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25/02/2009
Carta do mês

professor nota zero


Infelizmente, acho que temos , insistentemente, treinado nossos professores para que cheguem ao resultado conseguido no concurso. E acostumamos a sociedade a encará-los como resultados normais. Parece o povo alemão tentando fazer de conta que não sabiam das atrocidades contra os judeus, mesmo quando assistiu quieto às deportações.

Toda a sociedade sabia e fazia de conta que não sabia. Aceitou a idéia de que todos os servidores públicos eram marajás .Como entender o cinismo dessa sociedade que se diz horrorizada porque seus filhos não estão recebendo uma boa educação, que receberam diplomas de professores e mestres que não dão conta nem do conteúdo que irão ensinar? E só se reclama disso quando esse zerou em numa provinha sobre os conteúdos que deveriam ter ensinados após de 15 anos de trabalho?

Essa mesma sociedade que considera tão normal um recém- formado receber dois ou três mil reais mensais não chama de marajá um professor, um médico, um servidor qualificado que receba esse salário

Parece consenso entre as pessoas que qualquer servidor, público ou não, deve ser eficiente, treinado e capaz. Vejo o resultado obtido por uma política decente de remuneração para se obter funcionários qualificados, apenas observando a valorização dos funcionários da Receita Federal. Por pagarem salários melhores, milhares de pessoas se submetem aos seus concursos.

O governo tem hoje a chance de escolher seus auditores e fiscais entre os melhores. E isso foi devolvido à sociedade com o aumento da capacidade de arrecadação do Estado.... Se o salário do professor fosse bom, você nem queira saber qual seria tamanho da fila de inscrição, com vários professores preparados se submetendo à provas,com excelentes resultados .

Maria da Gloria Belisario - tingo100@gmail.com


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