HOME | COLUNAS | SÓ SÃO PAULO | COMUNIDADE | CIDADÃO JORNALISTA | QUEM SOMOS

Envie sua opinião


GD- Jornalismo Comunitário

mais são paulo

Guia de banheiros ajuda paulistano a driblar aperto



Jornalismo Comunitário - Site GD

carta cbn

"Quero levantar a minha indignação quando você fala que tem empregos bons no Brasil. É mentira!"
Ivair Cypriano

"A educação avança a que custo."
Von Norden


 

 

comunidade
26/03/2004
Médicos descobrem interior, diz pesquisa

Os médicos estão descobrindo o interior do país. Embora 62,1% ainda more nas capitais -onde residem apenas 23,8% da população brasileira-, o número de médicos em cidades do interior passou de 34,1% em 1996 para 37,9% em 2002.

Os dados são da maior pesquisa já feita sobre médicos no país, em 2002, e foram divulgadas ontem pelo CFM (Conselho Federal de Medicina). Foram entrevistados 14.405 médicos, por meio de questionários na internet.

Para Mauro Brandão, conselheiro da entidade e coordenador da pesquisa, médicos com mais de 40 anos "fogem" de grandes centros em busca de uma melhor qualidade de vida.

Segundo a pesquisa, a maioria dos médicos que opta por viver em cidades do interior tem entre 45 e 49 anos de idade (41,2%).

O processo, porém, é quase inexistente em Estados como Acre, Amapá, Roraima e Sergipe, onde a concentração de médicos nas capitais chega a quase 100%.

A migração não ocorre só entre capital e interior -31,5% dos médicos estão mudando de Estado. O principal destino é o Tocantins, onde 91,5% dos médicos são procedentes de outros Estados.

Se os dados podem indicar a chegada de médicos a regiões esquecidas, a qualidade do atendimento deixa a desejar em todo o país. Para 49,4% dos entrevistados, a situação dos atendimentos às urgências e emergências na região em que atuam são pouco ou nada adequadas. As condições de saúde da população têm a mesma avaliação de 46,2% dos médicos.

A implantação do SUS (Sistema Único de Saúde) gerou mais efeitos negativos do que positivos para a maioria dos entrevistados.

Os médicos apontaram piora nas condições de trabalho (52,6%), em seus rendimentos (52,4%), na qualidade (47,4%) e na organização (40,7%) dos serviços oferecidos à população.

Dos seis aspectos abordados na pesquisa em relação ao SUS, apenas a cobertura da assistência e o emprego médico aumentaram -na opinião de 50,7% e 44,% dos entrevistados, respectivamente.

Para o presidente do CFM, Edson de Oliveira, os dados indicam revolta com o governo -maior empregador da categoria. "Somos obrigados a trabalhar em um local que remunera mal, sem material, em um sistema que não garante remédios para os pacientes."

Avaliada nos mesmos seis itens que o SUS, o PSF (Programa Saúde da Família) recebeu avaliação positiva em todos, exceto no que mede mudanças nas condições de trabalho. Para 54,2%, o programa não trouxe melhoras.

 

AMARÍLIS LAGE
da Folha de S. Paulo

   

NOTÍCIAS ANteriores
25/03/2004
Participação dos pais contribuem no desempenho escolar dos filhos
23/03/2004 População mundial cresce e supera os seis bilhões de habitantes em 2002
22/03/2004 Programa treina 250 rezadeiras no Ceará
19/03/2004 Governo de Minas Gerais inclui mais um ano no ensino fundamental