores. A realidade social dos alunos é complexa e cheia de desafios. Alguns até mesmo falam outra língua, como as crianças que pertencem a povos indígenas.

Nessas escolas, os alunos estão mais vulneráveis à exclusão social, mas mesmo assim têm um bom aprendizado, como foi demonstrado na Prova Brasil. Portanto, acredita-se que o processo educacional se deve principalmente à ação da escola como agente de transformação da realidade dos alunos.

Essa transformação foi avaliada em sete dimensões consideradas fundamentais para a aprendizagem:

1. ambiente educativo – respeito, solidariedade e disciplina na escola;

2. prática pedagógica – proposta pedagógica da escola, planejamento, autonomia dos professores e trabalho em grupo de professores e alunos;

3. avaliação – (além das provas e das formas tradicionais de avaliação) processos de auto-avaliação, por participação dos alunos em projetos especiais, etc;

4. gestão escolar democrática – compartilhamento de decisões e informações com professores, funcionários, pais e alunos e participação dos conselhos escolares;

5. formação e condições de trabalho dos profissionais da escola – habilitação dos professores, formação continuada e estabilidade da equipe escolar;

6. ambiente físico escolar – materiais didáticos, instalações, existência de bibliotecas e espaços de prática de esportes, condições da sala de aula;

7. acesso, sucesso e permanência na escola – índices de falta, abandono e evasão escolar, defasagem idade-série.

Resultados - Em 32 escolas, o êxito na prova foi atribuído ao professor. O empenho, a competência, a capacitação, o interesse, a dedicação e a abertura para criar, inventar atividades e estimular os alunos foram os aspectos mais destacados. Relata-se o compromisso dos professores em relação à escola, aos alunos e à comunidade, que se concretiza na forma de relacionamento, na busca por capacitação, na disponibilidade ao diálogo. O fato de serem exigentes e cobrarem responsabilidade dos alunos foi destacado fortemente pelos alunos e pais.

Outro aspecto destacado é a atitude do professor em relação ao processo da aprendizagem, como a paciência, a calma, a forma divertida de ensinar, a capacidade de dialogar e a disposição de manter a disciplina na base de regras acordadas entre todos. Foram identificados também aspectos afetivos da relação entre professores e alunos, destacando o carinho, a dedicação, a amizade e o cuidado para com as necessidades de cada um.

Muitas referências foram feitas aos processos de capacitação dos professores. Participação em cursos, formação continuada, busca de especialização e a própria escola desenvolvendo atividades de capacitação. Na maioria das escolas os professores têm nível superior completo.

Em 25 escolas, os alunos foram reconhecidos como os principais responsáveis pelo bom êxito na prova. Expressões como 'a qualidade dos alunos', 'alunos interessados em aprender', 'maturidade dos alunos e compromisso em aprender', 'porque os alunos são exigentes', 'o próprio esforço dos alunos', 'crença no potencial das crianças', 'os alunos são inteligentes', 'a capacidade dos alunos', 'o empenho e a dedicação dos alunos' são exemplos de uma visão majoritariamente positiva em relação às crianças.

Em 21 escolas, o bom desempenho na Prova Brasil está relacionado à proposta pedagógica, que inclui o desenvolvimento de projetos especiais. É o caso das aulas de artes que ensinam conceitos de geometria, dos projetos de estímulo à leitura, do incentivo ao jogo de xadrez para ajudar no raciocínio matemático, da horta comunitária, do jornal mural e do rádio na escola.

As expressões utilizadas constituem uma lista bem diversificada: 'pedagogia do amor', 'projeto horário-aula', 'projeto político-pedagógico', 'trabalho de pesquisa e projetos', 'planejamento estratégico', 'projetos que envolvem a comunidade', 'mercantil', 'educação integral' e 'educação de tempo integral'.

Além disso, há muitas referências à utilização de múltiplos recursos, como livros de leitura, oficinas de leitura e escrita, textos poéticos, revistas, trabalhos em equipe, mercadinho de compras com objetos reciclados, atividades baseadas na melhoria da auto-estima, tarefas escolares que envolvem os pais, planejamento avaliado e monitorado pelos diferentes atores da escola, teatro, pesquisa, grupos de estudo, estímulo ao raciocínio e à leitura, gincanas, olimpíadas de matemática, jogo de xadrez, aulas de reforço ou recuperação e oficinas pedagógicas.

Cíntia Caldas
Site do MEC.

   

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